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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Eu sei que disse que ia de férias, mas também disse que ainda faltavam 3 dias..e que poderia acontecer algo que me fizesse voltar... bom, aconteceu este comentário do Antonio Dias, o comentário dele é pertinente e o assunto não deixa de ser interessante... comecei a responder na caixa de comentários e terminei aqui... na caixa de posts... até porque quem sabe e não há por aí algum ou alguma antropóloga que queira ajudar a fazer luz.
Diz o António o seguinte:
"Acho que já disse isto dezenas de vezes, mas aqui vai mais uma. Tomando como facto que há mesmo pessoas a mais no mundo (ver http://en.wikipedia.org/wiki/Ecological_
1. Tomar medidas para voluntariamente reduzir a população mundial. Isto iria requerer uma coordenação de todas (ou quase) nações do mundo, iria levar alguns anos, dependendo das medidas adoptadas, e teria sempre como resultado que a população iria envelhecer. Porque é que uma população voluntária e controladamente envelhecida é um problema é uma coisa que ainda não consegui compreender.
2. Reduzir a população à força. Isto tem resultados muito mais rápidos... mas menos controlados. Ou seja, os efeitos laterais deste método podem atingir os seus executores.
3. Dizer que esta visão é pessimista, que ainda há lugar para muito mais gente ou que o excesso de população é apenas no terceiro mundo (esquecendo que a Europa é o continente mais sobre-povoado). Ou seja, enfim, deixar tudo correr como está e continuar com o velho esquema de pirâmide (http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquema_em
O que eu acho lamentável é que a espécie humana escolherá esta última opção, apesar de ser provavelmente a primeira neste planeta que tem o discernimento para perceber isto e os recursos para o evitar."
António, Porque é que uma população voluntária e controladamente envelhecida é um problema?
Eu acho que é, por vários motivos, vejamos:
-Infelizmente o mundo não vive numa sociedade global, os recursos não estão distribuídos uniformemente e para conseguir sobreviver e alimentar os seus habitantes, cada país tem que conseguir produzir já seja os bens alimentares ou a riqueza para os poder adquirir. Quanto mais envelhecida for a população, menos produtiva se torna, até que chega a um ponto de rotura em que a parte da população que consegue produzir não o consegue fazer de forma a conseguir alimentar quem já não produz... e não, não estou a falar de reformas e coisas dessas, só estou a falar de capacidade de produzir.
Reduzir a população à força não é um conceito novo, há décadas que a China com a sua politica de um só filho o tenta fazer, não conheço o suficiente como para poder expressar uma opinião sobre os resultados desta politica, pelo que li, os objectivos foram conseguidos em alguns meios urbanos mas ninguém sabe o que se passa na China Rural..e de resto, eles já são mil e trezentos milhões e continuam a crescer... na China e em todos lados.
É claro que há soluções mais drásticas... mas acho que ainda não estamos o suficientemente desesperados para isso.
Quanto ao ponto 3, partilho da tua opinião, de facto, no estado de evolução tecnológico e de capacidade de produção em que estamos, dificilmente haverá capacidade para alimentar de uma forma equilibrada toda a população actual, o que não quer dizer que no futuro não aconteça uma de duas coisas: a evolução nos leve a um estágio em que exista uma maior capacidade de produção, ou, como muito bem dizes, a própria natureza na sua constante tendência para o equilíbrio se encarregue de colocar tudo no seu devido sitio, já seja através da mão humana ( e aqui podemos voltar à redução à força ou não) ou através de uma qualquer gripe (uma a sério, não esta)
Até agora a evolução humana e a distribuição da população ao longo do planeta, foi feita numa procura incessante de melhores condições, há algum tempo que atingimos um estágio em que já ocupamos o planeta inteiro e foi a comida que se passou a deslocar....se calhar está na altura de recomeçar... e ou muito me engano, ou não haverá quem pare este movimento.
E agora... volto para a preparação das férias.
Jorge Soares