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Imagem do Observador

 

Eu tinha pensado escrever um post sobre a ética de José Silvano e a mulher de César, aquela declaração aos jornalistas foi mais que anedótica. Isto depois do senhor deputado ter dito que não tinha dado a password a ninguém mas que era fácil de descobrir.

 

Ele queria que para o comum mortal fosse natural que não só alguém lhe tenha apanhado a password, como a estava a usar para picar o ponto na vez dele nos dias em que ele faltava. Normalmente os roubos de password tem uns fins menos amigáveis.

 

Talvez ele não saiba mas apanhar a password de alguém corresponde a roubo de identidade e está penado por lei..... 

 

Hoje descobriu-se que o pirata informático tem nome e apelido, chama-se Emília Cerqueira, também é deputada do PSD e segundo o Observador, "faz parte do círculo mais próximo de José Silvano no Parlamento".

 

Ora, a acreditar em José Silvano, a sua colega de bancada, que por acaso é sua amiga, roubou-lhe a password sem ele saber e por vontade própria cada vez que via que o amigo tinha outras coisas que fazer e portanto não ia trabalhar, ligava-se ao sistema com utilizador e password dele e picava o ponto.

 

Na empresa em que eu trabalho isto dava direito a despedimento imediato, todos assinamos um termo de responsabilidade em como usamos utilizadores e passwords de forma segura e responsável.

 

E eles querem que nós acreditemos na conversa deles .. a seguir algum deles vai dizer que o pai natal existe mesmo e vão querer que acreditemos .... o pior é que se calhar alguns por pura cor política vão fingir que acreditam

 

São estes os políticos portugueses .... depois estranhamos que apareçam Trumps e Bolsonaros.

 

Jorge Soares

publicado às 19:32

pintar as unhas.jpeg

Imagem retirada de aqui

Percebemos que o Cristiano Ronaldo da economia faz uns orçamentos que são mesmo uma seca, quando até uma deputada do partido de governo aproveita para pintar as unhas em plena bancada parlamentar durante a discussão na generalidade.

 

Lá ao fundo discute-se se pagamos ou não mais impostos, se a gasolina desce e o gasóleo sobe, se para os salários só há 50 milhões ou se deve haver mais ....  se os 0,2 de défice são reais ou se são só uma previsão do governo... nada disso deve importar muito à senhora deputada Isabel Moreira, afinal, como muitos outros ela hoje só lá estava mesmo para levantar a mão nas votações ...e convém que quando se levanta a mão, as unhas estejam apresentáveis.

 

Ainda bem que era dia de pintar as unhas e não  de depilação .....  .. não sejam mal pensados, nesse caso ela tinha faltado , não sei se à depilação, ou à sessão do parlamento.

 

Jorge Soares

PS: Eu sei que no nosso parlamento já não se vota de mão no ar.... mas pronto.

 

publicado às 20:40

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A orientação sexual não pode ser critério para a exclusão e para vedar direitos.

Não existe nenhuma razão válida que justifique que os casais

do mesmo sexo continuem a ser proibidos de adotar.

Deputada Sandra Cunha

 

Foram precisas 5 votações e esperar que existisse uma maioria de esquerda no parlamento, para tornar legal algo que desde 1975 está escrito na constituição, "Todos os cidadãos tem a mesma dignidade social e são iguais perante a  lei", como diz a Sandra e muito bem, ninguém pode ser excluído ou discriminado devido à sua orientação ou gostos sexuais.

 

As leis hoje aprovadas não só são da mais elementar justiça, como tornam legal algo que todos sabemos que há anos é um facto, há em Portugal muitos casais homossexuais com filhos adoptados. Até agora tinham que o fazer de forma individual, muitas vezes escondendo a sua condição de homossexuais e em condições  em que não eram garantidos aos pais e às crianças todos os direitos garantidos ao resto dos casais e crianças portuguesas.

 

A partir de agora, não só não tem que esconder a sua condição de casal para poderem adoptar, como com a aprovação da lei da co-adopção, ambos os membros do casal poderão ter os mesmos direitos sobre os seus filhos.

 

Quase tão importante como as várias propostas que foram hoje aprovadas na assembleia da república é o facto de hoje ter ficado claro o que significa a existência de uma maioria de esquerda, na sua grande maioria as propostas agora aprovadas tinham sido chumbadas pela antiga maioria, ou no caso da lei do aborto, aprovadas em contra dos direitos dos portugueses. Hoje essas estas propostas foram aprovadas porque há no parlamento, pelo menos por uma maioria dos deputados, uma real vontade de fazer diferente do que tinha sido feito na última legislatura.

 

Havia muita gente com esperança de que alguns deputados do PS fossem contra a disciplina de voto do partido, parece-me que ficou claro que isso não vai acontecer, senhores do PSD e  CDS, querem mesmo formar um governo contra este parlamento?

 

Vídeo do discurso da Deputada do Bloco de esquerda Sandra Cunha em defesa de quem adopta e das crianças institucionalizadas.

 

 

Jorge Soares

publicado às 22:41

Um parlamento com mobilidade muito reduzida

por Jorge Soares, em 29.10.15

parlamentoportugal.jpg

 

Imagem do Facebook

 

O senhor da fotografia chama-se Jorge Falcato e foi eleito deputado pelo bloco de esquerda,  o que a imagem mostra é que o edifício onde mora o parlamento português, tal como o resto do país, não está preparado para ele ou para qualquer cidadão com dificuldades de mobilidade.

 

A lei que regula estas coisas existe há 18 anos e terá sido votada pelos deputados da altura dentro deste mesmo edifício, mas por incrível que pareça em São Bento nunca foi aplicada. E não adianta dizer que nunca tinha sido preciso porque nunca antes tinha havido deputados que se deslocassem em cadeira de rodas. Para além do plenário, no edifício acontecem muitas outras coisas e todos os anos entram e saem muitos milhares de pessoas e de certeza sempre houve e haverá pessoas com dificuldades de mobilidade.

 

O que acontece na assembleia da república é o que acontece um pouco por todo o país há uma lei que serve para fazer ver, porque não há quem a faça cumprir, é por isso que os passeios das cidades estão sempre ocupados com carros e mobiliário urbano, que os lugares de estacionamento para deficientes quando existem não são respeitados e por todo o país se  continua a construir e a fazer obras sem que se façam aplicar as normas.

 

É claro que não se alteram as acessibilidades  num edifício como o do parlamento de um dia para o outro e eu entendo que as soluções encontradas não sejam as melhores, mas porque é que passaram 18 anos sem que se tenha feito nada?

 

Jorge Soares

publicado às 21:25

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Imagem do Facebook 

 

Hoje Cavaco foi igual a si próprio, primeiro ele, depois o partido dele, depois os políticos ao lado dele e no fim, se ainda for preciso, o país.

 

Acho que para além de uma ténue esperança de que a lucidez pudesse aparecer por milagre, ninguém tinha duvidas que Passos Coelho e o PSD seriam indigitados para o governo, é este o presidente da República que elegemos, logo, é este o que temos.

 

De resto tudo foi como era esperado, até o discurso no que não poderia faltar o apelo à tradição, ninguém explicou ao senhor que até em política a tradição já não é o que era e que ao contrário do que ele tentou mostrar, não é a tradição que faz com que os governos se aguentem sem uma maioria de deputados.

 

De resto o discurso dele não esteve longe do que ouvi estes dias a alguns conhecidos quando finalmente quem votou no PSD deixou a vergonha e se começou a assumir.

 

Parece que agora a esperança radica em que alguns deputados eleitos pelo PS irão ir em contra da disciplina de voto e votando em consciência, resta saber na consciência de quem, irão votar em contra do PS e a favor do programa de governo.

 

Ao contrário do que Cavaco tentou explicar no seu discurso, a decisão dele não é a favor da estabilidade, é precisamente o contrário, com esta decisão o mais certo é o país passar os próximos meses sem orçamento e com um governo de gestão, gostava de perceber onde está a estabilidade no meio de tudo isto e o que irão achar os mercados e a união europeia.

 

Num país normal após o chumbo do programa de governo Passos Coelho apresentava a demissão e Cavaco chamava Costa a formar governo.... mas depois do que ouvimos hoje, o mais certo é Passos Coelho demitir-se e a seguir Cavaco chamar Paulo Portas ou quem sabe quem,  a formar governo, nunca António Costa, não vá ele trazer consigo aqueles senhores que comem criancinhas ao pequeno almoço.

 

Só gostava de perceber para que raio é que o Presidente da República ouviu os partidos e o que estes lhe disseram, afinal ele é que dita as regras...

 

Jorge Soares

publicado às 21:48

Hepatite C, quanto custa uma vida?

por Jorge Soares, em 04.02.15

hepatiteC.jpg

 Imagem de aqui

 

Um destes dias alguém dizia numa reportagem da Antena 1, que com o novo tratamento para a Hepatite C se poderiam salvar perto de 3000 pessoas, será esse porventura o número de afectados com a doença em Portugal.

 

Maria Manuela Ferreira era uma dessas pessoas, morreu a semana passada vitima da doença, estava há muito na lista de espera para o tratamento que nunca chegou. O governo arrasta há meses e meses o braço de ferro com a empresa farmacêutica, as negociações arrastam-se, o medicamento não está disponível e os doentes vão morrendo.

 

Entretanto ficou-se a saber que a empresa disponibilizou gratuitamente 100 tratamentos, um desses tratamentos seria para Maria Manuela e essa indicação teria sido dada ao hospital, só que pelos vistos alguém se esqueceu de fazer as diligências necessárias e os medicamentos nunca saíram da empresa, agora Maria Manuela está morta, de quem é a responsabilidade?

 

O medicamento custa 42000 Euros por doente, mas ao contrário dos outros já existentes no mercado, tem a vantagem de que na grande maioria dos casos cura a doença.

 

É claro que 42000 euros é muito dinheiro, mas estamos a falar de vidas humanas, será que alguém já fez as contas sobre quanto custa por ano ao estado cada um destes doentes? Em lugar de estar a tratar doentes durante anos e anos com medicamentos que só aliviam os sintomas mas não curam a doença, não será mais económico pagar os 42000 Euros e devolver a saúde a um ser humano? Quanto custa uma vida?

 

Hoje o ministro da saúde Paulo Macedo foi confrontado no parlamento por um dos doentes que se queixa de que nem oferecendo-se para pagar metade do medicamento, obtém respostas nem dos médicos nem do próprio ministro a quem teria escrito uma carta.

 

"A mãe do David morreu, não me deixe morrer” foram as palavras de José Carlos Saldanha, doente com hepatite C há 18 anos e que aguarda há um ano pelo polémico medicamento.

 

Eu entendo que o estado tente negociar com a empresa farmacêutica para que esta desça o preço do medicamento, aliás, há mesmo uma iniciativa da união europeia para que as negociações se façam em conjunto por todos os estados e assim haver mais poder negocial, o que não entendo é que entretanto se deixem morrer pessoas, o estado pode negociar os preços do futuro, mas não pode de forma alguma negar o direito à vida a quem espera há anos por uma cura.

 

Quanto ao deputado do PSD Miguel Santos que acusou os doentes de estarem a montar um circo para chamar a atenção...bom, que na assembleia há um circo já todos sabíamos, agora ficamos a saber onde costumam estar os palhaços....

 

As afirmações de Miguel Santos são de uma enorme falta de respeito por quem tem todo o direito a expressar a sua indignação, parece que o senhor se esqueceu que foi eleito para defender os portugueses, não os ministros e os governos que deixam as pessoas morrer... .demita-se senhor deputado, está a mais na assembleia da república.

 

Vídeo com a reportagem da RTP  sobre a interpelação ao ministro por José Carlos Saldanha:

 

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:26

eduardoboté.jpg

 

Imagem do Facebook 

 

Não conheço Eduardo Beauté de lado nenhum, só sei que existe porque me interesso pelas questões da adopção e sei que ele e a pessoa com quem casou (lamento mas não faço ideia de como se chama) adoptaram duas crianças e que tal como muitos outros casais homossexuais, estão à espera que neste país se termine o preconceito e discriminação mesquinha para que se torne legal aquilo que já existe de facto.

 

Há pouco encontrei este texto no Facebook e não posso deixar de o partilhar, peço que, conhecendo ou não os senhores ali da fotografia, eu confesso que nem sei qual dos dois é Eduardo Beauté, e em consciência pensem no que ali está escrito e no sentido que faz... retirei o título do post do ultimo parágrafo e gostava de perguntar a quem é contra este tipo de adopções, aos deputados e legisladores deste país e a cada uma das pessoas que por aqui passa: Como se diferencia o amor?

 

Jorge Soares

 

Após ver as notícias de hoje, sinto-me completamente triste e indignado pelo que acabo de assistir: ainda se coloca em questão a possibilidade de se legalizar, em plena Assembleia da República, a adopção por parte de casais do mesmo sexo.

 

Em Portugal, e cada vez mais nos tornamos rapidamente numa excepção, uma família só é considerada legal e normal se tiver um Pai e uma Mãe. Existem mentalidades que ainda não conseguem aceitar a ideia de Família e Amor como algo Universal, independente de quantos Pais ou quantas Mães tiver.

 

Pelos vistos na nossa Assembleia todos têm famílias ditas “normais” e são todos amados e amam pessoas do sexo oposto. Ainda vou mais longe… Pelos vistos quem manda nas nossas leis, quem faz com que o nosso País progrida e se desenvolva, não tem o Amor como algo que acontece entre Seres de uma mesma espécie, independente de sexo, cor, escolhas, orientações.

 

Que País é este em que eu vivo e trago os meus filhos para viver? País que ainda o escrevo e descrevo com letra grande, pois ainda acredito estar embrulhado num pesadelo e amanhã será tudo mentira. Que País é este no qual os MEUS filhos não podem ter o meu nome?

 

Que País é este no qual eu não posso ser um PAI? Eu e o Luís temos 2 filhos e vamos a “caminho” do terceiro. É importante contar-vos as suas histórias.

 

O Bernardo tem 4 anos, prestes a fazer 5 aninhos no próximo dia 13 de Maio. Veio para nós com 11 meses. Tem Trissomia 21. Veio de uma família carenciada, a qual não tinha a disponibilidade de oferecer afecto e muito menos proporcionar a vida saudável que o menino precisa e que neste momento tem (escola, tratamentos específicos, actividades). O desenvolvimento do Bernardo tem sido fantástico desde que se juntou a nós.

 

A Lurdes tem 3 anos, acabados de fazer no dia 8 de Janeiro, no mesmo dia em que comemoro o meu aniversário. Veio da Guiné. Era uma criança que tinha UMA refeição por dia, refeição a qual não era nem de perto nem de longe suficiente para sequer alimentá-la naquela meia hora que se passava. Hoje em dia é a criança com maior nível de desenvolvimento da sua Escola.

 

Agora, vem aí o Eduardo que nasceu no passado dia 4 de Novembro. Vai fazer 3 meses. Eduardo nasceu na Instituição na qual fui buscar a Lu. Ligaram-me no dia em que ele nasceu dizendo que tinha nascido uma rapazinho lindo e como forma de me mostrarem o quanto estavam agradecidos pela vida e saúde da Lurdes, iriam baptizá-lo como o meu nome. Fiquei emocionado. Passou-se uma semana ligaram-me novamente: o pequeno Eduardo tinha sido internado com graves problemas de saúde e não sabiam como seria a sua vida dali para a frente. Depois do choque, recompus-me e pedi que me deixassem apadrinhá-lo. Consegui, graças a Deus, cuidar deste bebé de longe e poder de alguma forma contribuir para a sua VIDA. Passaram se 3 semanas e o pequeno Eduardo voltou para a Aldeia (Instituição).

 

O Líder ligou-me novamente e disse-me que o menino estava estável e que esperava agora que ele tivesse a mesma sorte que a Lu, já que iria ficar ali com eles até aparecer alguém que o quisesse, adoptasse, o enchesse de amor. Não hesitei e no mesmo segundo respondi: “ O Eduardo já tem a mesma sorte que a Lu e o Bernardo, porque nós queremos adoptar o Eduardo!”. E assim estamos: à espera de o poder trazer.

 


Três histórias de três crianças que não tinham família, amor, uma casa, refeições diárias, escola, roupa, saúde… E por aqui poderia ficar horas a escrever. Agora multipliquem estas 3 crianças por milhares que estão, infelizmente, espalhadas pelo Mundo em lugares que nós nem sabemos que existem. Agora, imaginem quantas famílias as podem ou querem adoptar. O número não é igual, pelo contrário, é menor a quantidade de famílias em espera para adopção do que as crianças que estão à espera para serem adoptadas. Desse número vamos eliminar os casais homossexuais e os pais solteiros/mães solteiras. Ficamos como? Meu Deus… O que será de tantas crianças?


Gostaria e juro por Deus que faço questão que me expliquem o que a minha família tem a menos do que uma família onde os pais são heterossexuais? Como se diferencia o Amor? Sim, porque não estamos a falar das possibilidades materiais, estamos a discutir AMOR. Enfim… O meu sonho: que os meus 3 filhos sejam felizes e com muita saúde sempre… e que um dia, no meu País que eu tanto amo, possam assinar BORGES FERREIRA.

 

Eduardo Beauté

 

Retirado do Facebook

publicado às 22:02

Pires de Lima acha que o parlamento é um circo

por Jorge Soares, em 07.11.14

piresdelima.jpg

 

Imagem do Diário Económico

 

Quando é que chegamos ao ponto em que vale tudo?

 

O ministro Pires de Lima, numa clara falta de respeito pelo lugar em que estava e por todos os portugueses ali representados,  achou que a tribuna do parlamento é o local ideal para se ir fazer Standup Comédia. E a presidente da assembleia da República o que fez ante esta triste figura? Nem sei se ela lá estava, mas imagino que tal como os senhores deputados da maioria, terá achado graça à triste figura do senhor.

 

Qual é a diferença entre a forma como o senhor se expressou e os famosos corninhos de Manuel Pinho? para mim nenhuma e se o senhor tivesse vergonha devia seguir o mesmo caminho que seguiu Manuel Pinho e demitir-se.

 

Eu sei que às vezes é difícil de acreditar, mas o parlamento ainda não é um circo e para ver palhaços haverá de certeza outros lugares mais apropriados... demita-se senhor ministro, porque definitivamente, pelo menos a mim, não me merece o menor respeito.

 

 

Jorge Soares

 

publicado às 19:28

Co-adopção

Imagem do Pontos de Vista

 

 

Na próxima Sexta-Feira a lei da co-adopção volta ao parlamento, sim, a mesma lei que já foi votada e aprovada e que foi travada pelos jotinhas do PSD, vai de novo a votos.  

 

Hoje no Público um artigo da jornalista Ana Cristina Pereira ajuda a desmistificar sobre um estudo de dois cientistas  da Universidade do Porto, tenta desmistificar e trazer luz à muita gente que teima em viver noutras épocas e com outros usos e costumes...

 

"As crianças precisam de uma mãe e de um pai? Após extensa revisão de estudos científicos, Jorge Gato e Anne Marie Fontaine, da Universidade do Porto, atestam que, “apesar do preconceito e da discriminação”, as crianças educadas com dois pais ou duas mães desenvolvem-se tão bem como as outras.

 

A adopção singular está prevista em Portugal – a orientação sexual do adoptante não conta. A adopção por casais homossexuais não passou no Parlamento, apesar das várias tentativas. O diploma esta sexta-feira em debate concerne à co-adopção — prevê a possibilidade de um dos membros do casal adoptar o filho, biológico ou adoptado, da pessoa com quem vive em união de facto ou com quem se casou.

 

Em debate está o superior interesse da criança, um conceito indeterminado que se define ao analisar cada caso concreto. Os proponentes enfatizam a desprotecção jurídica em que fica a criança no caso de morte do pai ou da mãe reconhecidos como tal. Indicam também obstáculos no quotidiano, como a representação legal no acesso à saúde ou à educação.

 

Na base do discurso de que as crianças precisam de um pai e de uma mãe está a ideia de que “a maternidade e a paternidade implicam capacidades mutuamente exclusivas e estereotipadas em termos de género e que estas devem ser transmitidas à geração seguinte”, escrevem, num artigo publicado na revista ex aequo, em 2011, Jorge Gato e Anne Marie Fontaine. Estaria, “de um lado, uma mãe ao serviço da criança, prestadora de cuidados e guardiã de todos os afectos e, de outro, um pai, razoavelmente distanciado e introdutor da Lei social”. Ora, os papéis já não são tão rígidos, embora as mulheres ainda invistam mais na família.

 

No entender destes investigadores, “considerar a família heterossexual, com uma divisão tradicional de papéis, como o modelo desejável de parentalidade corresponde mais a um projecto ideológico do que a um facto cientificamente provado”. Passada a pente fino as “investigações que comparam homo e heteroparentalidade”, concluíram que não há grande diferença.

 

Duas mulheres até exercem a parentalidade “de uma forma mais satisfatória, em algumas dimensões, do que um homem e uma mulher ou, pelo menos, do que um homem e uma mulher com uma divisão tradicional do trabalho familiar”. As crianças crescem como as outras, só que “parecem desenvolver um reportório menos estereotipado de papéis masculino e feminino”.

 

O tema é polémico. A Ordem dos Advogados, por exemplo, deu ao Parlamento um parecer a recusar a parentalidade homossexual. A propósito do projecto do BE sobre adopção, deu o Conselho Superior do Ministério Público parecer oposto: “Vale para a orientação sexual o mesmo argumento que valeria, por exemplo, se se considerasse, à partida, que determinadas situações genéricas, por exemplo a situação de desempregado, de deficiência ou de pertença a um grupo social, fossem impeditivas de adoptar.”"

 

ANA CRISTINA PEREIRA no Público

 

 

Faz todo o sentido não é, no fundo todos sabemos que é assim, a capacidade de amar e educar não tem nada a ver com preferências sexuais, para amar só basta ter vontade, espírito aberto e coração, infelizmente há muito boa gente por aí que parece que não tem nada disto, mas acham-se muito normais e superior aos outros só porque vão pela vida como carneirinhos no rebanho.

 

Jorge Soares

publicado às 22:34

Policias em frente ao parlamento

 

Imagem do Público

 

Terá sido uma das maiores manifestações de polícias que aconteceram em Portugal, por volta das seis quando vinha para casa ia ouvindo as reportagens sobre o inicio da manifestação, a pergunta dos jornalistas repetia-se cada vez que avistavam algum dos organizadores: "Será que vão tentar subir a escadaria do parlamento como da última vez?"

 

A resposta também era invariavelmente a mesma: "Os manifestantes vão à assembleia para manifestar o seu descontentamento não para quebrar as leis"

 

Os últimos orçamentos de estado tem reduzido em muito as dotações financeiras de todas as forças de segurança, todos estes cortes tem significado uma enorme deterioração das condições de trabalho das polícias e começam a pôr em causa a segurança e o bem estar de polícias e restante população do país.

 

Os polícias também são cidadãos, também tem famílias, para alimentar e como a grande maioria do resto da população, também tem salários baixos e sobretudo, péssimas condições de trabalho... e tem é claro, tanto direito à indignação como qualquer outra pessoa. 

 

Mais de 15 mil polícias chegaram até à assembleia da república numa enorme manifestação do descontentamento que grassa neste momento nas fileiras de todas as forças de segurança. 

 

Não vi como tudo começou, mas quando dei por mim, uma manifestação que estava a correr de forma exemplar, descambou para o jogo do empurra, do lado de baixo os policias sem farda empurravam para cima, do lado de cima, os policias com farda empurravam para baixo.

 

Entendo a ideia de quem pretendia subir as escadas, mas a verdade é que naquele momento a manifestação e os seus objectivos passaram a segundo plano, até porque a grande maioria de quem ali estava passou de manifestante a mirone, os jornalistas passaram a narradores do jogo do empurra e mais ninguém se lembrou qual era o motivo inicial de tudo aquilo.

 

Louve-se o respeito que imperou de parte a parte, chegou-se inclusive a deter o jogo quando apareceram os primeiros feridos, havia jornalistas que narravam como policias fardados e policias sem farda partilhavam garrafas de água nas pausas do empurra...

 

Resumindo, era escusada e tinha sido muito mais sensato que a manifestação tivesse continuado normalmente... felizmente o povo é sereno e os polícias também são povo.

 

Jorge Soares

 

PS:Fui só eu que achei um bocado parvo que no meio de uma manifestação uma jornalista da RTP aborde os manifestantes com a pergunta: "Porque está aqui?"

 

 

publicado às 22:21


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