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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Letra
Puedo decir que está vacia
cada una de estas calles
puedo decir que veo gente
y sin embargo no veo a nadie
puede decir que solo los coches me duermen
puedo demostrar que no respiro
el aire que todos respiran
puedo deicr que soy el ultimo testigo de un jardin perdido
que nadie habita
y ahora que mi tiempo ya se acaba
no puedo explicar porque te has ido
no puedo deicr tu nombre sin escalofrios
alma
me duele ser el alma
te busco como un loco cada noche en mi ventana
no puedo dormir sin el latido de tu voz
me miro en tu mirada y no veo nada
alma
me duele ser el alma
te busco como un loco cada noche en mi ventana
no puedo dormir sin el latido de tu voz
me miro en tu mirada y no veo nada
no veo nada
puedo subirme a los tejados
donde solo vive el viento
puedo describirte en el colmado de mim miente de um descaro
en tonos viejos
y ahora que mi tiempo ya se acaba
puedo explicar porque te has ido
no puedo decir tu nombre sin escalofrios
alma
me duele ser el alma
te busco como un loco cada noche en mi ventana
no puedo dormir sin el latido de tu voz
me miro en tu mirada y no veo nada
no veo nada
alma
me duele ser el alma
te busco como un loco cada noche en mi ventana
no puedo dormir sin el latido de tu voz
me miro en tu mirada y no veo nada
no veo nada
alma
me duele ser el alma
te busco como un loco cada noche en mi ventana
no puedo dormir sin el latido de tu voz
me miro en tu mirada y no veo nada
no veo nada
Letra
Letra e música Rodrigo Guedes de Carvalho
Estou cansada - ainda agora chorei tanto
Outra noite - o terror andou à solta
Vai e volta e promete que não volta
Vai e volta e promete que não volta
Estou cansada - chorei tanto outra vez
Outra vez a pensar que hoje talvez
Haja paz - que o terror só vai não volta
Que a tua mão não se fecha contra mim
Estou cansada - não há fim nesta demência
Ou ciência que preveja que me mates
E quem bate depois chora e promete
Que não mais a mão se levanta fechada
Estou cansada - acho que não quero nada
Que não seja uma noite descansada
Sem ter medo ou chorar na almofada
Sem pensar no amor como uma espada
Tão cansada de remar contra a maré
O amor não é andar a pé na noite escura
Sempre segura que a tortura me espera
Insegura tão desfeita humilhada
Tão cansada de não dar luta à matança
À dança negra que me dizes que é amor
Que não concebes a tua vida sem mim
E que isto assim é normal numa paixão
E eu cansada nem sequer digo que não
Já não consigo que uma palavra te trave
Não tenho nada que não seja só pavor
Talvez o amor me espere noutra estrada
Mas tão cansada não consigo procurá-la
Já tão sem força de tentar não ser escrava
Já sei que hoje fico suspensa outra vez
Outra vez a pensar que hoje talvez…
Vozes: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Canção de sensibilização sobre violência doméstica, assinalando o 25º aniversário da APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
Letra
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A Brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one
Hoje é para isto que está
Jorge Soares
Letra
passa o passe pelo torniquete
espera que o portão abra assim que a hora chegue
para que o barco saia
ainda é de madrugada
o ar frio corta-lhe a cara
e no cais os sons metálicos são a banda sonora
um grito de gaivota
um puto chora de com sono
enquanto a mãe tenta calá-lo
com um biberão de leite morno
e ela lembra-se dos filhos
que ficaram sós em casa
e dos filhos da patroa
pra cuidar na outra margem
já se vê Lisboa ao fundo
que amanhece sonolenta
e o motor do barco reza numa lenga lenga lenta
come bolacha Maria
ali sentada entre as mulheres
e na revista Maria fica a par dos fadi vers
mão gretada da lixivia
pele negra cabelo curto
saudade de Cabo Verde
vontade de um mundo justo
porque é sempre mais difícil
pra ela que tem ... escolher a solidão
entre um bebado e um adulto
entre o pó e a sanita
vai limpar também as lágrimas
e vai rezar também a Fátima
prá filha não estar grávida.
avé Maria cheia de graça
o senhor é convosco
bendita sois vós entre as mulheres
este balanço do barco
lembra o mar de Santiago
e ao largo do Barreiro
quase vê a ilha de Maio
quase sente o mesmo cheiro
e vai crescendo o seu desejo
de seguir no cacilheiro
é ir até Pedra Badejo
até que vê a ponte Salazar ali ao lado esquerdo
ou 25 de Abril como agora é bom dizer
e percebe que mesmo que façam pontes sobre o rio
ele é demasiado grande para que possam unir-nos
e ali no meio do Tejo
debaixo do céu azul
deu conta que até Cristo
virou as costas ao Sul
Ali no meio das mulheres
do barco da madrugada
sente a fadiga da lida
da faxina e da faina pesada
sofre da dupla jornada
pra por comida na mesa
com a força de matriarca
que arca com a despesa
e entre toda aquela gente
ela é só mais uma preta
só mais uma emigrante
empregada da limpeza
só mais uma que de longe vê a imponência imperial
do tal Terreiro do paço da Lisboa capital
mais uma que À chegada vai dispersar da manada
enquanto a cidade acorda
já elas estão na batalha à muito tempo
por que o metro, comboio, o autocarro
podem-nos faltar à gente
mas não a gente ao trabalho
são os outros cacilheiros
outras pontes do povo
porque a grande sobre o rio
mesmo se o estado é novo
tem nome de um grande herói da história colonial
e ela mais uma heroína que não interessa a Portugal
em comum só este barco o mesmo rio o mesmo mar
e a mesma fé que esta vida foi feita pra navegar
em comum só este barco o mesmo rio o mesmo mar
e a mesma fé que esta vida foi feita pra navegar
navegar é preciso viver não é preciso
navegar é preciso viver não é preciso
navegar é preciso viver não é preciso
O barco
meu coração não aguenta
tanta tormenta
Letra
A rua é de quem?
Eu vou te contar
É de quem tem sede,
tem vontade de lutar.
Não se iluda, a Copa não é nossa!
Periferia não tem vez
E a minha gente chora.
A mídia, o Estado, repressão policial
Pra servir classe burguesa
Quem manda é o capital.
Shiu, cuidado! Fale com cautela
Eles falam que é do povo
Mas nunca viu a favela
[refrão]:
"Será mesmo um absurdo
A gente se rebelar
Contra essa tal Copa do Mundo?
E a alegria florescer
E todo mundo ter uma chance de uma vida boa ter?"
Em busca de um padrão
Tudo é sacrificado
E quem mais sofre é o preto pobre
Que é marginalizado.
"Tem que acabar com essa história do negro ser inferior"
Padrão Fifa? Pra quem?
Pra gente que é pobre,
Não sobra um vintém.
Quem vai sofrer com tanto gasto
É o povo mais tarde
Impostos, comida e aumento da passagem.
Higienização social, morador removido
E você se pergunta: o que tenho haver com isso?
O circo tá armado
Que comece o show!
Enquanto vão te explorando,
Você vai gritando GOL!
Pra quê hospital?
Já disse o Ronaldo
Pra fazer Copa do Mundo
Só precisa de estádio.
Meu filho tá morrendo
Na porta do hospital
E tudo culpa de uma ação policial.
[refrão]:
"Será mesmo um absurdo
A gente se rebelar
Contra essa tal Copa do Mundo?
E a alegria florescer
E todo mundo ter uma chance de uma vida boa ter?"
A polícia é bandida
Quer punir, quer matar
O lance agora é desmilitarizar
Quero ver se ela aguenta a revolta popular.
Então:
Deixa passar, deixa passar, deixa passar a revolta popular.
PM truculenta e despreparada
Tem resposta pra tudo
Mete bala de borracha
Mas não se preocupe esse ano tem mais
Eu me protejo com vinagre
PM pode mandar gás.
E o que é então que mais medo te dá?
Os jovens mascarados?
Ou a polícia militar?
Então me diz
O que te dá mais aflição:
A galera do rolezinho?
Ou a política de remoção?
Sem contar no aumento
Que vai ser anormal
Da exploração sexual.
Essa é a realidade
Pátria Amanda Brasil
A que ponto nós chegamos
Nessa pátria que pariu.
Abre esse teu olho
Não se iluda, vem pra Luta.
Não se deixe enganar
Por essa burguesia imunda.
A juventude vai à rua
E no mundo faz mudança
Com a arte que liberta
Ela atua, canta e dança.
Faz rap, grafite, mobiliza geral
Se envolve na política
E não desiste nem a pau.
Descobri esta música por acaso, a a Wendy não é portuguesa, mas é neta de portugueses e canta a Lisboa de uma uma forma diferente. Ouçam e se tiverem tempo vão aqui e ouçam mais, vale mesmo a pena.
Letra
Ca n'fait même pas 20 ans que j'te connais et toi tu vois déjà dans mes veines
Le creux qu'ont laissé les larmes et la distance de 2000km
C'est parce que t'as le même gorgé de soleil et de souvenirs qui dansent
Au rythme des fados, de leur robe noire et cris immenses
Y'a comme un goût de par coeur que je parcours dans tes soirs, tes matins
Pourtant on n'est ni soeur ni amant avec ou sans lendemain
On a ces mêmes grands places (?), ces grands hommes qui nous ont marqués au fer
Depuis Salazar le marquis de Pombal jusqu'à nos terribles grand-pères
Refrain:
Cheira bem, já tem sol, Cheira a lua, cheira a Lisboa
Cheira bem, já tem sol, Cheira a lua, cheira a Lisboa
Perdue entre la mer et les montagnes mentholées de Sintra
Toi tu te repères avec un nuage d'alegria
Ta seule ligne de conduite est de suivre le vent et peu importe
Des marées où tout passe, orage, tourment, pourvu qu'il t'emporte padapadapada
Refrain.
Tu t'es rebâties après un séisme pire que l'enfer
Plus belle, plus rayonnante
Tu nous éclabousses de lumière
Et ça me rassure de savoir que même quand nous ne serons plus là
Même juste dans l'air encore, on te sentira padapadapada
Refrain.
Jorge Soares
Letra
Era uma vez um país
"Lá num canto desta velha Europa,
era uma vez um país
vivia à beira do mal "prantado",
mas apodrecia na raíz
Reza a história que foi saqueado
mesmo por debaixo do nariz
Triste sina, oh que triste fado,
era uma vez um país
Os mandantes que por lá passavam
eram só ares de "bon vivant"
Viviam à grande e à francesa
como se não houvesse amanhã
Havia quem avisasse o povo
p´ra não dar cavaco a imbecis
Mas caíram na asneira de novo,
era uma vez um país
Esta fábula do imaginário
tão próxima do que é real
Canção de maledicente escárnio
à república do bananal
Que se encontrava em tão mau estado,
andava a gente tão infeliz
E o polvo já tão infiltrado,
era uma vez um país
E lá se vão sucedendo os casos,
grita o povo: "agarra que é ladrão!"
Mas passam belos dias à sombra do loureiro
Enquanto o Duarte lima as grades da prisão
E nunca se esgotam personagens
neste faz de conta que é assim
Raposas com passos de coelho no mato
e até um corta relvas de madeira no jardim
Entre campeões de assalto à vara
e filósofos de pacotilha
Entram nas portas dos submarinos azeiteiros de oliveira às costas
com o ouro da nação p'ra por nas ilhas Cai-mão, cai-pé,
baixa os braços e as calças e a cabeça e o nariz,
aqui finda esta história que não tem final feliz"
(era uma vez um país)
Prémio Ary dos Santos -- Poesia
Tema -- Era uma Vez um País
Autor - Miguel Calhaz
Intérprete -- Miguel Calhaz
Bem te avisei, meu amor
Que não podia dar certo
Que era coisa de evitar
Que como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto
Alguém fosse reparar
Mas não!
Fizeste beicinho e,
Como numa promessa
Ficaste nua para mim
Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?
Embora tenhas jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós
Ouvindo na sala ao lado
teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós
Nem dei por o que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão
A vergonha passei eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão
António Zambujo
Já não sei
Que mais posso fazer
O que devo dizer pra entender
Já tentei
Esperar o amanhecer
Ver o sol nascer
Pra me conhecer
Baixo as armas, tiro o escudo e o mundo
Às vezes eu preferia ser surdo ou mudo
Os dois ou nenhum
Apenas ter o meu espaço
E o vento, e o meu traço, desembaraço
Que posso dar pra te chegar?
(já não sei, eu não sei)
O que hei-de falar pra te alcançar?
(já não sei, eu não sei)
Um dia eu vou encontrar
Nem que seja a cantar por ti
E nesse dia saberei como cheguei aqui
Depois do fim vem um início
Eu vou recomeçar
O espelho sorri pra mim
Vai ser hoje
Eu vou longe
Acredito que sim
Parece tão fácil
É um assunto frágil
Como a flor que dá vida ao jardim
Quero falar, não me sai a palavra
Eu quero expulsar a sensação amarga
Que mata e corrói!
Que agarra e que dói, só destrói
Gostava de ser um herói
Que posso dar pra te chegar?
(já não sei, eu não sei)
O que hei-de falar pra te alcançar?
(já não sei, eu não sei)
Um dia eu vou encontrar
Nem que seja a cantar por ti
E nesse dia saberei como cheguei aqui
Depois do fim vem um início
Eu vou recomeçar
Vasco Ferreira / Kalú
Aos 20 anos, Catarina Miranda tem já "nove anos de carreira" e é uma multifacetada artista. Nascida num ambiente artístico e beneficiando do isolamento natural provocado por isso ter acontecido em Vila Real, Catarina apresenta um estilo muito próprio em que a melancolia, o encantamento e os ambientes bucólicos transformam as suas composições em momentos de rara beleza. Num mundo criativo que vai da pintura à música e onde se notam os efeitos de não ter crescido num grande centro urbano, Catarina Miranda apresenta o seu mundo encantado pela voz de «Emmy Curl» e com ela poderá chegar muito longe. Se fosse sueca estaria já nas bocas do mundo indie, assim, demorará apenas um pouco mais a chegar onde merece.
Fonte Ecletismo Músical
Letra
Jorge Soares