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Imagem da internet

 

O estudo é da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) e pode ser lido aqui. O primeiro sentimento que me ocorreu  quando comecei a ouvir noticias que dizem que 22% dos jovens consultados aceitam como normal a violência sexual, foi a incredulidade. Estamos em 2016, vivemos num país europeu com educação e cultura ocidental... logo, não pode ser possível que quase um quarto dos jovens possa pensar assim.

 

É verdade que a violência doméstica continua a ser uma realidade em Portugal, todos os anos são assassinadas entre 30 e 40 mulheres. Apesar de haver uma maior consciência para o assunto e de aumentarem as denuncias, a verdade é que estes números não descem e o nível de violência se mantém... e a julgar pelos resultados deste estudo, irão manter-se por muito tempo.

 

Algures no século passado Portugal era um país em que os maridos podiam por e dispor sobre a vida das mulheres com quem casavam, todos temos a percepção de que esse tempo acabou há muito, como é que explicamos que 23% dos jovens  pensem que  pressionar para beijar e  pressionar para ter relações sexuais não é violência no namoro? Ou que uma boa parte pense que pode dizer com quem pode ou não falar a namorado ou namorado?

 

É evidente que há algo que está a falhar na forma como educamos os jovens portugueses, os diversos números apresentados no estudo mostram que há uma clara falta da percepção do que é o respeito pela liberdade e privacidade dos outros.  Vivemos no século XXI mas e há jovens que acham normal poder espreitar o telemóvel do namorado ou namorada, ou que podem usar a força física para obrigar alguém a beijar ou ser beijado, ou a ter relações sexuais.

 

Há uns tempos a tentativa de tornar a educação sexual uma disciplina escolar foi motivo de muita polémica, sendo que havia pais que se opunham terminantemente a tal coisa, o que pensarão estes pais dos resultados deste estudo? Será que falam com os seus filhos do assunto?

 

Os números agora apresentados deveriam ser objecto de uma profunda reflexão, algo está a falhar nas nossas casas e nas nossas escolas. Será que sabemos educar os nossos filhos para o respeito e o civismo?

 

Jorge Soares

publicado às 22:40

O Halloween é isto?

por Jorge Soares, em 01.11.15

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Já aqui falei das origens do Halloween, foi neste post, tudo começou com os celtas na Irlanda, depois foi com os irlandeses para os Estados Unidos e nos últimos 10 anos, via filmes e séries televisivas, assentou arraiais em Portugal.. .e pelos vistos veio para ficar, sendo que já há cidades onde inclusivamente se organizam festivais.

 

O Halloween será talvez o exemplo acabado do que significa a palavra globalização, em pouco tempo não só conhecemos, como adoptamos como nossa uma tradição que pouco ou nada nos dizia e que para o bem ou para o mal (já lá vamos),  veio para ficar.

 

Tenho dois filhos adolescentes, cada um com o seu grupo de amigos e ontem à noite cada um foi para um local diferente de Setúbal, ambos vieram com coisas para contar coisas, que além de me preocuparem, me deixam a pensar.

 

Nos Estados unidos o que vemos são as crianças pequenas que vão de casa em casa a pedir doces, em Portugal o Halloween festeja-se com grupos de adolescentes que se juntam para irem  atirar ovos, farinha, bombas de cheiro e outras coisas,  contra quem andava na rua e contra as casas e as pessoas que lá vivem. 

 

Em algumas zonas da cidade a noite terminou com conflitos, ameaças, cães atiçados e a presença da PSP, GNR e até do INEM para tratar os "feridos de guerra" e os comas alcoólicos que enstas alturas não podem faltar.

 

Há definitivamente algo de errado na forma como estamos a educar os nossos jovens, em algum lado estamos a falhar, só pode.

 

O Halloween português é isto? Será que não nos podiamos ficar pelas criancinhas a pedir doces?

 

Jorge Soares

publicado às 22:54

Passos Coelho e a prova do Mito

por Jorge Soares, em 09.06.15

 

 

Por exemplo, aos professores excedentários que temos, e temos muitos, aconselharia a abandonarem a sua zona de conforto e a procurarem emprego noutro sítio?

- Em Angola e não só. O Brasil também tem uma grande necessi-dade, ao nível do ensino bási-co e secundário, de mão--de-obra qualificada. Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. E o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e, portanto, nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma, ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa.

 

 

Pois.. o mito

 

Jorge Soares

publicado às 20:10

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Imagem do Sol

 

J. tem 15 anos e vive há 16 meses na ala pedopsiquiátrica do Hospital Dona Estefânia. A doença que a levou a ser internada nesta unidade já foi estabilizada e os médicos deram-lhe alta clínica há mais de um ano.

 

Há noticias que são difíceis de digerir, esta é muito difícil, até porque há o que está escrito preto no branco e o que está escrito nas entrelinhas.

 

O que está escrito preto no Branco é que uma jovem de 15 anos está há mais de um ano encerrada numa enfermaria de um hospital, onde partilha os seus dias com  "doentes agudos com perturbações mentais", isto porque a CPCJ considera que a sua família, na noticia falam da mãe, não está em condições de a acolher em segurança e não haverá vagas para ela em nenhuma das mais de cem instituições que há neste país.

 

Para quem não sabe em Portugal há mais, muito mais de cem instituições de acolhimento, e por incrível que pareça não há em nenhuma uma vaga para esta jovem que está assim condenada a viver os seus dias entre médicos, enfermeiros e pessoas doentes.

 

Não sai, raramente tem visitas, não vai à escola e os únicos jovens da sua idade com quem se dá são os tais  "doentes agudos com perturbações mentais"... se eu não mandar os meus filhos para a escola de certeza que me cai em cima a CPCJ e a segurança social de Setúbal e haverá até quem me ameace com os institucionalizar, mas pelos vistos isso não se aplica aos jovens que estão à guarda do estado.

 

O que não está escrito preto no branco e se percebe nas entrelinhas é que o verdadeiro problema não será realmente a falta de vagas nas instituições, o problema será que não há vagas para ela devido aos seus antecedentes de problemas psiquiátricos, se fosse uma jovem normal e sem problemas, de certeza que haveria vagas.... que nesse caso não seriam necessárias, pois não fossem os seus problemas estaria com a família... fantástico não é? 

 

É assim que o estado e a segurança social tratam dos jovens que tem ao seu cargo, não é por isso de estranhar que existam mais de 8000 jovens e crianças institucionalizadas, ora se demoram mais de um ano em arranjar solução para uma jovem que está a perder a sua vida encerrada num hospital...

 

Há mais alguém que  pense que tudo isto não passa de uma forma de maus tratos do estado para alguém que está à sua guarda? Qual é a CPCJ que protege as crianças dos maus tratos do estado?

 

Jorge Soares

publicado às 22:41

O nosso futuro é isto?

por Jorge Soares, em 06.05.14

Cecília Gonçalves

 

Imagem do Público

 

O assunto é a praxe e é tratado no Público há opiniões a favor e em contra e ideias para todos os gostos, a menina da fotografia chama-se Cecília Gonçalves e tem umas ideias no mínimo originais, podem ouvir aqui, senão vejamos:

 

“ ... a praxe não é humilhação mas está presente … é normal, é aceitável, é compreensível”;
“ao longos das nossas vidas vamos ser humilhados das mais diversas formas”;
“um dia, num futuro emprego, o meu patrão poderá chamar-me de incompetente e eu terei de saber aceitá-lo”;
“os nossos professores chamam-nos ignorantes e nós temos de limitarmo-nos aos silêncio”;
“a praxe ensina-nos (…) que na vida há uma hierarquia natural e que nós vamos ter de aceitá-la”;
“a praxe ensina-nos (…) a igualdade para com os nossos semelhantes caloiros e a desigualdade perante o superior“;
“Todos os anos morrem pessoas afogadas em rios (…) e até nas suas banheiras”;
“Eles morreram na sequência de uma onda e não no ritual de praxe porque embora estivessem numa actividade praxista, podiam não o estar e morrerem na mesma”;
-“A praxe envolve humilhação, envolve gritos, envolve estar de quatro (…)”;

 

Se repararmos bem ela começa por dizer que a praxe não é humilhação, mas depois passa uma boa parte do tempo a explicar como devemos aceitar ser humilhados ao longo da vida, já seja pelos colegas mais velhos, pelos professores ou pelos patrões... segundo ela,  a praxe não é humilhação, mas se fosse era a mesma coisa.

 

Para ela existe uma hierarquia natural e portanto ser humilhado pelos "superiores" também é natural... aposto que era isso que ensinavam aos escravos, ou aos negros quando havia apartheid na África do Sul.

 

Resta saber onde está para ela o limite da hierarquia, até onde pode chegar a humilhação?

 

Triste mesmo é que é este o futuro do nosso país, ela é estudante universitária, é suposto ter educação, é suposto saber articular duas frases de jeito, é suposto ter capacidade para pensar que a humilhação não é aceitável não só nas praxes como em tudo o resto da vida...

 

Não sei se ela terá grande futuro como estudante ou profissional, mas de certeza que haverá algures um psiquiatra qualquer que lhe explique que o que ela sente se chama masoquismo.... e é só mais uma forma de ir pela vida, não é nem pode ser o normal da sociedade em que vivemos.

 

Jorge Soares

publicado às 16:36

Escola de Braga

 

 

Imagem do Público

 

"Nélson tinha 15 anos. Colocou termo à vida, enforcando-se num pinheiro próximo de casa, em Adaúfe, Braga, na noite do passado sábado. Eram 23.36 horas. Deixou duas cartas: aos pais e à namorada. O que o terá levado ao suicídio não é ainda claro"

 

Talvez porque vivi estas coisas em carne própria, talvez porque já senti que os meus filhos podiam estar a passar por isto, o bullying é algo ao que sou muito sensivel. Hoje ao ler no JN online o artigo sobre o suicídio de mais um jovem, não queria acreditar no que estava ali escrito.

 

Segundo os colegas do Nelson na sexta feira este foi despido ou obrigado a despir-se no recreio da escola,  li também algures que não era a primeira vez que este tipo de coisas lhe acontecia, mas Fausto Farinha, director do Agrupamento de Escola Sá de Miranda em Braga onde está integrada a EB 2/3 de Palmeira, desmente a existência de "bulliyng". Segundo o senhor isto são brincadeiras inocentes.

 

Brincadeira? Que tipo de pessoa é um director de escola que acha que alunos que despem outros e os deixam em cuecas no pátio da escola é uma simples brincadeira? Para este senhor isto não é Bullying,  que será necessário para que ele considere Bullying? Arrancar olhos? Deixar os colegas nus e cheios de penas de galinha? Violar um colega? Talvez matar?

 

É precisamente por termos à frente da escola pessoas com esta mentalidade que jovens como o Nelson se suicidam, que outros se negam a ir para a escola e que muitos outros crescem com medo, traumas  e vergonha.

 

É claro que agora ninguém quer assumir as suas responsabilidades, a escola não sabia de nada, as autoridades não sabiam de nada, como é que ninguém sabia de nada se há colegas que dizem que falaram do assunto com os professores? Como é que o padre da aldeia sabia o que se passava na escola e os responsáveis não sabem de nada?

 

Bullying são muitas coisas, há muitos tipos de violência e muitos jovens que sofrem todos os dias em silêncio, é responsabilidade das escolas e das autoridades estarem atentas ao assunto, se enterram a cabeça na areia e dizem que tudo não passa de brincadeiras, estão a ser cúmplices de quem maltrata.

 

Para mim o senhor que diz que o que fizeram ao Nelson foi só uma brincadeira, devia ser acusado de homicidio, será que o senhor tem consciência? Como é que nós pais podemos estar descansados quando entregamos a segurança dos nossos filhos a pessoas como estas?

 

Jorge Soares

publicado às 22:25



Confesso a minha ignorância, não me lembro de até hoje ter ouvido falar de Raquel Varela, dei-me ao trabalho de ir ao google, onde podemos encontrar o seguinte:




E a coisa continua, o currículo é impressionante, mas efectivamente há algo que não consta por lá, bom senso. É claro que eu também sou contra os salários de miséria que se pagam por cá ou noutros países, ainda um destes dias aqui falei sobre o Bangladesch e a forma como as grandes multinacionais se aproveitam dos salários de miséria e do trabalho quase escravo para nos fazerem chegar a última moda a preços de saldo. Mas será que a pergunta mais inteligente que se pode fazer a um jovem de 16 anos que acaba de criar o seu emprego e ser produtivo para o país é sobre isto?


Qual era  finalidade da pergunta?, dizer ao jovem que ele tem que acabar com o negócio porque quem cose as t-shirts ganha o salário mínimo?, uma coisa é pedir a uma multinacional que ganhe uns milhões a menos e se preocupe mais com a situação social dos locais para onde desloca a produção, outra coisa  é tentar fazer passar por irresponsável a um jovem que tem iniciativa e a garra suficiente para fazer pela vida apesar da situação do país e dos seus 16 anos. 


Não era de esperar que o Martim, um jovem do Secundário conseguisse entrar num debate sociológico. Ele teve uma ideia e colocou-a em prática... e tem vontade de continuar, e isto é ser empreendedor, para que tentar cortar ou minimizar o sonho?


E não, não queremos um país nivelado por baixo, não queremos ser o Bangladesch da Europa, todos queremos um país com salários, condições de vida e de trabalho, justas, mas há que ter a noção do momento e da realidade e está à vista que apesar dos muitos títulos e do longo currículo na área, esta senhora não tem nem uma coisa nem a outra.


Jorge Soares

publicado às 21:29

Miguel Gonçalves

Imagem do Ionline

 

Eu tinha lido algures que logo após a saída do Relvas do governo, o Gaspar tinha decretado que não havia mais dinheiro para o Impulso Jovem, por um lado achei mal, todos os programas de incentivo ao emprego são necessários, por outro lado tinha esperança que a falta de dinheiro fizesse o cromo do Miguel Gonçalves sair de cena ... pelos vistos ainda não se acabou o dinheiro.

 

Bom, o Miguel voltou à carga e como seria de esperar, voltou em grande, está visto que com ele não há meias medidas, senão vejamos:

 

“Muitos dos desempregados não querem trabalhar ou são maus a fazê-lo”

 

E não, a frase não foi tirada do contexto, toda a entrevista é neste tom. Para o Miguel a falta de emprego é um mito, a falta de oportunidades de trabalho para uma grande parte dos jovens licenciados, um mito. Há neste momento empresas que se aproveitam da situação e exploram os jovens?, outro mito..

 

Para o Miguel o problema do país não é a falta de emprego, é a falta de vontade e iniciativa das pessoas, que não arranjam emprego porque não são o suficientemente persistentes, não aceitam mudar de ramo, não aceitam fazer ou aprender outras coisas, em suma.. a solução para o desemprego é dos desempregados. Essa é que é a grande diferença. E, se calhar, pode chocar dizer isto, mas muitos dos que estão desempregados, estão desempregados porque, ponto número um, não querem trabalhar e, ponto número dois, são maus a fazê-lo.


Outra pérola:


Nas universidades, o que vês é que as pessoas estão com muito medo, porque vêem demasiada televisão.

 

O que significa isso?


Que as pessoas estão com medo porque pensam que não há trabalho. É mentira, há muito trabalho disponível.


Um dos problemas do Miguel, é que ele ainda não percebeu a diferença entre um nicho, que é onde está o mercado da sua empresa e a vida dele, e o resto do mundo. Outro grande problema do Miguel é que ele ainda não percebeu que quando estamos a falar da população de um país e da economia de mercado, não se pode generalizar.

 

É evidente que há uma ponta de verdade em tudo o que ele diz, é claro que todos conhecemos desempregados que não abdicam de receber o subsidio de desemprego para irem trabalhar. Todos conhecemos pessoas que não trabalham porque não querem ou não lhes apetece, todos conhecemos pessoas que se acomodam e não são o suficientemente pró-activas na procura do emprego... mas em Portugal a taxa de desemprego vai a caminho dos 20%, e dizer que 20% da população activa não trabalha porque não quer, não é só uma generalização absurda, é uma falta de respeito para as milhares de pessoas que querem alimentar os seus filhos e por mais que se esforcem, não conseguem encontrar um emprego nem a vender pipocas.

 

O desemprego entre os jovens licenciados anda perto dos 40%, o Miguel diz que isso acontece porque todos esses milhares de jovens são preguiçosos e não batem às portas suficientes... era bom que alguém explicasse ao Miguel que não há neste momento portas suficientes neste pais para que tantos jovens possam bater, porque a austeridade não sabe abrir portas, só sabe encerrar empresas.

 

Com tudo isto, com tanta conversa e autoconfiança o Miguel só me faz lembrar aqueles pregadores das igrejas americanas, aqueles que se os deixassem seriam capaz de convencer a mãe de deus a mudar de religião e claro, a pagar o dizimo. Não sei se ele será ou não religioso, mas de algo não há dúvida, para vender banha da cobra ele tem jeito... não é à toa que o Relvas o contratou. 

 

O maior problema do Miguel é que ele acredita no que diz... e portanto não há forma de se convencer que este país não está para conversas destas.

 

Jorge Soares

publicado às 22:10

à espera do Justin Bieber

 

Imagem do Público 

 

A reportagem é de ontem, mas foi hoje durante o dia que eu fui dando por pelo barulho causado por um vídeo que passou na SIC, uma miúda de 15 anos confessou ao repórter que tem 6 tatuagens do Justin Bieber

 

Tenho dois filhos pré adolescentes, a conversa das tatuagens já passou cá por casa mais que uma vez, desde muito pequeno que o N. apanha todas as tatuagens de brincar que pode e não perde uma oportunidade de as colar no corpo. Com mais ou menos explicações, tanto eu como a mãe sempre deixamos claro que enquanto viverem cá em casa e/ou não ganharem o dinheiro deles, não há tatuagens.

 

Ver uma miúda de 15 cheia de orgulho diz que tem 6 tatuagens com referências a um miúdo que ainda esta semana foi noticia pelos piores motivos, faz-me muita confusão.

 

As coisas de que gostamos quando temos 15 anos não tem nada a ver com o que vamos gostar aos 18 e muito menos com o que vamos gostar aos 25, como é que há pais que permitam que estas coisas aconteçam. Daqui a 3 ou 4 anos quando o Justin Bieber não for mais que uma recordação do passado ou no melhor dos casos um artista que não tem nada a ver com o que é hoje, o que fará esta miúda com as tatuagens?

 

Como reagirá ela daqui a 5 ou 6 anos a tudo isto?, quando tiver 21 ou 22 anos e já não gostar do ídolo das criancinhas, ela será capaz de vestir um bikini e ir para a praia mostrar-se e ser a piada de amigas e conhecidas? E como explicará aos futuros namorados que tem o corpo preenchido com o nome de outro?

 

É claro que há sempre a hipótese de pagar uma fortuna para retirar as tatuagens com laser, mas isto era mesmo necessário? Como é que há pais que permitem que isto aconteça?

 

E como é que há pais que permitem que adolescentes entre os 12 e os 16 anos passem dias a dormir ao relento para fazer fila para o concerto? e como é que justificam as faltas às aulas do dia de hoje porque as suas filhas estiveram na fila para o concerto?

 

Sou só eu que acho que estamos a criar (mais) uma geração em que tudo se dá e se permite e que há muita gente que em lugar d edar educação dá mimos e satisfaz todo e qualquer capricho?

 

O vídeo sobre as tatuagens:

 

 

Jorge Soares

publicado às 21:46

Joana Manuel - Jovem

por Jorge Soares, em 06.03.13

 

Declarações de Joana Manuel, Actriz, no quadro da Conferência Nacional - Em Defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido, dia 23 de Fevereiro de 2013 no auditório da Faculdade de Ciências de Lisboa

 

A ouvir com atenção, porque está aqui uma imagem do que foi e do que é o nosso país pelos olhos de alguém que sabe do que fala.

 

Haveria muito a dizer sobre isto, a Joana conseguiu olhar para o país real com uma enorme noção do que foi o nosso país, a nossa cultura, de quem construiu a democracia que temos e de quem a está pouco a pouco a desconstruir... Aos 36 anos a Joana é uma jovem, porque a isso a obriga o país, há quem além de jovem saiba ser adulto, há quem queira ser adulto e ter uma vida, ela quer, infelizmente vive na altura errada no lugar errado... 

 

O nosso país está cheio de pessoas como a Joana, uma mulher lúcida e esclarecida, infelizmente por mil e um motivos não sabemos dar a muitas dessas pessoas a hipótese de serem adultos e de colocarem ao serviço do país e de todos nós toda sua capacidade e sabedoria.. infelizmente este é o país que temos, e pessoas como estas terminam por fugir para outro lado ou por passarem ao lado da vida.. e nunca passam de jovens promessas adiadas

 

“Mais grave do que roubarem-nos o futuro é roubarem-nos o presente”

 

Jorge Soares

publicado às 22:19


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