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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Encontrei a noticia no El País, numa estação de metro de Nova Iorque após uma discussão com outra pessoa, Ki Suk Han um homem de 58 anos, foi empurrado para as vias do metro. levantou-se e tentou voltar a subir para a plataforma mas não o conseguiu fazer antes que o comboio chegasse e foi esmagado, vindo a morrer pouco tempo depois num hospital ali perto.
Tudo isto aconteceu na presença de um fotógrafo profissional que tirou várias fotografias e de várias outras pessoas. Houve inclusivamente quem tenha gravado a discussão com quem o empurrou, mas nas várias imagens publicadas no New York Times apesar de que se podem observar várias pessoas na plataforma, ninguém se acercou para tentar ajudar o homem a subir.
O fotógrafo Umar Abassi, que teve tempo para apontar a máquina e tirar várias fotografias, alega que tentou utilizar o flash para chamar a atenção do maquinista.
Há quem questione o Jornal por publicar as imagens, mas para mim a maior questão é, como é que chegamos a uma situação em que várias pessoas foram testemunhas da discussão, do empurrão para a linha e da tentativa do homem para salvar a sua vida e ninguém se acerca a ajudar?
Que tipo de sociedade é esta em que as pessoas se dão ao trabalho de gravar uma discussão entre dois adultos mas não são capazes de se mexerem para tentar salvar uma vida humana?
Como é que chegamos a um ponto em que a prioridade é tirar fotografias e não correr para salvar quem sabemos que vai morrer?
Que futuro existe para uma sociedade e uma raça humana que não está para se chatear ou simplesmente nãos abe definir prioridades?
Jorge Soares