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Estudantes

Vivo num país onde os estudantes somos terroristas e os ladrões heróis da patria

Vivo en un pais donde los estudiantes somos terroristas y los malandros heroes de la patria

 

 

 

17 minutos de reflexão, tiren as vossas próprias conculsões

publicado às 23:20

Nelson Arraiolos

 

Imagem do Público

 

Nelson Arraiolos está desempregado, já escreveu a Cavaco Silva a informar que não vai pagar mais impostos, já andou de autocarro sem pagar, com isso conseguiu ser noticia e de algum modo chamar a atenção para as suas dificuldades e para as dificuldades que passam todos os desempregados deste país.


Agora Nelson anunciou que vai dar um novo passo:


“Ao meio-dia, nesta quarta feira, 4 de Dezembro, Nelson Arraiolos irá deslocar-se ao Pingo Doce do Rossio, Rua 1.º Dezembro, 67-83, 1200-358 Lisboa, entrará no supermercado, pegará num quilo de arroz e sairá sem pagar.”


Anunciado assim com a morada completa, o dia e a hora certa, tem algumas coisas garantidas, a presença de muita gente que o irá aplaudir, da comunicação social que irá narrar tudo como se de um derby de futebol se tratasse e de certeza absoluta a presença da polícia, que evidentemente evitará a subtracção do arroz, levantará o correspondente auto e espera-se, deixará o Nelson ir à sua vida, com mais uns problemas para resolver.

 

Basta ler as noticias online para se perceber que há muita gente a aplaudir a atitude do Nelson, lamento, mas eu não vou por aí, percebo que o Nelson não consiga pagar os impostos e portanto deicida adiar esses pagamentos, entendo que decida não comprar o passe, mas já não entendo esta ideia de ir buscar comida ao supermercado sem pagar, isso chama-se roubar.

 

O desemprego em Portugal anda perto dos 20%, imaginemos que de repente todos os desempregados passavam a ir aos supermercados, enchiam os carrinhos e saiam sem pagar? O que acontecia à economia se de repente 20 das população deixasse de pagar o que compra? Quantos supermercados teriam que encerrar as suas portas e em quanto contribuiria isso para o desemprego?

 

É suposto isto ser um acto simbólico? Concordo, mas convém que o Nélson explique isso bem, pedir a desobediência pode ser um pau de dois bicos, pode  ser que haja quem se ache no direito de fazer o mesmo e  a coisa corra mal...

 

Há duas ou três semanas na Venezuela, Nicolás Maduro o presidente da República,  decidiu vender mais baratos os electrodomésticos de uma loja.. nos dois dias seguintes a maioria das lojas de electrodomésticos do país  foram saqueadas, muita gente encheu as casas de televisões, ipads, computadores  e torradeiras e agora vai demorar muito até que alguém volte a abrir uma loja em Caracas, entretanto milhares de pessoas ficaram desempregadas e o país ficou mais pobre... tudo em nome do populismo bolivariano e presidencial.

 

Já agora uma questão, acabo de ler que o Nelson vive no Bombarral, porque vir fazer isto a Lisboa? sempre poupava o dinheiro da viagem... não?

 

E será que o Pingo Doce não patrocina uns kilos de arroz ao Nelson, é que olhe-se por onde se olhe, não tem por onde ficar bem na fotografia, deixar o Nelson sair sem pagar o arroz é incitar a que outros façam o mesmo, obrigar a que ele pague, vai gerar o ódio de muita gente.... a esta altura deve haver alguns gerentes com os cabelos em pé... será que a loja vai estar aberta?

 

Jorge Soares

publicado às 21:32

Nicolás Maduro

Imagem do Público 

 

Das muitas coisas que li e ouvi sobre o facto de Nicolás Maduro ter ficado como presidente interino após a morte de Hugo Chavez, uma das que mais em chamou a atenção foi:

 

El problema no es tener un chofer de autobus como presidente de la república, el verdadero problema es que tenemos milhares de ingenieros que solo consiguen ser choferes de autobus.

 

Nicolás Maduro começou a sua carreira como sindicalista, era condutor de autocarros e com a chegada ao poder de Chavez conseguiu ter a esperteza e os contactos suficientes para ascender até à vice-presidência da República. O facto de ter sido nomeado por Chavez como o seu sucessor fez dele o novo presidente da República, mas bastaram duas semana de campanha politica para se perceber que não tem nem o carisma, nem a habilidade politica, nem o sentido de estado para ser presidente da Venezuela. 

 

Maduro começou a campanha eleitoral com 15% de vantagem nas sondagens, à medida que os dias iam passando e ele se ia mostrando, a diferença ia diminuindo à mesma velocidade com que o eleitorado se ia apercebendo da sua verdadeira personalidade. Tivesse a campanha eleitoral durado dois ou três dias mais .....

 

Mas dizem os resultados oficiais que Maduro ganhou e que pelo menos durante os próximos seis anos será ele a dirigir os destinos da democracia mais antiga da América Latina. Hugo Chavez esteve no poder durante quase 15 anos, um período em que se é verdade que uma boa parte da população teve uma melhoria significativa nas suas condições de vida, também é verdade que cada vez mais a economia depende do Petróleo. De um país industrial e quase auto-suficiente, passou-se para um país em que mais de 90% do que se consome é importado. Um país sem industria, sem agricultura e que apesar de ter uma população muito jovem, é cada vez mais um país sem futuro.

 

O resultado das eleições e o radicalismo abraçado por cada um dos lados da barricada mostram uma sociedade profundamente dividida. O facto de o governo ter decidido ignorar os apelos de Capriles à recontagem dos votos, a pressa em marcar para hoje mesmo a tomada de posse do novo presidente e os imensos rumores sobre fraudes eleitorais, vão deixar para sempre uma mancha negra sobre a legitimidade de Nicolás Maduro para governar.

 

Hoje a Venezuela é sobretudo uma sociedade marcada pela corrupção e pela violência extrema, em cada fim de semana há mais de cem mortos devido à criminalidade comum. Se já era uma sociedade dividida, depois de tudo o que aconteceu nos últimos dias vai ser uma sociedade em que uma boa parte se sente enganada pelo poder politico.

 

Durante a campanha eleitoral Nicolás Maduro mostrou ser capaz de pouco mais do que  invocar o nome de Chavez e repetir o as suas frases qual oração religiosa. Ficou conhecido pelo numero de vezes que repetia o nome de Chavez durante o seu discurso, as maldições que invocava para assustar a quem votasse em Capriles e por falar com os passarinhos...

 

Espero estar enganado, mas cada vez mais a Venezuela é um país a cair de Maduro...  e sinceramente não sei se haverá forma de o amparar numa queda que será de certeza absoluta num buraco muito profundo

 

Jorge Soares

publicado às 21:10


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