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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de aqui
Aposto que um destes dias vamos ser surpreendidos com a noticia que vai voltar o livro laranja e que todas as crianças vão ter que aprender de cor, porque vai sair de certeza no exame da quarta classe, os rios de norte a sul do país, os cabos e respectivos faróis, as linhas de caminhos de ferro, sorte a deles que já sobram poucas e claro, as serras, de Portugal e das ex colónias, porque esses também lá estavam antigamente e queremos tudo como antigamente.
A última novidade do ministério da educação é que: "Os planos individuais de trabalho destinado aos alunos faltosos vão ser substituídos por tarefas a favor da comunidade" ... ou seja, os alunos que faltaram às aulas, em lugar de serem encaminhados para o estudo e para a recuperação do tempo perdido, vão faltar a mais aulas... há aqui qualquer coisa de estranho ... então mas se os alunos em vez de estar a assistir às aulas vão estar a fazer trabalho comunitário... como é que vão recuperar?
As últimas medidas deste ministério da educação parece que têm como objectivo afastar do sucesso escolar e até da escola, os alunos com problemas e com dificuldades, todas estas medidas em lugar de incentivar o estudo e a recuperação dos casos complicados, parece que tem como objectivo afastar quem não está formatado. É claro que depois temos aquele detalhe de a escolaridade ser obrigatória até aos 16 anos... mas aposto que o senhor ministro também já pensou nisso... como vão as coisas não tardará muito a que volte a ser obrigatório até à quarta classe.. com 10 anos já se está perfeitamente em idade de se ir trabalhar......
Eu sei que quanto menos crianças estiverem na escola, menos professores são necessários, menos salas, menos material, em suma, menos dinheiro... mas há limites... não? estas medidas mostram que ministério está simplesmente a desistir de quem tem problemas e dificuldades, com estas medidas não há recuperações ou segundas oportunidades, é isso que queremos para os nossos filhos?
Jorge Soares