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João Tamura

 


O João Tamura enviou-me um mail para o endereço do Musica Portuguesa com uma humildade enorme a pedir-me para ouvir e publicar uma das suas músicas, esta, eu ouvi e depois ouvi outras e fiquei encantado, e pedi ao João que me enviasse um pequeno texto de apresentação para fazer um post sobre ele e a sua música e ele enviou o seguinte:

 

"sou joão tamura desde o ano de 1993. aos 14 anos, no bairro dos Olivais Sul, em Lisboa, experimentei pela primeira vez a música. desde então, escrevo e canto pedaços de mim. pedaços dos mundos por onde viajo e fotografo. pedaços algo íntimos do que sou."

 

Pronto, a sua música fala por ele, aqui com Catarina Sampaio em doces nadas:

 

 

Letra
falar sobre amor 
ou ter-te em mim 
amor é igual, para ti. 

somos só nós 
e o que raio somos nós? 
pedaços de pó, em mim. 

durmo para não existir 
amor, isto é foder ou é amar ou é sentir? 
a saudade é o teu perfume, e nós rasgamo-nos pelo ciúme 
estranha forma só de amar sem conhecer o que raio nos une 
é morrer numa alvorada 
o teu corpo é do silêncio e tu estás tão cheia de nadas 
hoje... um coração de um leão de barro 
rasgamos esta carne mais um bocado... 
e eu decidi ser escritor ou falador sobre o amor 
porque eu sei bem a saudade e amor eu sei que eu sou tão pouco 
mentimo-nos de dia. dançamo-nos só à noite 
o que raio sem mim és tu? e não há espaço em mim para a morte 
e são os segredos da cidade onde tu passeias 
e tu escondes todo o silêncio atrás de lingerie vermelha 
e são as almas desses homens que os teus olhos comem 
e tu és onde os meus sonhos morrem... 

saudades do mar 
e o mundo é dos dois. 
ou foi. 

e somos o quê? 
pedaços de ti? 
o que foi de mim, morreu. 

sangue que eu não sei 
a noite és tu 
Vais com o vento, assim. 

agir sem saber 
crescer sem agir 
quando eu fui de ti, morri. 

escrevo para existir 
e depois há a saudade e o não saber viver sem ti 
um coração a corda e eu carrego em mim a noite 
quando morre, acorda. os meus pais foram os lobos 
comemos esta cidade. a vida é o que foi 
morremos com a idade e amor até que existas dói-me 
pões-te bela para esse mundo e o teu corpo cheira a segredos 
e tu sabes tanto a silêncio... é o medo.

 

publicado às 22:14


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