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Cães na praia

Imagem minha do Momentos e olhares

 

Aproveitamos que após a noite de tempestade o dia aqui em Setúbal acordou claro e soleado, para irmos dar um passeio até à praia de Albarquel, a meteorologia prometia chuva pelo que não havia muita gente.

 

O dia estava bonito e a água nem estava muito fria, à medida que se acercava o meio dia a praia ia ficando composta e havia até alguns turistas espanhóis que apreciavam a beleza do lugar.

 

Todo o mundo sabe que é proibido levar cães para a praia e por acaso em Albarquel até lá está o sinal bem à vista na entrada da praia, mesmo assim há quem se esteja a lixar para as leis e para as pessoas.

 

Íamos a passear junto à agua quando nos apercebemos de um senhor não com um mas com dois cães sem trela que corriam para lá e para cá entre quem descansava nas toalhas, as crianças que chapinhavam junto à água e os banhistas quem tomavam banho,  e até faziam as suas necessidades ali no meio do areal ao lado das crianças que brincavam

 

Tudo isto enquanto os nadadores salvadores estavam em amena cavaqueira junto aos toldos de aluguer. A minha meia laranja não resistiu e foi questionar porque permitiam que dono e cães se passeassem assim impunemente quando isso é proibido. A resposta foi esclarecedora, pelos vistos os senhor vai para lá repetidamente com os cães, já foi chamado à atenção várias vezes para o facto de não poder levar os cães para a praia e simplesmente ignora, os nadadores salvadores não podem fazer mais que chamar a atenção, já chamaram a policia marítima mais que uma vez mas esta demora tanto tempo que quando eles chegam já os cães e o dono foram para casa.

 

Tive pena de não ter levado a máquina fotográfica comigo, porque de certeza que teríamos aqui a imagem do animal que leva os seus cães para a praia sem trela e se ri das leis, das normas e do civismo.

 

Os turistas espanhóis devem ter achado imensa piada à praia de Setúbal onde os cães fazem as suas necessidades no meio das toalhas dos banhistas... além disso aqueles não eram os únicos cães na praia, havia mais gente com o cachorrinho a apanhar sol.

 

Quanto ao dono dos cães, de certeza que gosta muito de animais, mas está-se mesmo a ver que se está a lixar para as pessoas

 

E é assim o civismo neste país.... 

 

Jorge Soares

publicado às 22:53

Para a tua boca, todas as vidas.

por Jorge Soares, em 17.08.13

mulher

 

 Imagem minha do Momentos e Olhares

 

 

Desiguais as contas:
para cada anjo, dois demónios.

Para um só Sol, quatro Luas.

Para a tua boca, todas as vidas.

MIA COUTO

Do poema "Números",
no livro "Idades cidades divindades"

Mulher passeia na areia molhada da Praia do Meco

Sesimbra, Julho de 2012

Jorge Soares

publicado às 15:07

O tempo

 

 Imagem minha do Momentos e Olhares

 

O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...

Mario Quintana

 

Setembro de 2012

Jorge Soares

publicado às 17:52

Saudade

por Jorge Soares, em 02.11.12

Cabo Verde

 Imagem minha do Momentos e Olhares 

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor

Que és feliz 

 

Charles Chaplin 

 

Praia, Cabo Verde

Fevereiro de 2010

Jorge Soares

publicado às 21:23

Uma praia nas Astúrias

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Acho que nunca aqui se falou de óculos, o que não deixa de ser estranho, isto porque dos 5 que moramos cá em casa, 4 usamos e para além de que bem que podíamos ser sócios da óptica, não somos mas consta-me que eles gostam mesmo muito de nós, há histórias que dariam não para um post, mas para um blog inteirinho só sobre o assunto.

 

A história que lhes quero contar hoje começou há dois anos atrás, quando as férias em lugar de nas nossas adoradas Astúrias, foram na Galiza.

 

No fim de um dia qualquer demos pela falta dos óculos do N. ao contrário da irmã mais velha, que nunca sabe onde está nada, o N. é quase o nosso amuleto da sorte, não só sabe onde costumam estar todas as suas coisas, como normalmente sabe onde estão ou podem estar as coisas do resto da família.. ainda não percebi se tem memória fotográfica, mais jeito para procurar, ou simplesmente tem muita sorte, mas o certo é que quando falta algo, todo o mundo pergunta ao N. se ele viu... e normalmente viu.

 

Naquele dia ele não tinha visto os óculos, depois de revirarmos a tenda o carro e meio parque de campismo, ele lá se lembrou que a última vez que os tinha visto tinha sido na praia. Já não me lembro se naquele dia voltamos à praia ou não, mas no dia seguinte fomos.. é claro que encontrar uns óculos na areia da praia é mais ou menos como encontrar uma agulha num palheiro... e evidentemente não encontramos nada. Também perguntamos no bar da praia, em vão.

 

No dia a seguir voltamos à praia e por descargo de consciência voltamos a perguntar no bar...e voilá, alguém tinha encontrado uns óculos enterrados na areia....

 

Este ano as férias foram mesmo nas Astúrias, num dos muitos dias em que andamos a vaguear de praia em praia, fomos parar a uma enseada cheia de gente, a praia era bonita e a água era de um azul turquesa e uma transparência que convidava ao mergulho... era quase tudo perfeito, excepto que em lugar de areia a praia era de seixos e por muito convidativa que fosse a água, era um suplicio chegar até ela..estivemos uns cinco minutos e decidimos procurar outro poiso.

 

Quando chegamos à praia seguinte demos pela falta dos óculos do N. nem ele se conseguia lembrar de os ter trazido, nem ninguém de o ter visto com óculos...  ele achava que não... Ainda recorremos à máquina fotográfica, mas não havia imagens com ele de frente, concluímos que deviam ter ficado na tenda e dispusemos-nos  a gozar as delicias do sol e da água quente do Mar Cantábrico.

 

Ao fim do dia e depois de revirarmos a tenda e o carro, concluímos que aquela vaga lembrança que ele tinha de tirar os óculos na praia e os colocar no boné, tinha sido mesmo o que tinha acontecido e a aquela hora estes estariam algures a rebolar entre as ondas na praia dos seixos.

 

Por descargo de consciência no dia a seguir passamos de novo pela praia e no bar fomos perguntar se alguém teria "encontrado unas gafas en la playa"... e por incrível que pareça os óculos estavam lá à nossa espera.

 

O N. é mesmo o rapaz com mais sorte do mundo.

 

Jorge

publicado às 22:10

E os passos que deres ....

por Jorge Soares, em 25.08.12

E os passos que deres ....

 

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Recomeçar

 

Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...

 

Miguel Torga

 

 

Os meus passos sobre a areia molhada

Praia do Carvalhal, Grândola, Setúbal, Outubro de 2011

Jorge Soares

publicado às 17:54

Viver

por Jorge Soares, em 24.08.12

Viver

Imagem minha do Momentos e Olhares 

 

 

"Viver é apreciar tudo o que a Vida oferece..
A Vida é feita de momentos..
Momentos bons... Momentos menos bons...
Viver é saber agarrar cada momento
E dele retirar toda a magia..
Viver é lutar por fazer de todos os momentos,
Momentos mágicos..
A Vida é um caminho longo
Onde tudo depende de nós...
Cada um tem o seu caminho a perseguir...
Cada um tem o seu caminho a descobrir..."

 

Mafalda Veiga (??)

 

Fim de tarde em Troia

Outubro de 2011

Jorge Soares

publicado às 17:51

Preciso ser um outro para ser eu mesmo

por Jorge Soares, em 23.08.12

Preciso ser um outro para ser eu mesmo

Imagem minha do Momentos e Olhares 

 

Identidade


Preciso ser um outro 
para ser eu mesmo 

Sou grão de rocha 
Sou o vento que a desgasta 

Sou pólen sem insecto 

Sou areia sustentando 
o sexo das árvores 

Existo onde me desconheço 
aguardando pelo meu passado 
ansiando a esperança do futuro 

No mundo que combato morro 
no mundo por que luto nasço 

Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

 

Faro de Busto

Luarca, Astúrias,  Espanha

Agosto de 2011

publicado às 17:50

Eu gosto da praia à hora das gaivotas

por Jorge Soares, em 22.08.12

Eu gosto da praia à hora das gaivotas

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

 

Eu gosto da praia
à hora das gaivotas
Quando a maré desce
E tudo fica mais calmo

 

Quando o sol dourado 
despenteia o teu cabelo
e um só sorriso teu
desfaz o meu pesadelo

 

Tens os pés na areia
e um olhar sobre as ondas
por muito que os estendas
não quero que te escondas

 

Sabes o mar é bruto
mas pode ajudar
a ter outra vez
vontade de gostar


ao longe desfaz-se
a linha do horizonte
e tu já voltaste
desse sitio onde foste


protege os teus ombros
com o meu braço esquecido

 

e um só sorriso teu

e eu já não estou perdido

 

eu gosto da praia

à hora das gaivotas

à hora das gaivotas

eu gosto da praia

 

eu gosto de ti

 

Tim

 

 Ouvir

Praia do Carvalhal, Grândola, Setúbal
Outubro de 2011
Jorge Soares

publicado às 17:48

Todos os Caminhos me Servem

por Jorge Soares, em 13.08.12

Todos os Caminhos me Servem

Imagem minha do Momentos e Olhares 

 

Todos os Caminhos me Servem


Todos os caminhos me servem. 
Em todos serei o ébrio 
cabeceando nas esquinas. 
Uma rua deserta e o hálito 
das pessoas que se escondem, 
uma rua deserta e um rafeiro 
por companheiro. 

Ó mar que me sacode os cabelos 
que mulher alguma beijou, 
lágrimas que os meus olhos vertem 
no suor dos lagares, 
que uma onda vos misture 
e vos leve a morrer 
numa praia ignorada. 

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

 

No caminho de Santiago entre as praias do Arenal de Moris e Esparsa

Astúrias, Agosto de 2011

Jorge Soares


publicado às 17:28


Ó pra mim!

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