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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de aqui
Afinal Cavaco Silva tinha razão, PS e PSD podem chegar a consensos, não sei se para resolver os problemas do país e dos portugueses isso será possível, mas está visto que no que toca à melhoria de vida dos políticos, eles conseguem.
Hoje foi votada e aprovada com os votos de PS e PSD e com abstenção do CDS, uma norma do Orçamento do Estado que repõe as subvenções vitalícias a ex-políticos.
Esta norma não estava contemplada na versão do orçamento apresentada pelo governo, mas o pedido de alteração foi apresentado na passada sexta-feira pelos deputados Couto dos Santos (PSD) e José Lello (PS), ambos membros do Conselho de Administração da Assembleia da República.
Para quem não se recorda, a subvenção mensal vitalícia é atribuída a membros do Governo, deputados, autarcas e juízes do Tribunal Constitucional sem carreira de magistrados e foi revogada em 2005, com José Sócrates no Governo. No entanto, os titulares de cargos políticos que tivessem completado 12 anos à data da entrada em vigor da lei de Sócrates mantiveram o direito à subvenção.
Desde Janeiro de 2014, o valor destas subvenções passou a estar dependente dos rendimentos do beneficiário e do seu agregado familiar, mediante a apresentação da declaração de IRS. Se o rendimento for superior a 2000 euros (excluindo a subvenção), essa prestação é suspensa. Nas restantes situações fica limitada à diferença entre os 2000 euros e o rendimento (excluindo a subvenção).
A proposta que foi agora apresentada devolve o valor total das subvenções a todos os políticos que estão em condições de a receber.
Gostava de perceber a lógica de pensamento dos senhores que apresentaram a proposta de alteração, o governo nega-se a devolver os salários que foram retirados aos funcionários públicos porque o país não está me condições, o PSD , o CDS e o governo foram unânimes ao criticar o tribunal constitucional quando este proibiu os cortes nos salários que eram inconstitucionais, quer dizer, não há condições para devolver os salários e pensões a quem precisa e a quem trabalhou a vida inteira, mas há dinheiro para devolver pensões vitalícias a quem governou 12 anos? Mas afinal os portugueses não são todos iguais?
Com que lata é que estes senhores pedem sacrificou aos portugueses quando depois eles são os primeiros a não os fazer?
Já dizia o Zeca:
São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
Jorge Soares
Imagem de Pontos de vista
“Em 2011 vivemos uma espécie de 1580 financeiro. Em Junho de 2014 podemos viver uma espécie de 1640 financeiro”, disse (Paulo Portas), no encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado (OE), referindo-se ao período em que Portugal esteve sob domínio espanhol.
Também há quem diga que o desemprego está a descer, é claro que se fizermos as contas, aos mais de 120 mil que emigraram durante o último ano, em vez dos 16.3%, passamos para mais de 18% .. mas evidentemente tudo depende do ponto de vista e para a ministra das finanças, Paulo Portas, Pedro Mota Soares e o primeiro ministro, isto são sinais positivos....
Certo certo é que uma vez mais o orçamento foi aprovado pela maioria... na assembleia o povo gritou e mostrou que estava contra... era bom que em lugar de gritar o povo tomasse notas... e gritasse com todos os pulmões nas próximas eleições... isto se ainda restar alguém por cá com capacidade para ir votar.
Jorge Soares
Imagem do Público
Ainda ninguém me esclareceu se os deputados descontam para a segurança social ou não, continuo sem perceber como é que são as contas da ex-deputada Celeste Correia de que falei há dois dias.
Entretanto hoje ficamos a saber pelo DN que não são só as figuras ali na fotografia que acumulam reformas milionárias, Rui Machete, sim, o das acções do BPN e das confusões com Angola, acumulou durante o ano 2012 um total de 132 484 euros, o que dá uma media de mais de 11 mil Euros por mês... não sei se percebi bem, mas acho que são três as pensões que o senhor acumula, incluindo uma vitalícia por ter sido político por e ter estado mais de 8 anos a contribuir para a situação em que estamos.... agora alguém me diga que o senhor descontou para isso e que acha estes valores justos.
Falando de justiça, deixo à vossa consideração um vídeo que alguém me deixou nos comentários do post sobre as pensões de sobrevivência..é sobre o sistema de pensões na Suíça, um país que muitos portugueses escolhem para viver e que muitos mais admiram pela forma como as coisas funcionam muito melhor que por cá.... eu não sou Suíço e nem sou dos que acha que a Suíça é o arquétipo da perfeição... mas no que toca a pensões, eu não me importava que por cá se copiasse o bom exemplo.... porque como se diz algures no vídeo, O importante é que o estado garante o essencial aos mais carenciados, evitando a pobreza na velhice.
Ouçam com atenção e pensem se faz ou não sentido
Imagem de Aqui
Ouvido na Antena 1:
Há sempre outras formas de olhar para tudo, depois de ouvir a senhora a queixar-se eu fiquei com algumas dúvidas, a saber:
Os deputados recebem um ordenado como todos os restantes funcionários públicos, não fazem os descontos obrigatórios para a segurança social ou para a caixa de previdência?
A senhora era professora, imagino que como deputada teria um salário superior ao das suas colegas professoras, se fazia os descontos correspondentes, deveria neste momento ter uma reforma superior e não inferior como diz na reportagem... a menos que como deputada estivesse isenta dos descontos.
A segunda questão é mais complicada:
Se não existissem as reformas vitalícias, agora já não existem, ela não se teria candidatado ao parlamento?
Gostava que alguém me esclarecesse a primeira questão, é que eu tinha entendido que os descontos são obrigatórios sem excepção, a ser assim, como se explicam as contas que a senhora faz na reportagem?
Jorge Soares
Em dia de orçamemento de estado é bom descobrir coisas como esta, haja quem chame aos bois pelos nomes
letra
Entre o caos e o desassossego,
Eixos do mal,
Desordem mundial,
Há tanta gente quilhada.
Com todo o respeito
Andamos por aí
Sempre a mandar vir
Como é que é
Entre a cerveja e o café
Contestatários inatos.
Com todo o respeito
Temos de pagar pelo material de guerra.
Desaparecem os blindados.
A república sabe receber bem,
Gasta milhões que, por acaso, não tem.
O papa deu um grande passo em frente
Até já concorda com a camisa,
Mas só em casos fatais
Com todo o respeito
Este parque automóvel corta a respiração
Muito acima da nossa realidade
Alguém vai ter de pagar
Com todo o respeito
Os centros comerciais engolem a gente
Alguns vão comprar, outros só vão olhar
E há quem consiga roubar
Com todo o respeito
Enquanto os sem-abrigo se vão arrumando, entre
Recordações e algumas mantas,
Outros cuidam da sua aparência
E droga circula à nossa frente
Tanta corrupção neste país,
Arrogância e ganância sempre impunes
E a sopa dos pobres, lá estão!
Com todo o respeito
Os impostos disparam, apertamos o cinto.
Isto é para toda a gente, salvo raras exceções
Até alguém dizer: chega
Com todo o respeito
Falta virem taxar-me pelo ar que respiro,
Pelo passo que dou, cada vez que espirro.
Hão-de arranjar maneira
Com todo o respeito
E tu, meu amor, que gostas tanto de mim
Juraste ser leal, até ao fim.
Tivemos tantos sonhos, fizemos projetos
Alguns tiveram quase sucesso.
Dizias, meu amor, que eu era tudo para ti,
Mas nunca me falaste do teu amante
Só para me evitares o desgosto
Com todo o respeito
Eeeh! Pra me evitares o desgosto
Com todo o respeito
Imagem do Público
Tenho uma duvida existencial, será que ele se prepara para vetar o orçamento de estado ou para exigir ao Passos Coelho que estenda a medida a todos os trabalhadores?
Ou será que ele se queria mesmo referir ao escândalo das pensões vitalícias dos senhores políticos que não estão sujeitas a cortes de nenhum tipo?
Vai uma aposta em como daqui até ao momento em que o orçamento lhe chegar às mãos ele muda de opinião e aprova a lei sem piar?
Mas ele não é o único com certezas destas, há pouco no noticiário da RTP ouvíamos o líder do PS a dizer que "não se deve somar austeridade a mais austeridade" e aconselhava os Espanhóis a não seguirem o exemplo do governo português.... significará isto que o PS não vai votar o orçamento? Não, claro que não, já todo o mundo sabe que o PS vai aprovar o orçamento.....
Dois casos de olha para o que faço não olhes para o que eu digo.... é caso para dizer que cada país tem os políticos que merece.
Jorge Soares