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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
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As aulas começaram a 15 de Setembro, estamos a 20 de Outubro e a minha filha que anda no 10º ano do Liceu de Setúbal, continua sem professor de matemática.
Há milhares de professores no desemprego, o ministro Nuno Crato já foi duas vezes dar explicações no parlamento, já pediu desculpas, já despediu um director, já fez não sei quantas promessas, no fim tudo isso serviu para quê? De que servem a palavra e as promessas do ministro Nuno Crato?
O horário é de 21 horas, supostamente já foram colocados dois professores, um não apareceu, o outro recusou, alguém me explica o que é necessário para se contratar um professor num país em que há milhares no desemprego?
Para ser sincero não faço a menor ideia do que se segue, sei que quando as outras turmas já estão a fazer testes, a turma da minha filha continua sem começar as aulas
Como é que tudo isto é possível? como é que quase mês e meio depois de começarem as aulas continuam por colocar mais de 2000 professores? E ainda há quem diga que este não é o pior ministro da educação da história deste país?
Jorge Soares
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Um destes dias numa mesa de família, descobri que além dos avós, eu era o único que era do tempo do exame da 4ª classe, foi em 1978 e deve ter sido algo importante porque passado este tempo todo eu ainda me lembro. Exame escrito na sala do andar de cima da escola Soares Bento em Palmaz e exame oral na mesma sala, eu sozinho sentado frente a uma mesa com 4 professores, dois dos quais nunca tinha visto na vida...
Eram definitivamente outros tempos, para muitos dos meus colegas aquele exame representava o fim da sua vida escolar, era o tempo em que ter a 4ª classe significava ter instrução. Desde a primeira classe aos seis anos que eu ia a pé para a escola, verão ou inverno, a quase dois kms, o ciclo era na vila, a 10 kms, eu tinha 10 anos e apanhava o autocarro todos os dias, sozinho, saia na estação de camionagem e caminhava até à escola.
Faz-me alguma confusão a imprtância que este ano se quer dar a este exame, afinal serve para quê? Há dois anos não havia exame, cá em casa decidimos que o N. ia repetir o 4º ano e foi o cabo dos trabalhos convencer a professora, a escola e o agrupamento, eles não queriam por nada, mesmo quando concordavam que ele não estava preparado. O que vai mudar com o exame? Quem reprovar vai repetir o ano? É claro que não. Vamos ficar a saber mais sobre a preparação dos alunos? Tenho sérias dúvidas.
O facto de obrigarem os alunos a irem fazer exame a outra escola é só uma tentativa do ministro Nuno Crato e do ministério da educação de dar importância a um exame que na realidade não serve para nada.
Mas o cúmulo do ridículo foi atingido esta semana quando ficamos a saber que os alunos vão assinar um “termo de responsabilidade” em como não utilizam telemóveis nos exames.
Isto é mesmo a sério? Estamos a falar de crianças de 9 e 10 anos, quantas delas vão entender o que estão a assinar? Que eu saiba sempre foi proibido copiar nos exames, nós sabíamos isso e nunca foi necessário assinar o que quer que fosse, qual é a diferença entre sabermos que não podemos copiar e que não se pode utilizar o telemóvel? Porque é que num caso bastam os avisos dos professores e noutro é necessário fazer crianças de 10 anos assinarem um documento?
Não sei quem terá sido o iluminado que se lembrou de tal coisa, podemos olhar para isto de muitas formas, mas ou alguém está a querer mostrar serviço, ou já não se confia na autoridade do professor para se fazerem cumprir as regras dentro da sala. Imaginemos que há um aluno a copiar e outro a utilizar o telemóvel, haverá alguma diferença no comportamento do professor? Ambos os testes serão anulados, mas será que no caso do telemóvel vai ser utilizada a assinatura para colocar a criança em tribunal?
Numa altura em que muitas famílias não conseguem alimentar os seus filhos, porquê criar mais um problema de transportes para a deslocação das crianças para sedes do agrupamento? Nesse dia milhares de crianças não vão ter aulas porque a sua escola vai estar ocupada com o exame, que farão os pais que ainda tem emprego com essas crianças?
Numa altura em que em muitas escolas não há dinheiro para tirar fotocopias e até já se pede aos alunos para levarem o papel higiénico de casa, porquê fazer as crianças irem fazer exames a outras escolas? Porque gastar-se mais dinheiro em vigilância de exames? E para que gastar muito dinheiro em resmas de papel numa declaração que na realidade não serve para absolutamente nada?
Onde anda o bom senso na nossa educação?
Jorge Soares
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O ministério da educação voltou a alterar o calendário escolar, no próximo ano lectivo no natal as aulas terminarão no dia 13 de Dezembro, uma sexta-feira, e só recomeçarão no dia 6 de Janeiro. 3 longas semanas de férias. Será que o senhor ministro me pode explicar o que fazem as famílias com as crianças durante essas três semanas?
Cá em casa são três, uns avós estão a 300 , os outros estão a 200 Kms e já não tem vida nem paciência para terem lá os netos durante tanto tempo, felizmente ainda somos os dois empregados, pelo que assim de repente temos um problema, o que fazer com 3 crianças de 13 de Dezembro a seis de Janeiro?
Deixar os 3 encerrados em casa enquanto vamos trabalhar é uma opção, mas acho que a protecção de menores não ia gostar, meter férias durante esse período seria só transferir o problema para o verão ou a Páscoa.. além que de que a minha meia laranja tem férias obrigatórias em Agosto... resta-nos fazer contas e tentar arranjar um ATL que fique em conta... e lá se vai o subsidio de natal.
Alguém me explica que sentido faz as crianças terem 3 semanas de férias num período em que os pais não podem ficar com eles?, ou será que o governo planeia que daqui até Dezembro o desemprego será tanto que todas as crianças terão pelo menos um dos pais em casa?
E que tal em vez de estarem a inventar períodos de férias pensarem em resolver coisas mais importantes como o apoio escolar para os alunos com dificuldades, ou arranjar uma politica de manuais escolares que não obrigue os pais a deixarem um salário no inicio de cada ano escolar? Ou arranjar forma de garantirem a segurança dentro da escola?.. ou....
Jorge Soares
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Segundo noticia do Público, o Ministro Nuno Crato admite que nos casos em que se detectem irregularidades, o ministério poderá obrigar a Universidade Lusófona a anular as licenciaturas.
Como sabemos o Ministro Miguel Relvas foi um dos que beneficiou do sistema de atribuição de créditos pelo currículo profissional, terá inclusivamente sido um dos alunos a quem foi atribuído mais créditos por esta via.
O cúmulo dos cúmulos é que na ânsia de bater todos os recordes de menor tempo e menor vergonha para se ter uma licenciatura, Miguel Relvas teve equivalências em 4 licenciaturas que na altura nem existiam, ou seja, parece que a universidade preparou uma licenciatura especial só para ele.
Vai uma aposta que muita gente vai ter que voltar à universidade mas que Miguel Relvas não será um deles?
Jorge Soares
Esta noticia fez-me lembrar algumas das professoras do N., que se recusavam a acreditar nos diagnósticos de médicos e terapeutas e insistiam em o avaliar e tratar como aos colegas. Parece que agora é o estado que se recusa a aceitar que existem crianças com problemas...ou isso, ou se prepara para colocar um rótulo em quem tem más notas.... temo o que possa vir a seguir.
Actualmente as crianças são obrigadas a estar na escola até aos 16 anos, imagino que a seguir a esta medida virá uma que acabará com os currículos alternativos e os planos de recuperação, para que estar a investir em apoio e alternativas se depois os alunos chegam ao exame e são avaliadas com as mesmas regras? De que serve um plano alternativo se as exigências e forma de avaliar são as mesmas?
E qual o incentivo para enviar uma criança com necessidades especiais para a escola se à partida sabemos que esta será avaliada como se fosse normal, o que significará que na grande maioria dos casos a reprovação estará garantida?.. os pais enviam os filhos para a escola só para eles estarem ocupados?.. qual o incentivo ao esforço para uma criança destas?
Eu tenho um filho com Hiperactividade e dislexia, cá em casa sabemos em primeira mão o esforço que é necessário para manter as coisas a funcionarem, a luta diária com ele para que acredite que é capaz, as guerras constantes com escolas e professores para que não desistam dele... temo que com medidas como esta tudo será em vão, afinal parece que o estado que é quem deveria dar o exemplo para a integração, já desistiu do meu filho e dos muitos milhares de crianças que necessitam de apoio para que possam ter direito a uma educação digna.
E já agora, como é que se decide uma coisa destas a meio do ano, quando professores e alunos já estavam preparados para exames diferentes e com condições diferentes?
E foi precisamente no Dia Internacional da Síndrome de Down que saiu uma noticia destas.... deixo aqui as palavras da minha filha de 12 anos...
O simplesmente diferente
Não aguento,
não compreendo,
porquê julgar-me,
se só veem aquilo que não tenho culpa de ser,
porquê odiar-me,
sem sequer tentar perceber-me
Jorge Soares
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Não tenho nada contra os exemplos que vem de fora, devemos sempre olhar para o que é bom e tirar ensinamentos, as boas ideias, aquilo que dá bons resultados... mesmo sabendo que muito do que tem sucesso lá fora por cá teria muita dificuldade em funcionar, nós não somos regrados como os finlandeses, não temos o sentido de estado dos noruegueses, o patriotismo dos americanos.. nem sequer a alegria dos espanhóis.
Tudo isto a propósito de um artigo do Público onde se diz que o governo se prepara para fazer uma revolução na educação com base nos modelos americanos e inglês, um modelo em que em lugar de financiar as escolas, passará a financiar as famílias que com o dinheiro na mão poderão escolher a escola que bem entenderem.
Curiosamente é uma ideia que já tinha passado cá por casa mais que uma vez, principalmente quando da polémica à volta do financiamento por parte do estado de uma serie de escolas privadas e/ou quando tivemos dificuldade em arranjar vagas para as nossas crianças nas escolas públicas aqui à volta.
À primeira vista a ideia parece simples, o estado gasta mais de cinco mil Euros por ano por cada um dos meus filhos em idade escolar, dinheiro mais que suficiente para pagar a quase qualquer escola, os livros e até os tempos livres. É claro que estamos a olhar para o contexto actual... mas será que num contexto em que todas as escolas seriam privadas a realidade seria essa?
Já aqui falei do difícil que é neste momento arranjar vaga em algumas das escolas públicas desta cidade, mesmo com as regras actuais em que é suposto a morada ser elemento preferencial para a colocação dos alunos, sabemos que o Liceu de Setúbal é o preferido de muitos meninos de Azeitão ou das zonas mais selectas de Palmela, enquanto muitas das crianças que moram na mesma rua do Liceu tem sérias dificuldades em lá ter lugar. Conseguem imaginar como seria num cenário em que o dinheiro e os interesses mandem?
Já me estou a ver a passar o ano novo à porta do Liceu quando a minha mais nova chegar à idade de para lá entrar, eu que tanto critico a gente bem que todos os anos faz isso em algumas das escolas mais caras de Lisboa.
Acho que estamos todos de acordo que o modelo actual está completamente ultrapassado em todos os sentidos, mas antes de dar um passo do tamanho do que se anuncia no artigo, convém que se pense bem no assunto, caso contrário tudo isto poderá resultar na criação de escolas de elite que só servirão para cavar ainda mais o fosso entre quem pode e tem algum poder e o resto do mundo... definitivamente o último que eu quero para os meus filhos é um sistema de escolas públicas que escolhem os alunos a dedo e tenham os mesmos vícios das privadas... é que o ranking nacional é muito bonito, mas quanto à qualidade do ensino,da escola e dos professores que por lá andam, diz muito pouco.
Jorge Soares
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Foi noticia a semana passada, o ministério da educação suspendeu o programa de e-escolinhas e a inscrição para a entrega de mais Magalhães às crianças.
Não é novidade para ninguém que sempre fui contra este programa na forma em que ele foi implementado, estive a contar e se incluirmos aqueles em que falo sobre a (não) garantia dos pequenos computadores, são 6 os posts que escrevi sobre o assunto desde 2008 até agora.
Dos dois computadores que chegaram cá a casa há muito que não há noticias, ambos avariaram e como a garantia pouco mais cobre que os discos, foram arrumados e esquecidos.
Quanto à sua utilização, um raramente chegou a ir para a escola, entre a falta de condições da sala de aulas e da escola e a falta de vontade e empenhamento da professora, nunca serviu para o propósito que foi pensado, para pouco mais foi utilizado que para o famoso jogo do pinguim. Cheguei a questionar a professora numa das reunião de fim de período, a senhora respondeu-me que ainda estava à espera que lhe entregassem o dela e sem ele não sabia o que dizer aos alunos... esclarecedor.
A R, tinha uma professora muito mais dinâmica, que ignorava a falta de condições da sala e da mesma escola e conseguiu aproveitar bastante.
Passado todo este tempo, continuo a achar que todo o programa foi um equivoco na forma em que foi pensado e realizado, para a maioria das crianças não passou de mais um brinquedo e o aproveitamento foi nulo. Por outro lado, a famosa robustez do portátil que fez Hugo Chavez atirar um para o chão e garantir que continuaria a funcionar, nunca passou de um mito, tudo era muito frágil e nada estava na garantia.
Li algures um apelo de uma professora (não consegui encontrar o blog, mas vou continuara procurar) para que os computadores em lugar de serem entregues às crianças fossem entregues às escolas... se calhar seria uma boa ideia e uma forma de garantir a sua utilização. Resta saber que percentagem dos professores tem a sensibilidade e sobretudo a vontade de os utilizarem como ferramenta de apoio às aulas, a julgar pelo que vi nos últimos 3 anos nas escolas onde andaram os meus filhos, as condições são poucas ou inexistentes nas salas de aula e a vontade de muitos professores será ainda menos.
Acredito que exista uma pequena percentagem de crianças para quem esta tenha sido a única forma de terem acesso a um computador, para esses fará todo o sentido uma reavaliação do programa, dos restantes a grande maioria tem acesso a computadores a sério em casa e o dinheiro do Magalhães é claramente dinheiro deitado ao lixo.
A parte do estado de todo o programa terá andado perto dos 500 milhões de Euros, sendo que neste momento há uma dívida de 65 milhões às operadoras, quantos dos Magalhães que foram entregues continuam a funcionar? Quantos serviram para o fim para que foram pensados?, quanto dos 500 milhões é dinheiro deitado ao lixo?
Jorge Soares
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Ideologia, s. f.
Ciência da formação das ideias.
Tratado sobre as faculdades intelectuais.
Diccionário Online Priberam
O projecto Inclusão, é um projecto da rede Ex Aqueo – associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros (LGBT) e simpatizantes, e financiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) via Programa EEA Grants e pelo Instituto Português da Juventude. Pretende fazer frente à pouca informação e à discriminação ainda vigentes no campo da Educação em Portugal em relação ao tema da homossexualidade, e que resultam na transmissão de informação incorrecta, preconceituosa e estereotipada, assim como num ambiente negativo para o dia-a-dia dos jovens LGBT.
Entre outras coisas o projecto prevê a distribuição pelas escolas do país dos dois cartazes que vemos na fotografia e que pretendem sensibilizar os jovens portugueses para a igualdade de géneros, chamar a atenção para os perigos do Bullying homofóbico e promover combate à homofobia nas escolas
A rede Ex Aqueo pediu apoio ao Ministério da educação para a distribuição dos cartazes na escola, segundo noticia do Público, esta ajuda foi negada por dois serviços do Ministério da Educação (ME) porque, pasme-se, é de cariz ideológico.
Não sei o que entende o Ministério da educação por "cariz ideológico", eu estive uns minutos a olhar para os cartazes e para além de jovens sorridentes e frases simples, não consegui encontrar o tal cariz ideológico... se calhar tem letras pequeninas que não se vêem de aqui.
Tão ou mais grave que isto, é o facto de algumas das escolas recusarem a distribuição dos cartazes porque "não são de uma campanha contra a discriminação, mas sim de uma campanha de promoção da homossexualidade". Recorde-se que o projecto foi apoiado pelo Instituto Português da Juventude.
Depois disto é fácil perceber o porquê de não haver lei da educação sexual que se consiga fazer valer em Portugal, quando as pessoas olham para estes cartazes e vêem ideologias ou promoção à homossexualidade e não uma simples campanha informativa, está tudo dito, então e a estupidez de desta gente, não será ideológica?
Jorge Soares
Hoje foi dia de voltar ao trabalho e de voltar a ouvir as notícias bem cedo de manhã na rádio, a notícia do dia era sobre a possibilidade dos alunos com 15 anos poderem passar directamente do 8º para o 10º ano. Achei a coisa um bocado estranha, estar no 8º ano com 15 anos significa que se teve que repetir mais que um ano, são alunos com dificuldades evidentes, e que não vão fazer nada para o 10º ano a não ser contribuir para a estatística do sucesso escolar de que os nossos governos tanto se gabam.
Fiquei com a pulga atrás da orelha e na primeira oportunidade lá fui espreitar os jornais online. Os titulares alinhavam todos pelo mesmo diapasão da rádio, no ionline podemos ler o seguinte no titulo da notícia:
Polémica. Alunos com 15 anos vão poder saltar do 8.º para o 10.º ano
Assim de repente a coisa parecia mesmo a sério, mentira, não é nada a sério, lendo com mais detalhe encontramos o seguinte:
... é preciso que se autoproponham às provas nacionais de Português e de Matemática do final do 3.o ciclo, em Julho, e façam ainda os exames a nível de escola em todas as disciplinas do 9.o ano.Em caso de aproveitamento, transitam directamente para o 10.o ano,...
Isto é um bocadinho diferente de poderem saltar do 8º para o 10 ano só por terem 15 anos, os restantes jornais alinhavam pela mesma bitola. Ainda há bem pouco tempo debatíamos no facebook uma notícia que falava das muitas crianças que não vão à escola, estudam em casa com os pais e em determinada altura propõe-se a exame, no caso de aprovarem transitam de ano. Eu sou dos que acham que é importante as crianças irem à escola, porque há coisas da vida que não se aprendem nos livros, mas não tenho nada contra os pais que não querem sujeitar os seus filhos às condições actuais do nosso ensino. Isto é algo há muito permitido pelo ministério da educação e perfeitamente normal. Nem sei se só é válido para o ensino primário ou para todos os níveis, mas para mim faz todo o sentido. Se os alunos vão aos exames e tem aproveitamento, o que tem de mal que não vão à escola?
Se alguém está no 8º ano e consegue aprovar os exames nacionais e os exames das disciplinas do 9º ano, porque é que não pode transitar para o 10º?..tenha o aluno a idade que tenha, passar nos exames não é sinal de conhecimento e aproveitamento? Eu acho que esta é uma medida positiva e que deveria ser permitida não só para os alunos de 15 anos e sim para todos.
Há pouco ouvi no telejornal alguém do sindicato dos professores a criticar esta medida... bom, ou o sindicato não leu a notícia toda e se ficou pelas gordas, ou os professores estão com medo de que alguém mexa no seu queijo. No Público podemos também ler as criticas da federação de pais... devem ser outros que também só leram as gordas, porque como pai a mim esta parece-me uma medida positiva.
Mas não são só estes que ficam mal na fotografia, o ministério ao vender uma medida destas nestas condições, também fica, porque todos sabemos que é quase impossível que exista algum aluno com as características apresentadas que estando no 8º ano consiga aprovar todas as disciplinas do 9º.. ou seja, é uma medida para encher páginas de jornais. Como disse acima, seria de louvar que fosse uma medida válida para todos os alunos independentemente da idade e do ano.
Jorge Soares