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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
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Lembro-me perfeitamente de ter comentado mais que uma vez em casa e com os meus colegas à hora do almoço, que não acreditava que o desaparecimento do Daniel fosse um caso de rapto, a questão era: Quem é que vai raptar um criança a uma ilha? A menos que o rapto seja para extorquir dinheiro à família, o que a julgar pelas condições em que o Daniel e os seus pais viviam não seria de modo algum possível, raptar uma criança para ficar com ela numa ilha do tamanho da Madeira em que seria quase impossível faze-la sair dali, simplesmente não faz sentido.
A forma como a criança desapareceu e voltou a aparecer três dias depois de perfeita saúde e sem sinais de ter estado ao relento, deixava antever que algo como o que aparentemente se descobriu agora se teria passado.
Pena que tenham sido necessários quase seis meses para que o pai tenha vindo contar as suas suspeitas e nã oo tenha feito de imediato.
Resta saber quem, para além da mãe do Daniel, está implicado em tudo isto, para que alguém venda uma criança tem necessariamente que haver quem compre e neste caso o negócio chegou a ser feito e há de certeza mais implicados, incluindo um suposto intermediário....
Esperemos que tudo isto seja completamente esclarecido, até porque estamos a falar de uma criança de três anos, não é um bebé recém-nascido que se pode ir registar com documentos hospitalares forjados. Não seria fácil para os supostos compradores explicar o aparecimento do nada de uma criança de três anos. O que iam fazer com a criança? Ia ficar na Madeira? Ia sair para outro país? como? com que documentos?
O tráfego de crianças é um problema real, convém que todas estas questões sejam esclarecidas, e que todos os implicados sejam detidos e castigados, até para que casos destes e outros que já foram noticia no passado não se repitam.
Entretanto o Daniel e os seus irmãos voltaram a viver com a família paterna nas condições que todos pudemos ver, pelo que li existiu um interesse real das autoridades madeirenses e da segurança social para dar habitação e outras condições à família, oferta que pelo que li foi rejeitada... parece que as pessoas preferem viver mal....
Jorge Soares
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Desculpem lá a insistência, mas ler coisas destas no dia em que os senhores deputados da maioria aprovaram o orçamento de estado com o maior aumento de impostos da história, deixa-me mais ou menos fora de mim.
Se acharam mal os duzentos e cinquenta mil Euros das luzinhas em Lisboa, o que dizer de um gasto de dois milhões de Euros entre luzes de natal e fogo de artíficio para a passagem de ano novo?
Sabem aquela história de que há quem viva acima das suas possibilidades?... pois, é isto, há quem não tenha dinheiro para mandar cantar um cego... mas continue a torrar o dinheiro dos outros em luzinhas e bombinhas...
Crise?.. qual crise? ... isso é lá para o contenente!
Jorge Soares
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Infelizmente os anos passam e as coisas só pioram, o que se está a passar na Madeira, em Tavira e um pouco por todo o país é uma repetição do que se passou o ano passado, há dois anos, e básicamente em todos os anos anteriores, porque apesar de que todos os verões é a mesma coisa, a verdade é que não aprendemos nada de um ano para o outro e mal termina o calor e aparecem as primeiras chuvas em Setembro ou Outubro, simplesmente esquecemos os incêndios, a área ardida e as causas de tudo isto.
A propósito deste assunto, escrevi o seguinte neste post a 27 de Julho de 2010:
Há 15 dias fui passar o fim de semana aos meus pais, no Sábado à tarde peguei na máquina fotográfica e fui dar uma volta pelo lugar. Junto às ultimas casas e antes de entrarmos na densa floresta de pinheiros e eucaliptos, nos terrenos abandonados restam algumas árvores de frutos, uma figueira, pessegueiros, restos de uma enorme cerejeira e uma macieira coberta de frutos avermelhados que despontam por entre o enorme silvado que tomou conta de tudo. Do outro lado e a poucos metros das casas, por entre as árvores o mato que há muito não é limpo por ninguém, é bem mais alto que eu.
Hoje no telejornal (podem ver aqui) Hermínio Loureiro, Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, desde as margens do rio Caima em Ossela, falava de um incêndio que decorria a poucos metros da povoação e descrevia uma situação assustadora e caótica. Lembro-me de há 3 ou 4 anos passar naquele mesmo lugar, que fica a poucos Kms da casa dos meus pais, e ver toda a encosta junto ao rio completamente queimada. Não foi há muito que toda aquela floresta ardeu.. esse incêndio terá sido a ultima vez que aquele lugar foi limpo, sendo que desde então esteve a acumular combustível... para mais um incêndio.
A lei diz que a responsabilidade da limpeza das matas é dos seus proprietários, mas cabe ao estado, neste caso à Câmara Municipal, fiscalizar e notificar para que as limpezas sejam feitas. A realidade é que as matas não são limpas, ninguém fiscaliza e mal o tempo começa a aquecer os incêndios aparecem... e as imagens são as que infelizmente conhecemos de todos os anos.
Em toda a Europa a Biomassa é um negocio que movimenta muitos milhões de Euros e em crescimento constante, em Portugal a biomassa acumula nas matas até que é consumida pelos incêndios florestais. O dinheiro que não se ganha com o seu aproveitamento é gasto no aluguer de aviões e de helicópteros que são sempre em número insuficiente para acudir ao número cada vez maior de incêndios (notícia do Público).
É de louvar que nesta altura o Sr, Hermínio Loureiro apareça junto à população, mas era muito mais inteligente de sua parte aparecer por lá na Primavera junto com os fiscais da Câmara e garantir que no verão as matas estejam limpas e livres de biomassa, e a prevenir que estas coisas aconteçam. E quem diz Hermínio Loureiro, pode dizer qualquer outro responsável camarário das centenas de câmaras com área florestal no nosso país.
Hoje os locais e os protagonistas são outros, mas a realidade e os culpados são os mesmos
Jorge Soares
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Ou Lisboa "toma juízo ou temos de ir para a independência", diz dirigente do PSD-Madeira
Senhor Primeiro ministro, senhores ministros, há alturas na vida em que temos que olhar em frente e atirarmo-nos de cabeça, além disso oportunidades destas não aparecem muitas vezes, já viram o peso de que nos livrávamos se estes senhores parassem com as ameaças e passassem mesmo à acção? Portanto, pensem lá no povo e nos sacrifícios que nos estão a pedir...e esta vez, só esta vez, não tenham juízo.
Está visto que a vergonha é algo que a estes senhores não lhes assiste, até quando vamos ter que aturar este tipo de discurso?
Independência para a Madeira já!
Jorge Soares
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Na Madeira acabam de descobrir a pólvora, se o PSD tem maioria e se como todos sabemos os deputados (e não é só lá) votam como os carnerinhos, todos sempre na mesma direcção, para que tem que lá ir os 25?, o voto de um é mais que suficiente.
Pensando bem, nem é assim uma ideia tão estapafúrdia, já viram a quantidade de dinheiro que se poupava se em lugar de 47 salários e mordomias só se pagasse a um deputado por cada partido? para as votações ponderava-se os votos de acordo com as percentagens de cada partido e já estava.
É claro que para um parlamento com 5 ou 6 deputados não é necessária uma sala enorme, qualquer vão de escada com uma mesa e umas cadeiras chega e sobra, além de que não precisa de funcionários, motoristas, carros... é só poupar. Então e aplicarmos a lógica cá aos deputados cubanos que são mais que muitos?.... quanto é que é mesmo o orçamento da nossa assembleia da República?
Ironias à parte, é claro que esta ideia nunca teria pés para andar... é que só é preciso o voto de um, mas no fim do mês o salário é para os 25.. . mesmo que só lá tenha ido um em cada votação.
Será que por lá alguém já ouviu falar de uma coisa chamada democracia?
Jorge Soares
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Já não sei onde li que devido à crise em muitos municípios este ano vai haver menos iluminações de natal, em Almada e noutras cidades reduziu-se o horário na iluminação pública com o intuito de se poupar uns milhares de Euros na conta da electricidade, entretanto a meio do Atlântico há uns senhores que continuam a actuar como se nada estivesse a acontecer.
Na Madeira entre iluminação de natal, fogo de artificio e animação natalícia, segundo a notícia do público, a factura vai rondar os 5 milhões de Euros, mais ou menos o que se gastou no ano passado, ou seja, lá para os lados do atlântico, parece que não se dá pela crise.... entretanto por cá, aumenta-se os impostos e corta-se nos salários e há quem tenha medo de sair de casa às escuras de manhã.....
Não, esta vez não vou perguntar pela vergonha... já sabemos que é coisa que eles não tem.
Jorge Soares
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Não está ali escrito, mas faltou dizer que evidentemente é para assistirem pela televisão, que não cabem todos na assembleia legislativa da Madeira. E com isto ficamos a perceber porque é que o homem ganha as eleições, com benesses destas a malta vai votar em quem? E pensar que por cá o governo do PSD anda a falar em cortar feriados para acabar com as pontes e aumentar a produtividade.... está visto que à Madeira não é só o primeiro ministro que não vai... a austeridade também não.
Já agora a noticia também diz o seguinte: A última “tolerância de ponto” foi dada por Jardim na primeira sexta-feira de Agosto deste ano, para possibilitar aos funcionários públicos da região assistirem ao Rali Vinho Madeira.
Se alguém pensava que aquele barulho todo que se armou com o buraco dos 8 mil milhões serviu para algo, aqui está a prova de que não, na Madeira nem as moscas mudaram, e tudo isto continua a cheirar muito mal..... e os nossos impostos é que pagam. Onde andam as famosas medidas de austeridade que iam ser aplicadas à região para cubrir uma parte do enorme buraco que causou um rombo nas contas do país? Só para terem uma ideia, são precisos 4 anos de subsídios de natal e ano novo para se chagar a uma poupança igual ao buraco das contas do senhor Alberto João Jardim.
Então e um bocadinho de vergonha, não?
Jorge Soares
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... como se nada se estivesse a passar.
Sabem uma coisa, eu até estou admirado, primeiro porque não voltei a ouvir o homem depois do dia das eleições, estará algures de lua de mel a festejar a nova maioria absoluta?
Segundo, porque depois das medidas anunciadas pelo governo, eu estava à espera de o ouvir a chamar caloteiros aos gajos de Lisboa e a dizer que na Madeira não havia cortes de subsídios de férias e de natal para ninguém.... deve estar para breve.
Cerro certo é que o homem continua a acumular o salário com os 4400 Euros de reforma, o resto é conversa....por certo, já alguém ouviu falar das famosas medidas a que a Madeira ia ser sujeita para pagar os mais de 8 mil milhões do buraco?.... não, pois, como sempre quem vai pagar são os nossos impostos... parvos somos nós que os elegemos e admitimos que estas coisas continuem a acontecer.
Jorge Soares
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Não é surpresa nenhuma, o PSD e Alberto João Jardim ganharam de novo as eleições na Madeira, é a 10ª eleição e se não me engano, a 10ª maioria absoluta consecutivas.
Assim de repente, na Madeira só há um vencedor, Alberto João Jardim, que uma vez mais, ganhou contra tudo e contra todos, inclusivamente contra uma boa parte da estrutura do PSD nacional, aquela parte do partido que está farto dele, dos seus desaforos constantes e da sua forma vergonhosa de governar.
De todos os restantes partidos e candidatos não reza a história, a segunda força politica mais votada, o CDS PP, teve menos de 18% dos votos, por muito que queiram cantar vitória, tiveram menos de metade dos votos do PSD, longe, muito longe do poder. O PS ficou-se pelos 11% dos votos, depois há o Coelho da Madeira que por si só foi capaz de chegar quase aos 7%, dos restantes não reza a história. Significativo o facto de o Bloco de Esquerda ter ficado em ultimo lugar, mesmo atrás do partido dos animais, o que por si só mostra como a Madeira é de facto um outro mundo no panorama nacional.
Não faltaram evidentemente os casos nestas eleições e as habituais queixas para a Comissão nacional de eleições (CNE), queixas que se repetem em todas as eleições da Madeira e que esta vez, tal como em todas as anteriores, servirão para nada. A meio da tarde quando ia a caminho da praia ouvi Alberto João Jardim quando questionado sobre estas queixas a perguntar: Para que serve a CNE. Por primeira vez estou de acordo com o homem, realmente, para que serve a CNE se as queixas são as mesmas desde há 30 anos e nunca ninguém fez nada para resolver a questão.
Ao fim do dia no Telejornal da RTP era possivel ver um carro da empresa eléctrica da Madeira com uma folha A4 que dizia: "Transporte especial para as eleições". A Empresa da electricidade da Madeira é uma empresa pública, quem pagou a compra da viatura nós sabemos quem foi, resta saber quem terá pago o ordenado do senhor que o conduzia e o combustível utilizado no dia de hoje. Evidentemente tudo isto é ilegal, ora, para que é que serve mesmo a CNE?
Resta dizer que a democracia também é isto, as eleições na Madeira são livres, as pessoas votam em quem entendem que os governa melhor. Quer-me parecer que daqui a um ou dois meses eles vão perceber que afinal, se calhar a maneira de governar não foi mesmo a melhor, que tudo isto tem custos... custos que terão que pagar e que continuarão a aumentar as enormes assimetrias que existem no território... mas até lá, o Carnaval continua.
Jorge Soares
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O comentário acima foi proferido por Alberto João Jardim num comício na Camacha, eu já o tinha defendido aqui a propósito do tratamento especial a que julgam ter direito os dirigentes políticos madeirenses que ao contrário dos do continente, continuam a acumular salários com chorudas reformas.
Curiosamente quando se trata de pagar IVA, que por lá é menor que popr cá, ou de subsidios de insularidade, ele já não acha que devemos funcionar como um país, aí ele acha-se com direito a um tratamento especial.
Segundo o censo de 2011, a Madeira tem 267 938 habitantes e uma dívida de 6000 milhões de Euros, o valor total da dívida Portuguesa anda perto dos 150000 milhões de Euros, se fizermos as contas vemos que o valor por habitante da Madeira é quase o dobro do continente.... e mesmo assim, eles ainda acham que andam a pagar a dívida portuguesa e que nós não queremos pagar deles.
Não sei até que ponto este comentário de Alberto João Jardim não poderá ser considerado crime, mas cá por mim, Independência já.. se levarem com eles os 6000 milhões da dívida, é claro.
Jorge Soares