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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
"...se tivesse nascido música gostava de ter sido feito pelos Sigur Rós e que a haver uma banda sonora, seria com uma dos Radiohead ou do Yann Tiersen, uma qualquer doEddie Vedder mais umas quantas dos Explosions in the Sky... Jeff Buckley... já seria um dia bem passado"
São palavras de David Santos numa entrevista dada ao Ionline, deve ser por isso que eu fiquei fan deste excelente músico desde a primeira vez que ouvi um dos seus temas... curiosamente até esta semana sempre achei que Noiserv era uma banda... coisas de quem não percebe nada de música, ouvia as músicas, até via alguns dos vídeos que ia colocando no A Musica Portuguesa sem nunca imaginar que todas aquelas musicas fantásticas fossem obra de um homem só... mas são..
Podia ter escolhido qualquer uma das outras músicas, escolhi Palco Do Tempo... por que é em Português.. mas podia ter escolhido outra qualquer, com a certeza que era uma excelente escolha.
O João Tamura enviou-me um mail para o endereço do Musica Portuguesa com uma humildade enorme a pedir-me para ouvir e publicar uma das suas músicas, esta, eu ouvi e depois ouvi outras e fiquei encantado, e pedi ao João que me enviasse um pequeno texto de apresentação para fazer um post sobre ele e a sua música e ele enviou o seguinte:
"sou joão tamura desde o ano de 1993. aos 14 anos, no bairro dos Olivais Sul, em Lisboa, experimentei pela primeira vez a música. desde então, escrevo e canto pedaços de mim. pedaços dos mundos por onde viajo e fotografo. pedaços algo íntimos do que sou."
Pronto, a sua música fala por ele, aqui com Catarina Sampaio em doces nadas:
Bem te avisei, meu amor
Que não podia dar certo
Que era coisa de evitar
Que como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto
Alguém fosse reparar
Mas não!
Fizeste beicinho e,
Como numa promessa
Ficaste nua para mim
Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?
Embora tenhas jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós
Ouvindo na sala ao lado
teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós
Nem dei por o que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão
A vergonha passei eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão
António Zambujo
Já não sei
Que mais posso fazer
O que devo dizer pra entender
Já tentei
Esperar o amanhecer
Ver o sol nascer
Pra me conhecer
Baixo as armas, tiro o escudo e o mundo
Às vezes eu preferia ser surdo ou mudo
Os dois ou nenhum
Apenas ter o meu espaço
E o vento, e o meu traço, desembaraço
Que posso dar pra te chegar?
(já não sei, eu não sei)
O que hei-de falar pra te alcançar?
(já não sei, eu não sei)
Um dia eu vou encontrar
Nem que seja a cantar por ti
E nesse dia saberei como cheguei aqui
Depois do fim vem um início
Eu vou recomeçar
O espelho sorri pra mim
Vai ser hoje
Eu vou longe
Acredito que sim
Parece tão fácil
É um assunto frágil
Como a flor que dá vida ao jardim
Quero falar, não me sai a palavra
Eu quero expulsar a sensação amarga
Que mata e corrói!
Que agarra e que dói, só destrói
Gostava de ser um herói
Que posso dar pra te chegar?
(já não sei, eu não sei)
O que hei-de falar pra te alcançar?
(já não sei, eu não sei)
Um dia eu vou encontrar
Nem que seja a cantar por ti
E nesse dia saberei como cheguei aqui
Depois do fim vem um início
Eu vou recomeçar
Vasco Ferreira / Kalú
Miguel Calhaz nasceu na Sertã em 1973 e é licenciado em Contrabaixo/Jazz pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto. Além da carreira a solo, o músico integra os projectos Popxula, Quartinto, Trilhos e Os Cantautores.
Vídeo de Abril Murchou
Letra
Quando os sonhos já não te acordam a sorrir
Que luas te anoitecem, que nuvens te escurecem,
Que ventos e que chuvas ainda estão para vir?...
Muitos dias passaram depois do adeus,
Em que vila morena é que o povo ordena,
Quem ficou a sonhar os sonhos que eram teus?
Não sentes uma dor fechada, por ter ficado inacabada
A planta onde surgia um lugar melhor?
Passaram-se anos numa espera, de que valeu essa quimera,
Se a mesma lenga-lenga se vai ouvir de cor?
E quando te dás conta já tudo caiu,
Que luta continua, que morte sai á rua,
E em que primeiro dia o Maio amadurece Abril?
E se uns impérios caem que outros vão surgir,
“Que trovas vão avante?”, pergunto ao vento errante,
Se mudam os tempos a vontade é de fugir...
Não sentes uma dor fechada, por ter ficado inacabada
A planta onde surgia um lugar melhor?
Passaram-se anos numa espera, de que valeu essa quimera,
Se a mesma lenga-lenga se vai ouvir de cor?
Não sentes uma dor fechada, por ter ficado inacabada
A planta onde surgia um lugar melhor?
Passaram-se anos numa espera, de que valeu essa quimera,
Se a mesma lenga-lenga se vai ouvir de cor?
Jorge Soares
Aos 20 anos, Catarina Miranda tem já "nove anos de carreira" e é uma multifacetada artista. Nascida num ambiente artístico e beneficiando do isolamento natural provocado por isso ter acontecido em Vila Real, Catarina apresenta um estilo muito próprio em que a melancolia, o encantamento e os ambientes bucólicos transformam as suas composições em momentos de rara beleza. Num mundo criativo que vai da pintura à música e onde se notam os efeitos de não ter crescido num grande centro urbano, Catarina Miranda apresenta o seu mundo encantado pela voz de «Emmy Curl» e com ela poderá chegar muito longe. Se fosse sueca estaria já nas bocas do mundo indie, assim, demorará apenas um pouco mais a chegar onde merece.
Fonte Ecletismo Músical
Letra
Jorge Soares
Marta Ren é uma das mais carismáticas vozes portugesas, tendo-se afirmado enquanto voz principal do grupo Sloppy Joe. Hoje, a par de outros projectos musicais como os Bombazines, Marta colabora com os Trabalhadores do Comércio. Uma nova geração de Rock, uma energia imparável, uma presença inconfundível.
A Marta está a preparar a sua estreia a solo, o disco deve aparecer ainda durante este ano 2013 e este é o primeiro single, Summer's Gone, ..a digam lá se ela não tem swing...
Letra
Olá Pai Natal
É a primeira vez que escrevo para ti
Venho de Lisboa e o pessoal chama-me AC
Desculpa o atrevimento mas tenho alguns pedidos
Espero que não fiquem nalguma prateleira esquecidos
Como nunca te pedi nada
Peço tudo duma vez e fica a conversa despachada
Talvez aches os pedidos meio extravagantes
Queria que pusesses juízo na cabeça destes governantes
Tira-lhes as armas e a vontade da guerra
É que se não acabamos a pedir-te uma nova Terra
Ao sem-abrigo indigente, dá-lhe uma vida decente
E arranja-lhe trabalho em vez de mais uma sopa quente
E ao pobre coitado, e ao desempregado
Arranja-lhe um emprego em que ele não se sinta explorado
E ao soldado, manda-o de volta para junto da mulher
Acredita que é isso que ele quer
Vai ver África de perto, não vejas pelos jornais
Dá de comer ás crianças ergue escolas e hospitais
Cura as doenças e distribui vacinas
Dá carrinhos aos meninos e bonecas ás meninas
E dá-lhes paz e alegria
Ao idoso sozinho em casa, arranja-lhe boa companhia
Já sei que só ofereces aos meninos bem comportados
Mas alguns portam-se mal e dás condomínios fechados
Jactos privados, carros topo de gama importados
Grandes ordenados, apagas pecados a culpados
Desculpa o pouco entusiasmo, não me leves a mal
Não percebo como é que isto se tornou um feriado comercial
Parece que é desculpa para um ano de costas voltadas
E a única coisa que interessa é se as prendas tão compradas
E quando passa o Natal, dás á sola?
Há quem diga que tu não existes, quem te inventou foi a Coca-Cola
Não te preocupes, que eu não digo a ninguém
Se és Pai Natal é porque és pai de alguém
Para mim Natal é a qualquer hora, basta querer
Gosto de dar e não preciso de pretextos para oferecer
E já agora para acabar, sem querer abusar
Dá-nos Paz e Amor e nem é preciso embrulhar
Muita Felicidade, saúde acima de tudo
Se puderes dá-nos boas notas com pouco estudo
Desculpa o incómodo e continua com as tuas prendas
Feliz Natal para ti e já agora baixa as rendas