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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de aqui
Foi noticia a semana passada, o ministério da educação suspendeu o programa de e-escolinhas e a inscrição para a entrega de mais Magalhães às crianças.
Não é novidade para ninguém que sempre fui contra este programa na forma em que ele foi implementado, estive a contar e se incluirmos aqueles em que falo sobre a (não) garantia dos pequenos computadores, são 6 os posts que escrevi sobre o assunto desde 2008 até agora.
Dos dois computadores que chegaram cá a casa há muito que não há noticias, ambos avariaram e como a garantia pouco mais cobre que os discos, foram arrumados e esquecidos.
Quanto à sua utilização, um raramente chegou a ir para a escola, entre a falta de condições da sala de aulas e da escola e a falta de vontade e empenhamento da professora, nunca serviu para o propósito que foi pensado, para pouco mais foi utilizado que para o famoso jogo do pinguim. Cheguei a questionar a professora numa das reunião de fim de período, a senhora respondeu-me que ainda estava à espera que lhe entregassem o dela e sem ele não sabia o que dizer aos alunos... esclarecedor.
A R, tinha uma professora muito mais dinâmica, que ignorava a falta de condições da sala e da mesma escola e conseguiu aproveitar bastante.
Passado todo este tempo, continuo a achar que todo o programa foi um equivoco na forma em que foi pensado e realizado, para a maioria das crianças não passou de mais um brinquedo e o aproveitamento foi nulo. Por outro lado, a famosa robustez do portátil que fez Hugo Chavez atirar um para o chão e garantir que continuaria a funcionar, nunca passou de um mito, tudo era muito frágil e nada estava na garantia.
Li algures um apelo de uma professora (não consegui encontrar o blog, mas vou continuara procurar) para que os computadores em lugar de serem entregues às crianças fossem entregues às escolas... se calhar seria uma boa ideia e uma forma de garantir a sua utilização. Resta saber que percentagem dos professores tem a sensibilidade e sobretudo a vontade de os utilizarem como ferramenta de apoio às aulas, a julgar pelo que vi nos últimos 3 anos nas escolas onde andaram os meus filhos, as condições são poucas ou inexistentes nas salas de aula e a vontade de muitos professores será ainda menos.
Acredito que exista uma pequena percentagem de crianças para quem esta tenha sido a única forma de terem acesso a um computador, para esses fará todo o sentido uma reavaliação do programa, dos restantes a grande maioria tem acesso a computadores a sério em casa e o dinheiro do Magalhães é claramente dinheiro deitado ao lixo.
A parte do estado de todo o programa terá andado perto dos 500 milhões de Euros, sendo que neste momento há uma dívida de 65 milhões às operadoras, quantos dos Magalhães que foram entregues continuam a funcionar? Quantos serviram para o fim para que foram pensados?, quanto dos 500 milhões é dinheiro deitado ao lixo?
Jorge Soares
Como seria de esperar a telenovela das garantias dos Magalhães dos meus filhos tinha que ter mesmo novos capítulos.
Para quem não leu os capítulos anteriores, ambos os computadores estavam avariados, sendo que o do N., para além de um problema de disco, tinha uns pinos da bateria partidos, e os senhores da ATI Informática diziam que tinha que levar uma Board nova, reparação que não estava coberta pela garantia e que me custaria 80 Euros.
Depois de uma troca de emails, enviamos uma carta registada onde reclamávamos a resposta que nos foi dada e onde exigíamos a reparação dentro da garantia. O computador foi devolvido só com o disco reparado e nunca tivemos resposta à carta enviada. Entretanto recorremos à DECO, que supunha eu, é a Associação de defesa do Consumidor.
Esta semana recebemos a resposta deles, entre muitas outras coisas que não interessam para nada, diz o seguinte:
"Nestes termos, e uma vez que existe contradição de factos insanável (????) em processo de mediação e dado que não dispomos de peritagens ou avaliações técnicas que permitam aferir a matéria em causa, vemo-nos forçados a preceder ao arquivamento do presente processo."
Eles enviam uma copia da resposta dos senhores da ATI Informática, onde diz exactamente o mesmo que já me tinha sido dito a mim, e que eu tinha enviado para eles. Ou seja, nem sei a que raio eles chamam um processo, é evidente que há contradição de factos, se não houvesse eu não tinha recorrido a eles.... certo?
É para isto que serve uma associação de defesa do consumidor? para chegar com o processo ao exacto ponto onde eu o tinha deixado e depois arquivar? Nem uma pergunta, nem um contraditório, um pedido de esclarecimento?, nada?.... se eles não tem técnicos quem faz aqueles artigos fantásticos com os comparativos das revistas?... ou só servem mesmo para isso, para fazer vender revistas e captar associados?
Entretanto o computador da R. foi reparar e evidentemente o teclado não está na garantia, e lá se foram mais 30 Euros..... mas afinal que porra está na garantia destes computadores?
É claro que posso sempre contratar um advogado e ir para tribunal... mas quantos 80 Euros me vai custar isso?.. é por estas e por outras que estes senhores fazem o que lhes apetece. Entretanto recebi um mail de alguém que está exactamente com o mesmo problema na bateria que nós, e que recebeu a mesma resposta... e o mesmo orçamento... já lhe disse que não vale a pena falar com a DECO.. o melhor mesmo é ligar o computador directamente à corrente..sempre poupa o dinheiro dos selos a enviar cartas de reclamação.
Jorge Soares
A telenovela com as garantias dos Magalhães cá de casa vai dar pano para mangas, ainda não é altura para voltar ao assunto, mas o que se está a passar deixou-me a pensar. Nem de propósito, hoje no Expresso Online havia um artigo bem interessante sobre o assunto, parece que à medida que se vai desembrulhando vai aumentando a trapalhada, é só mais uma deste governo.
Mas vamos ao que ia, desde o incio que eu achei que tudo isto era um enorme erro, há nas escolas deste país muitíssimas necessidades que bem poderiam ser resolvidas com uma parte do dinheiro gasto neste programa, já em Outubro no meu Post "A fotocopiadora para a escola ou o Magalhães" expressei essa ideia,agora não só a mantenho, como a reforço, e fala a voz da experiência, cá em casa há dois, ambos na mesma escola mas com resultados bastante diferentes ao nível da utilização e aproveitamento das tecnologias.
Vejamos, o Magalhães do N, chegou no inicio de Fevereiro, mas que eu me lembre, só no fim do ultimo período, bem nos últimos dias de aulas, ele foi levado para a sala. E isso foi depois de na reunião de avaliação do segundo período, os pais terem questionado a professora sobre os motivos para a sua não utilização, ela defendeu-se com o facto de não ter sido distribuído um para os professores, ela nunca tinha visto um e não fazia a menor ideia sobre o que lá vinha, não estava portanto preparada, nem ela nem a sala de aula. De facto, a escola dos meus filhos não tem tomadas eléctricas nas salas para mais que dois ou três computadores, não há rede wireless, nem as mínimas condições para a utilização em simultâneo de mais de duas dezenas de computadores.
É claro que achei que era uma questão de atitude, mas também é verdade que com computadores com bateria para pouco mais de uma hora, com uma professora sem motivação e sem condições minimas na sala de aula, não valia mesmo a pena. Conclusão, o Magalhães do N, enquanto funcionou, serviu para ele jogar o jogo do Pinguim e quando apertávamos com ele, algum dos jogos didácticos, do meu ponto de vista foi um completo desperdício de dinheiro, para mais quando cá em casa ele tinha acesso a um computador.
O Caso da R. é bem diferente, o computador chegou no inicio de Abril, mas uma professora bem mais proactiva, apesar das dificuldades da sala de aulas conseguiu tirar imenso proveito dele, e neste momento a miúda consegue fazer algumas coisas, principalmente multimédia, com mais facilidade que eu. Neste caso o problema é outro, ela farta-se de lhe dar utilização, tanta que temos que passar a vida a ver o que apagamos, porque os 30 Gigas do disco são claramente insuficientes para o Windows, o Linux, todo o software e as dezenas de vídeos e power points que ela produz. É claro que com tanta utilização,as teclas saltaram em pouco tempo, e agora, já percebi que vou ter outra guerra com os senhores da empresa de reparações, porque um teclado custa 39 Euros e ainda não sei se a garantia o cobre, mas tenho fortes suspeitas que será mais um caso para a DECO resolver..
Esta questão dos preços das reparações leva-me a outro problema, eu já tenho uma disputa com a atinformática que não sei como nem quando se vai resolver, já estive a ver, um monitor custa quase 90 Euros, e pelo que li, há muitos avariados, um teclado custa 39, e segundo a professora da R., há muitas teclas a saltar entre os computadores dos colegas dos meus filhos, uma motherboard custa 81 Euros, qual será a percentagem de pais que estão dispostos a pagar estas reparações? e mais quando a empresa que as faz tenta empurrar a culpa para os utilizadores e foge da garantia a sete pés.
Talvez eu esteja enganado, mas dada a fraca qualidade do material utilizado, eu diria que lá para o fim das férias uma larga maioria dos Magalhães estará impróprio para consumo, sendo que a maioria dos pais não estará disposto a pagar estes valores e mais quando as condições das escolas e a fraca vontade de alguns professores, faz com que não se veja utilização prática dos mesmos para mais que o já famoso jogo do pinguim.
Resumindo, continuo a achar que os largos milhões de Euros utilizados neste programa poderiam ter servido para melhorar em muito as condições das nossas escolas, o programa deveria ter sido restrito às crianças cujos pais não tinham condições para terem computador em casa, o estado escusava de armar toda a trapalhada que armou com ajustes directos e fundações privadas com dinheiros publicos, poderia ter sido utilizado muito menos dinheiro em computadores com um nível mínimo de qualidade em lugar de financiar brinquedos caros para os filhos da classe média que até já tinham computador em casa.
Jorge Soares
Lembram-se de aquela noticia em que o Hugo Chavez atirava um Magalhães para o chão e dizia que era à prova de crianças, que nem assim ele avariava?, bom, ou as minhas crianças são piores que o Chavez, ou aquele Magalhães era de um lote diferente dos dois que vieram cá para casa.... que estão os dois avariados.
Primeiro foi o da R. as teclas começaram a ficar soltas, até que uma saltou mesmo, depois foi o do N. de um momento para o outro a bateria simplesmente deixou de funcionar e passado pouco tempo, o computador deixou mesmo de funcionar.
Convém dizer que ambas as crianças utilizavam há bastante tempo o computador cá de casa, que já tem uns 4 ou 5 anos e continua vivo, inteiro e a funcionar, não estamos a falar de crianças que dão um trato desumano à coisa, .. o que acontece é que a qualidade dos pequenos portáteis, feitos ou não a pensar na utilização por crianças pequenas, deixa muito a desejar.
Convém também explicar que ambos os computadores tem menos de 4 meses de utilização, e que estão bem dentro do período de garantia.
No computador vem um numero de assistência para onde podemos ligar em caso de emergência, bom, eu juro que tentei, várias vezes, mas invariavelmente chegamos a uma voz de menina que nos diz: "O tempo de espera é superior a 10 minutos tente mais tarde", e isto acontece ao meio dia, às seis da tarde ou às 10 da noite, aconteceu as 3 ou 4 vezes que tentamos.
Feito isto, indagamos na escola e lá nos disseram o que fazer. Primeira contrariedade, para enviar o brinquedo para reparação, tem que ir na caixa... mas quem raio é que guarda uma caixa de computador durante 2 anos? Por mero acaso, uma das caixas tinha ficado esquecida na arrecadação, pelo que lá enviamos o computador do N, que era o que não funcionava mesmo.... mas foi mero acaso, e não sei o que faria se não tivesse encontrado a caixa... mas em frente.
Passados uns 10 dias, recebemos um SMS com um aviso para irmos ao Site da empresa atinformática para vermos a proposta de reparação.... Proposta de reparação????!!! mas o computador não estava na garantia?... mau!
Lá fomos ao site, e para nosso espanto, diz o seguinte:
Substituição da HD -- Garantia
Pino de bateria Partido - Avaria fora da garantia
Proposta de substituição de motherboard, 81 Euros.
Que eu saiba aquela bateria só saiu do sitio uma vez...se tem um pino partido, é porque vinha com defeito.. e para que raio querem substituir a morherboard se o pino partido é da bateria?
E acham eles que eu vou pagar 80 Euros por reparar um computador que custou 50... é claro que já entreguei o caso à DECO... e vamos ver quem paga o quê...
O pior é que eu preciso de resolver isto, porque preciso da caixa para enviar o outro a reparar.
Bom, mas sobre computadores feitos a pensar em crianças, estamos conversados....e já sabem, se ainda não deitaram a caixa fora... guardem-na bem!
Jorge Soares
Hoje dei por mim a pensar na velocidade a que as coisas mudam na nossa civilização. Ontem ao fim do dia cheguei a casa e encontrei a R. com o seu novo Magalhães que finalmente chegou. Ela chegou a casa, tirou o bichinho da caixa, ligou-o à corrente, escolheu o Linux, seguiu as instruções e instalou...tudo. Quando cheguei já estava nos finalmente e o que me perguntou foi como punha a internet a funcionar..... ela não conseguiu porque o dono das passwords para o wireless, sou eu.
A R. tem 10 anos.... há 30 anos atrás quando eu tinha 10 anos, a minha maior diversão era andar descalço pelos campos, ir aos ninhos na Primavera e tomar banho nos tanques e presas de rega no verão, a televisão abria às 18:30 e uns minutos antes lá estava eu a olhar para a mira técnica à espera dos desenhos animados.... o computador era uma coisa que havia no Espaço 1999, ciência ficção... Hoje a minha filha com 10 anos domina completamente a tecnologia e utiliza-a em seu proveito.
O Acesso rápido e barato à informação deveria tornar-nos uma sociedade culta e informada.... deveria, porque eu acho que na realidade nos tornou numa sociedade voyeur, e podemos ter a noção disso aqui na blogosfera, quem tem blogs no SAPO rapidamente descobre que utilizar a tag Sexo é garantia de duplicar ou triplicar as visitas diárias, o tema sexo continua a ser um tabu e está visto que somos atraídos pelo fruto proibido, mas há pior.
Há umas semanas atrás escrevi um post sobre a Jade Goody, A História da vida real ..até à morte, o certo é que na semana seguinte a média de visitantes aqui no sitio passou dos habituais 300 para mais de 600 por dia.... e onde ia parar toda essa gente?... ao post que falava da senhora. Convenhamos que é um bocado triste, a senhora morreu no inicio desta semana e o que vou dizer até vai parecer mal...mas é a verdade. A Jade Goody foi uma pobre coitada que teve a sorte de ser escolhida num casting para o Big Brother, que mais não é que um dos exemplos do pior que se faz na televisão de hoje... mas vejam lá, bastou a senhora ficar doente, para se tornar no objecto de interesse até ao ponto de destronar a
adopção, as receitas, deus e os poemas do Fernando Pessoa, como a mais procurada aqui no blog.
O que nos vale é que daqui a uns dias, ninguém se vai lembrar da senhora, o blog vai voltar ao seu nível normal de visitas e Fernado Pessoa, a adopção e as receitas, vão continuar por aqui. Somos ou não somos uma sociedade voyeur?
Jorge
PS:A Netcabo resolveu pregar mais uma partida, estou sem internet, sem televisão e sem telefone,... vai ser complicado visitar e comentar blogs... sorry amigos, até arranjar um novo fornecedor dos serviços, isto vai andar mais lento.
Imagem retirada do Publico
Há coisas do diabo, ando há uns dias para falar do Chavez, da democracia, da Venezuela e da forma como os senhores que nunca lá puseram os pés e falam de cor do que não sabem, vêem as coisas que por lá se passam. Hoje até estava sem grande vontade de escrever, mas esse era o tema que ia abordar.....e não é que me deparo com esta noticia do Publico:
"O presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Miguel, foi surpreendido ao início da tarde com um fax do Ministério Público no qual era dado um prazo à autarquia para retirar o conteúdo sobre o computador Magalhães, que fazia parte do "Monumento", e onde apareciam mulheres nuas no ecrã do portátil. “Achamos que pela primeira vez após o 25 de Abril temos um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres”, lamentou o responsável, em declarações à Antena 1.
“Fomos surpreendidos agora cerca da uma hora com um fax do Ministério Público assinado pela senhora delegada do 1º juízo, a qual nos dá um prazo até às 15h30 para retirar o conteúdo do computador Magalhães”, explicou o autarca, citado pela mesma fonte. Carlos Miguel acrescentou que “o que existe é uma sátira ao computador Magalhães com um autocolante que se pressupõe que seja o ecrã” do portátil e onde é visível uma pesquisa no Google com a palavra-chave "mulheres". Por isso, não entende o pedido para o retirarem do Carnaval e entregaram mais tarde ao tribunal judicial o autocolante."
Vá lá, confessem lá que isto é uma brincadeira de Carnaval, alguém decidiu armar-se em engraçadinho e enviou o fax para a Câmara de Torres Vedras.... Recuso-me a aceitar que isto é a sério.
Eu não sou lá grande fã do Carnaval, não acho piada, pronto... mas isto é o cúmulo, se isto é a sério, coisa que duvido, fosse eu o presidente da Câmara e não retirava uma porra... Não me parece que seja algo para levar a sério, no fim vamos descobrir que isto foi uma birrinha da senhora delegada que decidiu ser mais papista que o papa....recuso-me a acreditar que isto seja uma ordem de alguém com dois dedos de frente....recuso mesmo. Não, a censura não regressou ao meu país..... não pode ser....e depois falam do Chavez.
Jorge ( O incrédulo!)
PS:Por certo... cá a casa, o Magalhães ainda não chegou, espero que venha antes do fim do ano lectivo...sem censura!
O nosso primeiro ministro está na cimeira ibero-americana em El Salvador, numa cimeira internacional e principalmente em época de crise, quais os assuntos que esperamos ver tratados? Estratégias concertadas para combater a crise financeira?, possíveis soluções para combater a falta de liquidez dos bancos, a busca de soluções energéticas que nos deixem mais próximas de atingir os objectivos de Quioto? Nada disso, a grande noticia do dia, a abertura dos telejornais, foi o anuncio publicitário em horário nobre ao famoso Magalhães....aquilo não era um anuncio publicitário?
O nosso primeiro ministro gastou mais de 5 minutos a fazer marketing ao Magalhães, segundo ele, o Tintin dos computadores...... se fosse paga quanto custaria esta campanha de marketing internacional?.... é ideia minha ou estamos a cair no ridículo? Sobretudo porque na escola dos meus filhos ninguém faz a mínima ideia de quando ou como chegará o bendito computador.... e que eu saiba, a situação é muito parecida na maioria das escolas de Setúbal... mas houve magalhães para distribuir pelos participantes na cimeira.
Estive a dar uma olhadela pelos jornais online... e não encontrei mais nenhuma noticia sobre a cimeira.... além de marketing, serve para quê?
Ridículo!
Jorge
Até hoje não tinha falado do Magalhães, principalmente porque meia blogosfera já o fez e eu não ando muito longe desta ideia da Jonas, ou desta da Maria Costa.
Cá em casa há dois computadores, um fixo e um portátil, ambos tem mais que três anos, as crianças utilizam o fixo com bastante à vontade, existem regras e horários definidos de modo a evitar as guerras. É claro que vem aí dois Magalhães, ainda não sei é se irão ser utilizados pelas criancinhas ou pelos pais...é que de certeza que são melhores que os que existem por cá. Vamos lá ver, eu sou contra este programa da forma como ele é feito, acho que a ideia pode ser positiva se pensarmos em que poderá fazer chegar computadores e internet a lares onde dificilmente iriam chegar e isso sem dúvida alguma é algo positivo. Da forma em que é feito, significa fazer chegar um brinquedo novo a milhares de crianças que até já tem computador em casa.... não tinha nada contra isso...se não estivessem a utilizar, mal, o dinheiro dos meus impostos ...e esse dinheiro é de certeza absoluta, como já veremos, necessário para muitas outras coisas na educação.
Hoje a P. foi á escola falar com uma das professoras dos meus filhos, a meio da conversa ela queixava-se do facto de não haver uma fotocopiadora na escola, para tirar fotocopias é necessário ir à sede do agrupamento que fica a uns dois quilómetros, a da escola avariou há um ano e não há dinheiro para comprar outra. Imagino que exemplos como este existiram muitos, agora pensem lá, quantos Magalhães serão precisos para comprar uma fotocopiadora? e o dinheiro não seria muito melhor empregue na fotocopiadora que em brinquedos novos para os filhos da classe média?
E sim, vamos-nos candidatar aos dois brinquedos, é que como estão as coisas não há outra maneira de termos pcs novos cá em casa.... mas passavamos bem com os que temos.
Jorge
PS:Imagem retirada da internet