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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de aqui
O senhor da fotografia chama-se Martin, é Sueco e maquinista de metro em Estocolmo. A empresa Arriva Sverige , que gere o sistema de metro de Estocolmo, proibiu os seus maquinistas de utilizarem calções no trabalho mesmo nos dias mais quentes do ano em que se chegam a atingir os 35 graus dentro das cabinas de condução dos comboios. Vai de aí alguns dos maquinistas resolveram que se não os deixavam utilizar calções, eles passariam a utilizar saias.
Noutro país qualquer as saias seriam proibidas aos homens, mas a Suécia é um país muito à frente e proibir a utilização de saias aos homens seria considerado descriminação em relação às suas colegas mulheres, já que a saia faz parte do uniforme delas.
Até agora, para além do Martin mais 11 maquinistas aderiram ao protesto, utilizam saias nos dias de calor e dizem que estas são muito mais cómodas e práticas que as calças.
Não há nota de protestos ou comentários mais atrevidos por partes dos passageiros...
Uma maneira diferente, divertida e imaginativa de protestar e contrariar as normas e louve-se o valor dos Suecos para levarem um protesto deste tipo em frente, se fosse por cá duvido muito que existissem candidatos... a menos que fosse dia de carnaval.
Jorge Soares
Encontrei a noticia no El País, numa estação de metro de Nova Iorque após uma discussão com outra pessoa, Ki Suk Han um homem de 58 anos, foi empurrado para as vias do metro. levantou-se e tentou voltar a subir para a plataforma mas não o conseguiu fazer antes que o comboio chegasse e foi esmagado, vindo a morrer pouco tempo depois num hospital ali perto.
Tudo isto aconteceu na presença de um fotógrafo profissional que tirou várias fotografias e de várias outras pessoas. Houve inclusivamente quem tenha gravado a discussão com quem o empurrou, mas nas várias imagens publicadas no New York Times apesar de que se podem observar várias pessoas na plataforma, ninguém se acercou para tentar ajudar o homem a subir.
O fotógrafo Umar Abassi, que teve tempo para apontar a máquina e tirar várias fotografias, alega que tentou utilizar o flash para chamar a atenção do maquinista.
Há quem questione o Jornal por publicar as imagens, mas para mim a maior questão é, como é que chegamos a uma situação em que várias pessoas foram testemunhas da discussão, do empurrão para a linha e da tentativa do homem para salvar a sua vida e ninguém se acerca a ajudar?
Que tipo de sociedade é esta em que as pessoas se dão ao trabalho de gravar uma discussão entre dois adultos mas não são capazes de se mexerem para tentar salvar uma vida humana?
Como é que chegamos a um ponto em que a prioridade é tirar fotografias e não correr para salvar quem sabemos que vai morrer?
Que futuro existe para uma sociedade e uma raça humana que não está para se chatear ou simplesmente nãos abe definir prioridades?
Jorge Soares
Imagem do Facebook
Citação de Duarte Pereira: "Descubra as diferenças. Dica: Há apenas uma... A primeira foi autorizada a permanecer nas estações do Metro de Lisboa, a segunda não. Ferir susceptibilidades? Qual delas? Mulheres semi-nuas, anoréticas, corrigidas pelo photoshop e em poses sensuais são banais; dois homens vestidos ferem susceptibilidades... Hello!!!!! Neguem quanto quiserem, mas a prova está aqui!!!"
Que tão hipócrita pode ser a nossa sociedade?, a primeira imagem todo o mundo conhece, uma serie de meninas magras demais para meu gosto que posam em lingerie e poses provocantes, esteve espalhada por tudo quanto era outdoor e andou a passear dias a fio pelas redes sociais.
A segunda é uma imagem de uma campanha da Manhunt, rede social norte-americana utilizada, maioritariamente, por homens homossexuais para combinar encontros. Confesso que não tinha visto a fotografia nem tinha ouvido falar desta rede social até que li esta notícia do Público.
A segunda imagem que para além do nome da rede social tem a fotografia de dois jovens vestidos e sorridentes, foi vetada pelo Metro de Lisboa porque pode "ferir susceptibilidades" dos seus clientes.
Ferir susceptibilidades?, como é que dois jovens sorridentes podem ferir susceptibilidades?, o que será que pode ferir mais susceptibilidades?, as meninas em roupa interior ou os dois rapazinhos sorridentes?
Os senhores do Metro podem dizer o que quiserem, mas isto não passa de mais um caso de hipocrisia, homofobia e discriminação. Em pleno século XXI ainda há muita gente com teias de aranha no cérebro, gente que vive noutro tempo.. só isso pode explicar um caso como este.
Imagem do Sinal de Alarme
Talvez fosse no José que João Gil estava a pensar quando escreveu "São os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar", é uma daquelas noticias que parece que foram inventadas para a época do natal, e no entanto a história é real, damos uma volta pela página do facebook e vemos como há tanta gente que até já tinha reparado na rosa atada a um papel e pendurada no sinal de alarme de uma carruagem do metro de Lisboa, a grande maioria reparou e seguiu em frente, porque reparar não é olhar... e convenhamos que não é muito usual ver o amor assim, pendurado num sinal de alarme.
Mas o José decidiu acreditar e de um jantar de encalhados em dia dos namorados nasceu uma ideia que teima em manter-se viva, dia após dia José rouba uma flor, ata-lhe um papel com uma frase sobre o amor e pendura-a no sinal de alarme da carruagem do Metro que o leva para o trabalho ou para casa.
Que sentido faz faz tudo isto?... nenhum, e no entanto a página do Facebook tem até agora 2869 seguidores e centenas de comentários de incentivo, há até quem peça autorização para copiar o gesto no Metro de outras cidades, sucursais do amor por quem acredita que ainda há amor em pequenos gestos anónimos.
Não consta da história que entretanto o José tenha deixado de estar encalhado, talvez não esteja escrito que esta seja a forma certa de procurar o amor, mas de certeza que haverá muita gente que vê neste pequeno grande gesto do José, sinais de que o amor ainda existe por aí... e está vivo... eu confesso que não vejo grande romantismo na frase “A paixão é tremoço, o amor é azeitona”, uma das que foi deixada pelo José... mas confesso que o romântico que já morou dentro de mim acha o gesto diário do José um sinal delicioso de que o amor e o romantismo, mesmo quando parecem gestos bizarros e inuteis, continuam vivos por aí.... um enorme bem haja para o José, para o amor e para todos o que ainda temos capacidade de amar e de acreditar nos pequenos gestos..
Jorge Soares
Já alguma vez se perguntaram o que leva as pessoas a fazer algumas coisas? o que leva as pessoas a juntarem-se para uma manifestação, para apoiar uma causa, para participar em petições online, por norma participa quem quer ser solidário, quem partilha uma ideologia ou uma ideia, quem apoia um pedido.
No Sábado passado, um grupo de pessoas, entre 30 e 200, é difícil saber porque depende do meio de comunicação que dá a noticia e está visto que os jornalistas em Portugal não sabem contar até 3, onde é que eu ia?... já sei, este grupo de pessoas decidiu juntar-se para andar de metro em cuecas. E porquê o fizeram?, por nada!!!! Bem, por nada não, fizeram-no porque algures noutras cidades de outros países, outros grupos de pessoas fizeram o mesmo, motivo parece que não há nenhum, como se faz lá fora, alguém decidiu que era engraçado e já está, temos um grupo bem disposto a andar de cuecas no metro de Lisboa.
Não tenho nada contra, cada um se diverte da maneira que entender, ainda que eu achava muito mais interessante que aquela gente toda fizesse um passeio pela Rua Augusta acima e abaixo com os 2 graus de temperatura que estavam no Sábado em Lisboa, isso é que era divertido de se ver, no metro quentinho é fácil.
O que já não entendo é porque é que isso foi motivo de noticia em todos os meios de comunicação do país, desde os jornais gratuitos até à televisão pública!!!!! Eu sei que a malta já estava farta das noticias da neve, do frio e do mau tempo, mas o que interessa ao país e ao mundo que uns malucos andem de cuecas no metro?
Assim como não entendo como é que uma exposição de fotografias em que só se vêem caras da Clara Pinto Correia é noticia em não sei quantos jornais e em toda a blogosfera... eu recebo a newsletter do Olhares, há imensas exposições de fotografias pelo país todo, a maioria delas bem mais interessantes que as caretas da Clara Pinto Correia, porque é que só esta é noticia?... será pela palavra orgasmo associada? Ela nesta fotografia está mesmo com cara de quem está a ter um orgasmo não está? Por certo, se foi o marido que tirou as fotografias, quem é que..... Ok, isso agora não interessa nada.
É ideia minha ou a nossa comunicação social anda com falta de perspectivas?... ou estamos a ficar sem assuntos sérios dos que falar... é pá, antes o frio e a chuva.
Jorge Soares