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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem Minha do Momentos e Olhares
Daquele primeiro natal que passei depois de regressar a Portugal lembro-me da sensação de vazio, em Caracas o natal começa no inicio de Outubro, que é quando as montras começam a ser enfeitadas e na rádio se começam a ouvir gaitas e villancicos. Por cá nunca consegui sentir esse espírito de natal, por muito que as ruas das nossas cidades se enfeitem e se gastem rios de dinheiro em prendas, eu passados mais de 20 anos, continuo a sentir esse vazio...
Mas acreditem, há pior. A maioria das pessoas que conheço tem o sonho de alguma vez poder ir passar o natal em Nova Iorque, ou pelo menos passar por lá nesta época. De tanto ver filmes e séries americanas, todos fazem uma ideia de um natal bonito e quase mágico na grande maçã. Bom, eu estive 3 semanas nos Estados Unidos em Dezembro de 2007, estava relativamente próximo da Big Aple e deu para lá ir várias vezes e percorrer uma boa parte da cidade... sabem uma coisa? Em Nova Iorque o natal é aquela árvore gigantesca da fotografia, no Rockfeller center com o ringue de patinagem por baixo, as montras do Maicys e pouco mais, muito pouco mesmo. Nada de ruas iluminadas, muito poucas montras com enfeites de natal, e muito pouco espírito natalício. O natal mágico de Nova Iorque é um logro, um cenário de filme, é claro que dizer que não há natal em Nova Iorque é um exagero, mas não anda muito longe da verdade.
Eu gostei muito da Cidade e é certo que quero lá voltar com a minha meia laranja, mas de certeza que não será nesta altura de neve, frio glaciar e de muito pouco natal. Isto não quer dizer que não exista um natal americano, eu estava na zona de Princeton, New Jersei, um local bem americano com as casas de madeira ao longo da estrada, sem muros nem portões, e era um encanto passear à noite pelas estradas secundárias e ver as casas e jardins iluminadas.. uma realidade bem mais próxima daquilo que vemos nos filmes.
Jorge Soares