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Coisas boas que nunca devem mudar em portugal..as mulheres por exemplo

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Todos dizem que somos um povo triste, macambúzio, temos por  música o fado, a música da saudade e da nostalgia. Ultimamente o fado deixou de ser um sentimento para ser uma forma de vida: a crise, o desemprego, os salários que descem, o Iva que  aumenta, os combustíveis, as eleições, os políticos, o Sócrates e as suas trapalhadas, as trapalhadas do Cavaco que ninguém quer ver... e mais pessimismo...e votamos sempre nos mesmos porque os outros são todos iguais e vão para lá fazer o mesmo... enfim, o fado dos tristes.

 

A Angélica enviou-me por mail.. mas está publicado no blog do Um Bife Mal Passado eu diria que é um olhar sobre nós que dificilmente algum de nós podia ter, principalmente porque somos incapazes de olhar pela positiva, mas também porque há coisas que só alguém com alguma distância pode ver... nestas alturas sabem bem ler coisas assim... faz falta ler coisas assim.... não deixem de ler o ponto 8.

 

Portugueses: 2010 tem sido um ano difícil para muitos; incerteza, mudanças, ansiedade sobre o futuro. O espírito do momento e de pessimismo, não de alegria.  Mas o ânimo certo para entrar na época natalícia deve ser diferente. Por isso permitam-me,  em vésperas da minha partida pela segunda vez deste pequeno jardim, eleger dez coisas que espero bem que nunca mudem em Portugal.

1. A ligação intergeracional. Portugal é um país em que os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses respeitam a primeira e a terceira idade, para o benefício de todos.

2. O lugar central da comida na vida diária.  O almoço conta - não uma sandes comida com pressa e mal digerida, mas uma sopa, um prato quente etc, tudo comido à mesa e em companhia. Também aqui se reforça uma ligação com a família.

3. A variedade da paisagem.  Não conheço outro pais onde seja possível ver tanta coisa num dia só, desde a imponência do rio Douro até à beleza das planícies  do Alentejo, passando pelos planaltos e pela serra da Beira Interior.

4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos aos emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.

5. O café e os cafés. Os lugares são simples, acolhedores e agradáveis; a bebida é um pequeno prazer diário, especialmente quando acompanhado por um pastel de nata quente.

6. A inocência.   É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência.

7. Um profundo espírito de independência. Olhando para o mapa ibérico parece estranho que Portugal continue a ser um país independente. Mas é e não é por acaso. No fundo de cada português há um espírito profundamente autónomo e independentista.

8.  As mulheres. O Adido de Defesa na Embaixada há quinze anos deu-me um conselho precioso: "Jovem, se quiser uma coisa para ser mesmo bem feita neste país, dê a tarefa a uma mulher". Concordei tanto que me casei com uma portuguesa.

9.  A curiosidade sobre, e o conhecimento, do mundo. A influência de "lá" é evidente cá, na comida, nas artes, nos nomes. Portugal é um pais ligado,  e que quer continuar ligado, aos outros continentes do mundo.

10.  Que o dinheiro não é a coisa mais importante no mundo. As coisas boas de Portugal não são caras. Antes pelo contrário: não há nada melhor do que sair da praia ao fim da tarde e comer um peixe grelhado, acompanhado por um simples copo de vinho.

Então,  terminaremos a contemplação do país não com miséria, mas com brindes e abraços. Feliz Natal.

 

Alex Ellis

Do Blog, Um Bife mal Passado

 

 

Agora, vamos lá a ser positivos e olhar em frente.. com optimismo e pensamento positivo, boa?

 

Jorge Soares

publicado às 21:51


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