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A mulher de César... vai ganhar pouco!

por Jorge Soares, em 07.03.16

ministradasfinaças.jpg

 

Imagem do Público

 

Foi há um ano que Maria Luís Albuquerque, na altura ministra das finanças do Governo de Passos Coelho, confessou que ganhava 6000 Euros e não lhe chegava para nada (ver aqui). Ora, em Portugal um deputado tem um salário bruto de €3683,42, muito menos que os 6000 Euros que há um ano não chegavam para  nada, não é portanto de estranhar que a senhora tenha arranjado um segundo emprego 

 

Pessoalmente acho que os deputados deveriam ser obrigados a ter dedicação exclusiva, eles estão na assembleia da república em representação de quem neles votou e isso deveria ser algo importante, não um emprego que se possa acumular com part-times em escritórios de advogado, empresas de consultadoria, bancos, construtoras ou empresas que vivem dos créditos mal parados de outras empresas e até países.

 

Governar e legislar são assuntos muito sérios e que não me parece possam ser levados de ânimo leve ou algo que se faça nos tempos livres, afinal, ninguém é obrigado a ser político e muito menos a ser deputado... Se calhar, porque há muita gente que como Maria Albuquerque, acha que são assuntos em part-time, é que o país está como está e tem os governantes que tem.

 

A Ex. ministra das finanças decidiu que precisava de mais salário e de dar mais utilidade aos seus conhecimentos, consigo entender isso, segundo consta irá juntar qualquer coisa como 5000 Euros brutos ao salário de deputado.... Confesso que fiquei admirado com estes números, em Portugal qualquer director de segunda numa empresa média, ganha mais que isso... mas também é verdade que é só um Part-time.

 

Imagino que alguém que foi durante anos ministro das finanças  não tenha dificuldade em arranjar emprego, por isso custa-me entender que a senhora entre as muitas propostas que lhe terão de certeza chegado, tenha escolhido logo uma que para além de pagar mal, deixa muitas dúvidas sobre algumas questões éticas...

 

Ou seja, é um daqueles casos em que a mulher de César deveria parecer mais séria, ter mais bom senso, mais respeito por quem a elegeu... e ainda por cima, quanto a mim, é mal paga.

 

Jorge  Soares

publicado às 21:14

Quem não se sente mais leve?

por Jorge Soares, em 29.01.15

ministradasfinaças.jpg

 

Imagem do Público

 

"Todos nós, que andamos na rua, sentimos que há mais confiança, sentimos que as pessoas estão mais leves, sentimos que há mais consumo, sentimos que há mais carros na estrada"

Maria Luís Albuquerque

Ministra das finanças

 

É claro que nos sentimos todos mais leves, cá em casa por exemplo estamos muito mais leves, desde 2011 para cá os impostos levaram mais de um terço do salário da minha meia laranja e uns 10% do meu...não há forma de não estarmos mais leves, muito mais leves. Depois há toda aquela gente que está há anos sem emprego, mais de 14% dos portugueses, que de certeza se sente muito mais leve, é dificil engordar quando não se tem salário e se tem que lutar dia a dia para se poder comer.

 

Já a parte de haver mais carros, não sei por onde costuma a ministra andar, mas em Lisboa é só mesmo quando há greves do metro ou da Carris, o que não é assim tão raro ultimamente.

 

Será que eles acreditam no que dizem ou é só por ser ano de eleições que eles querem fazer de nós parvos?

 

Jorge Soares

publicado às 22:55

Impostos

 

Imagem de aqui

 

Há uns dias Passos Coelho ficou muito indignado porque Catarina Martins afirmou em pleno debate parlamentar que a palavra de Passos Coelho não vale nada, e apontou uma serie de exemplos de afirmações que depois se viriam a mostrar precisamente ao contrário... hoje foi-nos dado mais um argumento para partilharmos a opinião da Deputado do Bloco de esquerda. Ainda a semana passada Passos Coelho dizia que o caminho para a redução do défice seria pela redução da despesa e não pelo aumento da carga Fiscal. Quantas vezes ouvimos o primeiro ministro e os seus ministros repetir a ideia de que não haveria mais aumentos de impostos?

 

A ministra das finanças Maria Luís Albuquerque e o ministro O ministro do Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, apresentaram ao país as medidas inscritas no  Documento de Estratégia Orçamental, entre outras coisas ficamos a saber que o Iva passa de 23 para 23,25 % e os descontos para a segurança social passam de 11 para 11,2 %. Sobre o não aumento de impostos, estamos conversados.

 

Outra das medidas apresentadas é a criação de uma "contribuição de sustentabilidade", que corta entre 2% e 3,5% nas pensões acima de 1000 euros. Isto não é mais que um novo nome e uma nova roupagem para a famosa taxa de solidariedade, medida temporária que agora passa a definitiva.... quantas vezes ouvimos os membros do governo dizer que as medidas de austeridade era temporárias e que não haveria medidas a passar a definitivas?

 

Há algo que me escapa no meio de tudo isto, segundo o PSD e o governo, a prioridade é o combate ao desemprego, ora, alguém me explica como é que se combate o desemprego sem incentivar o consumo? E como é que se incentiva o consumo se se continuam a aumentar os impostos?

 

É claro que a devolução de uma parte dos cortes aos funcionários públicos é bem vinda, mas depois de tantas trocas e baldrocas, eu já estou como Santo Tomé, ver para crer, é que de aqui até Janeiro ainda faltam muitos meses e ainda dá para mudar de opinião muitas vezes.

 

Há algo que me deixa ainda mais confuso, como é que no meio de tantas trapalhadas e de tanto diz e desdiz ainda há quase 30% de portugueses que dizem que vão votar no PSD.... há muita gente que gosta mesmo de ser enganada

 

Jorge Soares

publicado às 22:54

Paulo Portas e a Ministra das Finanças

Imagem do Público

 

Enquanto na Suécia Cavaco Silva fala ao mundo de um país maravilhoso e em forte crescimento que existirá algures na imaginação dele, e acusa de masoquismo quem diz que a dívida pública não é sustentável e que é necessário repensar a austeridade, por cá Paulo Portas e  Maria Luís Albuquerque anunciam que afinal as medidas extraordinárias começam a tornar-se definitivas.


Em 2014 continuaremos, pelo menos quem continuar a ter emprego, a pagar a taxa extraordinária de 3,5 %. Gostava de perceber como se consegue obter crescimento se a população mal ganha para chegar ao fim do mês... isso deve ser no mesmo país extraordinário que existe na imaginação de Cavaco Silva... no pais real, no país onde eu vivo, não me parece que isso vá acontecer.

 

Mas Cavaco tem razão numa coisa... somos mesmo masoquistas, afinal as eleições vão passando e quem nos levou e nos mantém nesta situação continua sempre a ter a maioria dos votos e a gerir os nossos destinos... só podemos ser mesmo masoquistas.

 

Jorge Soares

publicado às 21:45

Maria Lúis Albuquerque

 

Imagem do Público 

 

Estive à procura e não encontrei o autor da frase do título do Post, mas aplica-se perfeitamente à telenovela dos Swaps e da agora ministra das finanças Maria Luís Albuquerque.

 

Há pouco enquanto preparava o jantar estive a ouvir uma parte da audição da senhora na comissão de inquérito aos contratos de swap, eu não sei o que pensarão os deputados, mas eu fiquei esclarecido. Por mais provas que apareçam, por mais ministros, ex ministros, ex secretários de estado, acho que pode até vir deus testemunhar, a senhora terá sempre uma explicação para a forma como foram entendidas as suas palavras . Todo e qualquer facto novo que apareça terá uma explicação e no fim tudo se irá resumir a ".... a mim ninguém me contou, se me contaram foi por outras palavras e noutra altura qualquer, além disso não me vieram contar, fui eu que fui perguntar..."

 

De resto, para que serve tudo isto? Para que serve esta comissão de inquérito? Para que servem todas as comissões de inquérito do parlamento?.

 

Acho que já todos percebemos que os Swaps existiram, que se calhar até eram uma boa ideia na altura mas que depois em muitos casos a coisa correu mal, que até há swaps bons, os que a senhora fez na REFER e swaps maus, os que os socialistas e os ex secretários de estado demitidos há uns tempos, fizeram.

 

Todos também sabemos que devido às circunstâncias este tipo de contratos vai custar muito dinheiro às empresas, sabemos também que este governo já se encarregou de resolver o assunto, os contratos foram cancelados... os bons e os maus.

 

A mim falta-me saber duas coisas:

 

1 - Sabemos que a 29 de Junho de 2011 Maria Luís Albuquerque recebeu um mail onde era explicada a situação, terá nesse dia tomado conhecimento do assunto, sabendo ela o que são contratos sawps, imagino que se ela os assinou na REFER sabia dos riscos, como é que se demorou dois anos até se tomar consciência de que havia um problema muito sério? Será que este governo estava à espera que a situação mudasse e os contratos maus se voltassem a tornar bons?

 

2 - Ouvi a ministra dizer hoje de novo que os contratos não tem influência no défice e na dívida pública, como é que isso é possível? E sendo assim, como é que são tão maus para o país?

 

Ouvi um deputado do PSD, não sei o nome do senhor,  satisfeitissimo com as declarações da ministra, ele está plenamente esclarecido. Lá está, não importa qual é a verdade, as pessoas vêem o que querem ver.

 

Quanto a mim, que concordo com Rui Rio,  a verdade é algo mais que um simples jogo de palavras, todos ouvimos a ministra dizer que este governo não tinha sido informado da existência destes contratos, acho que já não restam dúvidas a ninguém que não só o governo foi informado como o foi por mais que uma via... se isso não é mentir.... 

 

Jorge Soares

 

PS: Hoje Ana Drago abandonou o parlamento, não conheço a pessoa que a irá substituir que sem duvida terá o seu valor, mas independentemente disso, o parlamento ficou mais pobre porque perdeu umas das suas vozes mais assertivas.

 

publicado às 22:29

Maria Luís Albuquerque

 

Imagem do Público

 

Escrevi há bocadinho no post em que falava da saída de Gaspar, que esperava que o sucessor fosse alguém menos teimoso e mais terra a terra, alguém que saiba olhar para a situação do país e tirar conclusões sobre o melhor caminho a seguir.


Bom, posso tirar o cavalinho da chuva, Maria Luís Albuquerque para além de ser a garantia da continuidade das políticas de Gaspar e de Passos Coelho é neste momento uma alguém que está no centro do furação. Achávamos nós que a saída de Gaspar tinha a ver com o escândalo das Swaps, ora, que melhor prova do contrário do que eleger para sua sucessora uma das pessoas que desencadeou todo o problema?


A até agora secretária de estado, para além de ter sido quem assinou vários dos contrratos Swap da Refer, era neste momento o centro de uma tempestade política devido ao facto de ter afirmado no parlamento que este governo não tinha sido informado pelo anterior da exitência destes contratos, segundo ela, que recorde-se foi quem assinou alguns deles, este governo não sabia de nada... 

 

Pelos vistos a Maria Luís administradora da Refer, não contou à Maria Luís Secretária de estado o que andou a fazer no passado, infelizmente para ela e para o governo, os ministros da pasta, o do anterior governo e o que acaba de bater coma  porta, já vieram esclarecer que sim, que tinham falado do assunto e que portanto o governo tinha conhecimento desde o inicio, porquê é que demoraram dois anos a perceber que era um problema, será algo que algum dia alguém nos há-de explicar.. ou não.

 

O certo é que a senhora é a nova ministra, com esta nomeação Passos Coelho para além de escolher alguém da sua inteira confiança, quis mostrar ao país e mesmo ao CDS, que queria Braga de Macedo no lugar, que quem manda é ele e que as políticas de austeridade são para continuar, ou seja, Vitor Gaspar saiu mas na realidade, mudam as moscas...

 

Jorge Soares

publicado às 18:20


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