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O Outono da vida

por Jorge Soares, em 24.09.10

Outono

 

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para
que continues me olhando.


Pablo Neruda

publicado às 23:46

Morre lentamente.. Ou Quem morre?

por Jorge Soares, em 19.07.10

Martha Medeiros

 

Já aqui falei das famosas Pedras no caminho uma frase que faz parte de um poema que meia internet atribui a Fernando Pessoa e que na verdade foi escrito por Augusto Cury, um poeta brasileiro.

 

Quem não recebeu um power point muito bonito com um texto que se chamava A Marioneta?, o texto era atribuído a Gabriel Garcia Marquez que supostamente o teria escrito para os seus amigos quando descobriu que tinha cancro. O escritor negou que alguma vez tivesse escrito tal coisa e que o que o poderia realmente  matar era que alguém pudesse acreditar que aquilo tinha sido escrito por ele.

Hoje vou falar de um outro poema que a maioria de nós já leu e que todos atribuímos a Pablo Neruda, como a própria fundação Pablo Neruda esclarece aqui, é na verdade da escritora brasileira Martha Medeiros.

 

A Internet é cada vez mais a fonte de informação por excelência, nela podemos encontrar praticamente qualquer assunto ou pessoa. Mas é também cada vez mais uma fonte pouco fiável e junto com muita informação verídica há também muita coisa que não é real ou não foi confirmada... devemos ter muito cuidado com o que tomamos por real.

 

O Poema de que falo é conhecido pela maioria de nós com o titulo Morre lentamente, na realidade o seu titulo é Quem Morre? e a sua versão real é esta:

 

QUEM MORRE?


Morre lentamente 
Quem não viaja, 
Quem não lê, 
Quem não ouve música, 
Quem não encontra graça em si mesmo 

Morre lentamente 
Quem destrói seu amor próprio, 
Quem não se deixa ajudar. 

Morre lentamente 
Quem se transforma em escravo do hábito 
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto, 
Quem não muda de marca, 
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou 
Não conversa com quem não conhece. 

Morre lentamente 
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos 
Olhos e os corações aos tropeços. 

Morre lentamente 
Quem não vira a mesa quando está infeliz 
Com o seu trabalho, ou amor, 
Quem não arrisca o certo pelo incerto 
Para ir atrás de um sonho, 
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos... 

Viva hoje! 
Arrisque hoje! 
Faça hoje! 
Não se deixe morrer lentamente! 

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ.

Martha Medeiros

 

Jorge Soares

PS: Imagem minha do Momentos e olhares

publicado às 22:41

Mulher

por Jorge Soares, em 08.03.10

Rosa amarela

 

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

 BELLA,

 

como en la piedra fresca

del manantial, el agua

abre un ancho relámpago de espuma,

así es la sonrisa en tu rostro,

bella.

 

Bella,

de finas manos y delgados pies

como un caballito de plata,

andando, flor del mundo,

así te veo,

bella.

 

Bella,

con un nido de cobre enmarañado

en tu cabeza, un nido

color de miel sombría

donde mi corazón arde y reposa,

bella.

 

Bella,

no te caben los ojos en la cara,

no te caben los ojos en la tierra.

Hay países, hay ríos

en tus ojos,

mi patria está en tus ojos,

yo camino por ellos,

ellos dan luz al mundo

por donde yo camino,

bella.

 

Bella,

tus senos son como dos panes hechos

de tierra cereal y luna de oro,

bella.

 

Bella,

tu cintura

la hizo mi brazo como un río cuando

pasó mil años por tu dulce cuerpo,

bella.

 

Bella,

no hay nada como tus caderas,

tal vez la tierra tiene

en algún sitio oculto

la curva y el aroma de tu cuerpo,

tal vez en algún sitio,

bella.

 
 
Pablo Neruda
 
No geral sou contra os dias, contra este e contra todos os outros, está em nós fazer de todos os dias um dia especial para as pessoas que nos rodeiam, sejam elas mulheres, pais, filhos, amigos... de todos modos, deixo uma palavra de carinho a todas as mulheres do mundo.. que merecem, hoje  e em qualquer dia
 
 
Jorge Soares

publicado às 21:41

El mar

por Jorge Soares, em 17.08.09

 El mar.. o mar, Portimão

Fotografia minha de Momentos e olhares

 

 NECESITO del mar porque me enseña:

no sé si aprendo música o conciencia:

no sé si es ola sola o ser profundo

o sólo ronca voz o deslumbrante

suposición de peces y navios.

El hecho es que hasta cuando estoy dormido

de algún modo magnético circulo

en la universidad del oleaje.

No son sólo las conchas trituradas

como si algún planeta tembloroso

participara paulatina muerte,

no, del fragmento reconstruyo el día,

de una racha de sal la estalactita

y de una cucharada el dios inmenso.

 

Lo que antes me enseñó lo guardo! Es aire,

incesante viento, agua y arena.

 

Parece poco para el hombre joven

que aquí llegó a vivir con sus incendios,

y sin embargo el pulso que subía

y bajaba a su abismo,

el frío del azul que crepitaba,

el desmoronamiento de la estrella,

el tierno desplegarse de la ola

despilfarrando nieve con la espuma,

el poder quieto, allí, determinado

como un trono de piedra en lo profundo,

substituyó el recinto en que crecían

tristeza terca, amontonando olvido,

y cambió bruscamente mi existencia:

di mi adhesión al puro movimiento.

 

Pablo Neruda

Poemas del Alma

 

Portimão, Abril de 2009

Jorge Soares

publicado às 16:37

Palavras que me tocam......

por Jorge Soares, em 02.04.08
Flores

Cada pessoa que conheço, cada palavra que troco, cada sorriso bonito, cada amizade sincera, cada suspiro profundo, cada silêncio, cada olhar, cada letra escrita, cada palavra perdida, cada um de vocês, faz de mim o que sou........

E Hoje temos Neruda!

Y UNO APRENDE...

Después de un tiempo, Uno aprende la sutil diferencia
Entre sostener una mano Y encadenar un alma,
Y uno aprende

Que el amor no significa recostarse
Y una compañía no significa seguridad
Y uno empieza a aprender...

Que los besos no son contratos
Y los regalos no son promesas
Y uno empieza a aceptar sus derrotas
Con la cabeza alta y los ojos abiertos

Y uno aprende a construir
Todos sus caminos en el hoy,
Porque el terreno de mañana
Es demasiado inseguro para planes...

Y los futuros tienen una forma de caerse en la mitad.
Y después de un tiempo
Uno aprende que si es demasiado
Hasta el calorcito del sol quema.

Así que uno planta su propio jardín
Y decora su propia alma,
En lugar de esperar a que alguien
Le traiga flores.

Y uno aprende que realmente puede Aguantar,
Que uno realmente es fuerte,
Que uno realmente vale,
Y uno aprende y aprende...

Y con cada adiós uno aprende.

E uma tradução que encontrei algures Internet

Após um tempo,
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,
E aprendemos

Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...

Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas
E começamos a aceitar as derrotas
De cabeça levantada e os olhos abertos

Aprendemos a construir
Todos os  caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos...

E os futuros têm uma forma de ficarem
Pela metade.
E depois de um tempo
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.

Assim plantamos o nosso próprio jardim
E decoramos a nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.

E aprendemos que realmente podemos aguentar,
Que somos realmente fortes,
Que valemos realmente a pena,
E aprendemos e aprendemos...

E em cada adeus aprendemos.

Jorge
PS:Fotografia original de João Palmela

publicado às 22:38


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