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Eutanásia, sim, há quem a pratique em Portugal

por Jorge Soares, em 29.02.16

Eutanasia.jpg

 

Imagem da Sábado

 

"Eutanásia já é praticada nos hospitais públicos ... Vivi situações pessoalmente, não preciso de ir buscar outros exemplos. Vi casos em que médicos sugeriram administrar insulina àqueles doentes para lhes provocar um coma insulínico. Não estou a chocar ninguém porque quem trabalha no SNS sabe que estas coisas acontecem por debaixo do pano, por isso vamos falar abertamente”, sublinha Ana Rita Cavaco. "Não estou a dizer que as pessoas o fazem, estou a dizer que temos de falar sobre essas situações" 

 

As palavras são da Bastonária da ordem dos enfermeiros e foi dita no programa "Em nome da Lei", da Rádio Renascença, palavras fortes, que levantaram um enorme alvoroço. Acho que a senhora não mediu o peso do que estava a dizer e as consequências da afirmação, durante o dia tentou desdramatizar e até desdizer... já era tarde.

 

Pessoalmente acho que a senhora sabe do que fala, os médicos são humanos e como humanos não serão indiferentes ao sofrimento de outros seres humanos e já seja por pedido do doente ou por simples misericórdia, haverá de certeza quem já seja por acção ou omissão, ajude ao fim desse sofrimento. 

 

A meio da tarde via facebook chegou-me uma reportagem da revista Sábado, o titulo é por mais esclarecedor;

 

Sim, matei quatro pessoas e defendo a eutanásia

 

O artigo é longo e inclui um vídeo, ao longo do texto o médico conta em primeira pessoa e com detalhes a forma como em 4 oportunidades diferentes não conseguiu resistir ao apelo de amigos, conhecidos e até de um doente. 

 

"Não há dilema: ter uma pessoa de quem gosto perto de mim a sofrer? Isso é condená-la. Todas as pessoas que me pediram ajuda estavam em profundo sofrimento, sem esperança de vida que valesse a pena viver. Mantê-las vivas, isso sim seria uma maldade horrorosa."

 

Imagino que cada um de nós terá a sua opinião sobre o assunto e reagirá de uma forma diferente,mas não me parece que seja possível ficar indiferente ao que ali é dito.

 

No fim, o médico, que tem uma doença terminal, reclama para si o direito a uma morte digna e sem sofrimento,... será que não deveríamos todos ter esse direito?

 

É verdade que nenhum destes  4 casos aconteceu no serviço nacional de saúde, mas alguém acredita que o relatado neste artigo seja caso único?

Jorge Soares

 

publicado às 21:30

mafaldaparemomundo.jpg

 

"De todo o exposto resumindo e concluindo, estar caído/inanimado a porta de um hospital ou de um cemitério e a mesma coisa se o caso for serio. A única diferença e que num caso já chegou ao destino.

De tudo isto só me deixa uma grande náusea, o resto e a vida que temos sem precisar de muitos comentários."

 

Comentário de um anónimo ao post (auto link) sobre a senhora caída na porta do hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro

 

De repente apetecia-me ficar por aqui, mas não sou de deixar coisas por dizer.

 

Talvez seja defeito meu, mas para mim se alguém está a precisar de ajuda, eu pelo menos tento ajudar, se esse alguém está caído no chão, então o mais certo é que  precisa mesmo de ajuda e aí não interessam as regras ou as normas, o meu dever como pessoa e cidadão é ajudar.

 

Se um profissional de saúde é avisado de que alguém está caído no chão e precisa de assistência, independentemente das regras, das normas ou das condições, esse profissional deve ajudar, pelo menos para se inteirar da gravidade do assunto e poder tomar decisões. Se não o faz, se antes de pensar no bem estar da pessoa em questão coloca o seu bem estar ou as regras do hospital, para mim esse profissional não cumpriu o seu dever principal nem como profissional de saúde nem como cidadão.

 

Pelos vistos há noticias que dizem que afinal a senhora não estaria assim tão grave, mesmo que seja verdade, médicos e enfermeiros só saberiam isso depois de lá irem.. e ainda não vi noticia nenhuma que diga que eles lá foram, numa coisa são unânimes todas as noticias, eles não foram lá, porque tinha que ser o 112 e/ou o INEM a resolver o assunto.

 

De resto como disse antes, regras ou não regras, normas ou não normas, a vida das pessoas deve estar sempre em primeiro lugar e não me parece que alguém tirar uns minutos para se inteirar do que passava lá fora, fosse fazer assim tanta diferença no funcionamento do hospital, até porque nas urgências costumam trabalhar várias pessoas ao mesmo tempo, e não me consta que tenha acontecido nenhuma catástrofe nesse dia no Barreiro como para estarem todas a salvar vidas ao mesmo tempo e sem poderem parar uns minutos. Por outro lado, neste caso ou noutro qualquer, esses minutos podiam fazer a diferença entre a vida e a morte de alguém.

 

Não, não queremos que alguém estar caído/inanimado a porta de um hospital ou de um cemitério seja a mesma coisa.

 

É claro que a minha opinião vale tanto como outra qualquer e todas merecem respeito.

 

Jorge Soares

publicado às 22:35

mulherhospitaldobarreiro.gif

 Imagem da TVI 

 

"Caiu a cerca de 15 metros da porta do hospital do Barreiro e ficou ali à espera de assistência durante uma hora até que chegou o INEM"

 

É assim que começa a noticia da TVI, uma senhora de 64 anos caiu numa das rampas de acesso ao hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro,  e esteve uma hora no chão à espera de assistência,  nas urgências do Hospital recusaram sair a ajudar e disseram a quem tentou pedir ajuda que ligasse para o 112.

 

Não, não estamos em Abril e isto não aconteceu no dia das mentiras, é que se alguém me contasse uma coisa destas eu dizia que era mentira, até porque já todos ouvimos mais que uma vez que por lei todos somos obrigados a prestar assistência se passarmos por um acidente, se não o fizermos podemos ser julgados e condenados... se isso é válido para qualquer cidadão português, não deveria ser muito mais válido para profissionais da saúde?

 

Normas ou não normas, regras ou não regras, e de certeza que há uma norma ou uma regra que explica isto, como é que um médico ou um enfermeiro consegue justificar que foi informado da existência de alguém a necessitar de socorro ali mesmo ao lado e se negou a prestar auxilio?

 

O certo é que segundo a noticia, a assistência demorou quase uma hora e quando finalmente chegou, os bombeiros tiveram que entrar directamente para a reanimação devido ao estado grave em que já se encontrava a senhora.

 

Note-se no fim a senhora foi assistida nas mesmas urgências e pelas mesmas pessoas que antes se tinham negado a ir à porta ajudar, só que foram levadas pelos bombeiros até às urgências do hospital... Se por acaso a senhora tivesse falecido entretanto, de quem seria a responsabilidade? De ninguém? 

 

Mais que mostrar a situação em que se encontra o nosso sistema de saúde, isto fala da falta de consciência, de ética e de moral de alguns dos  profissionais de saúde que trabalham nos nossos hospitais e da falta da humanidade à que chegamos...

 

Que tipo de consciência terá um profissional de saúde que sabe que tem uma pessoa a necessitar de assistência a uma dúzia de  metros e segue a sua vida como se nada acontecesse? Será que esta gente não pode mesmo ser acusada de falta de assistência a pessoa ferida? Há leis neste país para isso... acho eu.

 

Jorge Soares

publicado às 21:55

A triste história de Ahsya King

por Jorge Soares, em 10.09.14

Ashya King

 

Imagem de aqui

 

O menino da fotografia chama-se Ahsya King, tem 5 anos e sete irmãos, é inglês e foi-lhe diagnosticado um cancro cerebral. Os médicos ingleses  receitaram quimioterapia ao Ashya para o tratamento da sua doença. Esta terapia é extremamente agressiva até para os adultos e tem efeitos secundários terríveis.

 

Os país de Ashya que são testemunhasde Jeová, depois de muita investigação principalmente na internet tentaram convencer os médicos do hospital a em lugar dos tratamentos com quimio, utilizarem a terapia de protões que se utiliza nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Esta terapia é muito menos agressiva mas também é muito mais cara, pelo que não é autorizada pelo sistema de saúde britânica.

 

Ante esta negativa, os pais de Ahsya tiraram o menino do hospital e foram com ele para o sul de Espanha, a ideia era vendar a sua casa perto de Málaga e com o dinheiro obtido, viajar à Republica Checa onde o tratamento com portões custa perto de 20000 Euros.

 

Uma denuncia de rapto por parte do Hospital deu origem a um mandado de captura internacional e os pais de Ahsya foram presos pela policia Espanhola, Ahsya foi internado num hospital do sul de Espanha.

 

Entretanto todo o caso levantou uma enorme polémica na Inglaterra e as autoridades inglesas voltaram atrás na sua decisão de retirar o controlo parental aos pais de Ahsya... Imagino e desejo que entretanto os pais de Ahsya tenham conseguido o dinheiro de que precisavam e nesta altura o menino já esteja a ser tratado na República Checa.

 

Todos este caso levanta uma série de interrogantes, há pouco tempo em Portugal discutia-se se o estado devia ou não comparticipar um medicamento contra a hepatite que é muito caro mas garante a cura total aos doentes. O caso Ahsya não deixa de ser parecido, os hospitais ingleses não desconhecem o tratamento com protões, há na Inglaterra hospitais onde ele é subministrado aos doentes, só que Ahsya teve azar e foi levado para um onde o consideram muito caro e portanto não o utilizam.

 

Por outro lado fica a questão, até que ponto as autoridades de um país podem sobrepor-se aos desejos da família de um doente? Como disse, os pais de Ashya são testemunhas de Jeová, imaginemos que ele precisava de uma transfusão para salvar a sua vida e eram os pais que de acordo com a sua fé religiosa, a impediam, nesse caso as autoridades já podiam sobrepor-se à autoridade parental?

 

Os médicos e as autoridades inglesas consideraram que ao retirar a criança do hospital e viajar com ela para outro país, os pais tinham posto em risco a vida de Ashya já que este precisava de cuidados de saúde permanentes para sobreviver, mas não será licito que os pais queiram o melhor para os seus filhos e lutem por isso?

 

O mais triste da situação é que Ashya e a sua família tiveram de passar por tudo isto porque as autoridades de saúde inglesas, como as de tantos outros países, decidem o que é melhor para os doentes com base em critérios economicistas, na Inglaterra o novo tratamento custa perto de 120 mil Euros, e não no bem estar deles... quantos de nós não teríamos feito o mesmo que fizeram os país de Ashya?

 

Jorge Soares

publicado às 22:10

escolher quem vive e quem morre

Imagem do Público

 

Vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível em termos de cuidados de saúde todos terem acesso a tudo


Será que mais dois meses de vida, independentemente dessa qualidade de vida, justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros?


As frases acima fazem parte de um parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) que foi elaborado a pedido do Ministério da Saúde e incidiu principalmente sobre três grupos de medicamentos: para o VIH/sida, para os doentes oncológicos e para os doentes com artrite reumatóide.

 

Traduzindo por miúdos, o parecer que recorde-se é de uma comissão Nacional de Ética,  permite que a partir de agora o ministério da Saúde , os hospitais, ou os médicos, possam decidir por exemplo se um doente com cancro em estado terminal vai ou não ter direito a tratamentos que sirvam para lhe prolongar a vida.

 

Na pratica, este parecer dá às autoridades de saúde o direito a decidir quem vai viver e quem vai morrer, quem vai ter direito aos medicamentos mais caros e quem  só tem direito aos mais baratos, quem vai ser tratado atá ao ultimo momento e quem vai ser abandonado quando chegar a um estado em que a doença seja incurável.

 

Onde está a ética em  passar para as mãos dos médicos a decisão de quem tem direito a morrer e quem tem direito a viver?

 

Há algo nisto tudo que me faz imensa confusão, existem neste país leis contra a eutanásia e o suicidio assistido, um doente ou os seus familiares não podem decidir quando parar o seu sofrimento ou o dos seus seres queridos, mas agora acha-se ético que em nome de interesses económicos os médicos e hospitais possam decidir por eles.... e chamam a isto Ética?

 

 

Jorge Soares

publicado às 21:44

Helicóptero do Inem

Imagem da RTP

 

 

Foi em Chaves, mas podia ter sido em muitas outras localidades do interior do país e até em algumas do litoral, no Sábado uma mulher de 79 anos sentiu-se mal em plena rua em Chaves, chamado o INEM, os médicos contactaram o hospital de Chaves que recusou a doente já que desde o início do ano não dispõe do serviço de cardiologia. De seguida foi contactado o hospital de Vila Real que também recusou a doente por não dispor de vagas. Tudo isto enquanto a senhora estava a ter um ataque cardíaco em plena rua.

 

Entretanto foi transportada para o hospital de Chaves onde dada a gravidade do ataque cardíaco se decidiu que tinha mesmo que ir para Vila Real, foi chamado o helicóptero para fazer o transporte, este chegou quando a idosa já tinha falecido duas horas depois do primeiro alerta.

 

As poupanças na saúde tem um preço, neste caso o facto de não haver cardiologia em Chaves pagou esse preço na forma de uma vida humana.

 

Como é que se encerra um serviço num hospital sem garantir que os mais próximos tem capacidade suficiente para atender todos os casos? Quando em Vila Real dizem que não aceitam uma emergência cardíaca porque não há vagas, esperam o quê?, que transportem o doente para o Porto?, para Bragança?, para Braga?... e por acaso um doente cardíaco pode esperar até chegar de Chaves ao Porto?

 

Haverá de certeza muitos outros casos como este por todo o país,  casos que custarão muitas mais vidas, quem assume as responsabilidades?, onde estão os que decidiram que ao retirar a cardiologia de Chaves esta senhora não podía viver? vão asumir as suas responsabilidades neste caso?...será que era disto que o Primeiro ministro falava quando disse "Vamos cumprir as metas custe o que custar"? quantas vidas humanas estão encerradas nesta frase?

 

Jorge Soares

publicado às 21:23

Na Inglaterra, a fleuma deu lugar à ignorância

por Jorge Soares, em 06.03.12

Atletas olímpicos britânicos aconselhados a evitar apertos de mão

 

Imagem do Público 

 

Atletas olímpicos britânicos aconselhados a evitar apertos de mão.. segundo as declarações de um dos médicos responsáveis do BOA, o comité olímpico lá do sitio, a ideia é “reduzir o risco de doenças e optimizar a resistência [dos atletas], minimizando a exposição a bactérias".

 

Não tem nada a ver, mas quando li isto, o primeiro que me veio à memória foi uma noticia que é recorrente em quase todos os jogos, o primeiro que esgota nas aldeias olímpicas são os preservativos das máquinas vendedoras, sendo que em todos os jogos se bate um recorde no número de exemplares vendidos ou distribuídos... imagino que nestes jogos de Londres os atletas ingleses os utilizem para fazer balões de aniversário..... há coisas muito mais propícias à transmissão de vírus que um aperto de mão... acho eu.

 

Imagino que as próximas normativas do comité olímpico Britânico aconselhem aos atletas a não respirar durante as provas não vá o diabo tecê-las ...

 

Já agora, eu aconselhava ao comité Olímpico britânico a arranjar uns médicos menos ignorantes... ou então ao Comité Olímpico internacional a só permitir a organização dos jogos a países com menos fleuma e mais realismo.

 

Santa Ignorância.

 

Jorge Soares

publicado às 21:32

A luz ao fundo do abismo

Imagem de Henricartoon

 

Ao cuidado dos senhores ministros da saúde, das finanças e já agora do senhor Pedro Passos Coelho.

 

Supostamente há uma lei qualquer que diz que as médicas com filhos pequenos estão isentas de fazer os bancos no hospital onde trabalham. Em linguagem hospitalar, fazer banco é fazer um turno de 24 horas seguidas.. ou coisa pelo estilo. Evidentemente a maioria das médicas do serviço nacional de saúde aproveita este seu direito e não faz os bancos.

 

Hoje durante a hora do almoço alguém contava o seguinte: Há uma médica de um hospital algures a norte que tem filhos pequenos e portanto não faz os bancos, mas como na sua zona há falta de médicos nos hospitais, ela aproveita estes tempos livres para em lugar de estar com os seus filhos, fazer bancos em outros hospitais próximos, sendo que por cada turno recebe a módica quantia de 600 Euros.

 

Ou seja, a senhora recebe o seu ordenado do estado,  usa a lei para se furtar ao trabalho e depois recebe extra do mesmo estado mais 600 euros por turno para fazer o mesmo para que lhe pagam o salário. Com um bocado de imaginação, conseguimos ver uma médica do outro hospital onde ela vai receber os 600 Euros a  utilizar a mesma lei e vir receber os mesmos 600 euros para fazer os turnos dela... ou seja, o estado pode estar a pagar dois salários e mais 1200 Euros por cada turno para que as pessoas façam o trabalho que deveriam fazer com o seu salário.... E depois ainda nos admiramos pelo estado ao que o país chegou.. por cada banco que a senhora faz por fora, é um subsidio de férias ou de natal que se pagava... quantos casos destes existirão por aí?

 

Jorge Soares

PS:Tem mais histórias destas?, conte, a malta quer saber para onde foi o dinheiro

publicado às 21:38

e quem se importa com os alunos?

 

Imagem de aqui

 

A Noticia é do DN, em apenas 4 meses, de Outubro a Janeiro passados, terão sido passados 70031 atestados médicos a professores.  O fenómeno é transversal a todo o país e há inclusive noticia de uma médica que passou atestados a professores de lugares tão distantes como Moura ou Mafra... médica esta que ela própria estava de licença prolongada.

 

Todos sabemos que a vida de professor não é fácil, as crianças estão cada vez mais difíceis, os pais não querem saber e as escolas são cada vez mais depósitos de crianças, 70000 atestados num universo de 350000 professores representam 1 quinto, 20% dos professores.

 

Para além do mal que se estão a fazer às crianças, que em muitos casos tem 3 ou 4 professores diferentes durante o ano, toda esta gente que se candidata para depois apresentar atestado médico, está a ocupar um lugar no concurso de alguém que realmente se interessa por ensinar.

 

Este ano os concursos foi o que se viu, há mais de 30000 professores por colocar, quantos destes foram preteridos porque alguém se candidatou só para depois apresentar um atestado médico? Já repararam que se estes 70000 não fossem a concurso, em lugar de sobrarem 30000, faltavam 40000 professores?

 

Entretanto ... "até agora foram instaurados 19 processos disciplinares pelo Ministério da Educação e um caso vai ser apreciado pela Ordem dos Médicos..." fantástico, agora só falta ver o que se passou com os restantes 70012 professores e com os outros milhares de médicos que andaram a brincar às baixas... bem que podiam brincar aos médicos, as nossas crianças e os nossos impostos agradeciam

 

Desculpem lá. mas isto é um escândalo e uma falta de vergonha de médicos e professores, é caso para perguntar: Quem se importa com os alunos?

 

Jorge Soares

publicado às 21:39

Os médicos e o respeito pelos doentes

Imagem de aqui

 

Sabendo a minha meia laranja que passei a adolescência num país tropical numa época em que não tinham inventado os factores de protecção para os bronzeadores e o protector solar mais utilizado era o creme Nívea, decidiu marcar-me uma consulta com uma dermatologista. O cancro de pele mata cada vez mais pessoas e todo o cuidado é pouco.

 

A consulta estava marcada para as 9:30 e era aqui bem perto no Hospital de Santiago, como tenho o péssimo hábito de chegar cedo a tudo, às 9:15 já lá estava. Na sala de espera que é comum a várias especialidades havia meia duzia de pessoas, presumi que no inicio da manhã a coisa ainda não estivesse atrasada e que portanto não teria que esperar muito.

 

Às 9:32 vejo chegar uma  senhora que entrou directo para um dos gabinetes de consulta... não sei porquê, mas achei que era aquela a médica.. pelo meu prisma já estava atrasada dois minutos, mas pronto...

 

Às 9:40 chamam o primeiro paciente para aquele gabinete, não, não era eu, por entre a porta entreaberta consegui ver a mesma senhora já de bata vestida e pronta a atender os pacientes. Às 9:50 chamaram-me a mim, como tinha adivinhado, era mesmo aquela a médica que me ia atender.

 

Se há classe profissional que em Portugal não mostra o mínimo respeito pelos seus clientes, essa é a classe médica, eu não me lembro quando é que foi a última vez em que uma qualquer consulta minha, dos meus filhos ou da minha meia laranja, se iniciou à hora para a que estava marcada.

 

Esta vez eu até tive sorte, só tive que esperar 20 minutos, mas não deixa de ser um atraso considerável, se a minha consulta estava marcada para as 9:30 e havia outra antes, porque chegou a médica às 9:32?

 

O pior da situação é que já todos olhamos para esta situação como algo normal, ir a um médico privado e esperar uma ou duas horas para ser atendidos é o normal. E quanto mais conceituado e mais caro for o médico, maior é a espera.

 

Para mim isto não é normal, é uma falta de consideração pelos clientes que muitas vezes são obrigados a esperar horas em salas de espera minúsculas e sem condições, apinhadas de pessoas doentes, para além do abuso, isté é até perigoso para a saúde pública.

 

Porque não tem os médicos a menor consideração pelos seus doentes?, porque não chegam a horas ao inicio das consultas?, porque marcam mais consultas que aquelas que realmente conseguem fazer no horário previsto? Porque aceitamos tudo isto como algo normal?, afinal estamos todos a pagar a maior parte das vezes muito dinheiro, para sermos mal atendidos.

 

Jorge Soares

publicado às 22:31


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