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As muitas questões do caso Daniel

por Jorge Soares, em 22.06.14

Mãe do Daniel

 

Imagem do Dn

 

Lembro-me perfeitamente de ter comentado mais que uma vez em casa e com os meus colegas à hora do almoço, que não acreditava que o desaparecimento do Daniel fosse um caso de rapto, a questão era: Quem é que vai raptar um criança a uma ilha? A menos que o rapto seja para extorquir dinheiro à família, o que a julgar pelas condições em que o Daniel e os seus pais viviam não seria de modo algum possível, raptar uma criança para ficar com ela numa ilha do tamanho da Madeira em que seria quase impossível faze-la sair dali, simplesmente não faz sentido.

 

A forma como a criança desapareceu e voltou a aparecer três dias depois de perfeita saúde e sem sinais de ter estado ao relento, deixava antever que algo como o que aparentemente se descobriu agora se teria passado.

 

Pena que tenham sido necessários quase seis meses para que o pai tenha vindo contar as suas suspeitas e nã oo tenha feito de imediato. 

 

Resta saber quem, para além da mãe do Daniel, está implicado em tudo isto, para que alguém venda uma criança tem necessariamente que haver quem compre e neste caso o negócio chegou a ser feito e há de certeza mais implicados, incluindo um suposto intermediário....

 

Esperemos que tudo isto seja completamente esclarecido, até porque estamos a falar de uma criança de três anos, não é um bebé recém-nascido que se pode ir registar com documentos hospitalares forjados. Não seria fácil para os supostos compradores explicar o aparecimento do nada de uma criança de três anos. O que iam fazer com a criança? Ia ficar na Madeira? Ia sair para outro país? como? com que documentos?

 

O tráfego de crianças é um problema real, convém que todas estas questões sejam esclarecidas, e que todos os implicados sejam detidos e castigados, até para que casos destes e outros que já foram noticia no passado não se repitam.

 

Entretanto o Daniel e os seus irmãos voltaram a viver com a família paterna nas condições que todos pudemos ver, pelo que li existiu um interesse real das autoridades madeirenses e da segurança social para dar habitação e outras condições à família, oferta que pelo que li foi rejeitada... parece que as pessoas preferem viver mal.... 

 

Jorge Soares

publicado às 21:52

real men don't buy girls

 

Foi no dia 14 de Abril  que um grupo de homens raptou 270 meninas de duas aldeias na Nigéria, e foi preciso mais de um mês e uma nova tentativa de rapto, para que a Nigéria e o mundo acordassem para a gravidade da situação.

 

O destino das crianças foi explicado pelo próprio líder do grupo raptor , o Boko Haram, Abubakar Shekau, que veio a público dizer o seguinte: Alá me instruiu a vendê-las. Elas são propriedade dele e seguirei as suas instruções, mulheres são escravas. 

 

Entretanto durante todo este tempo foram chegando noticias que indicavam que algumas das jovens raparigas teriam sido em alguns casos vendidas nos países vizinhos e noutros, pelo facto de serem virgens, teriam sido oferecidas para serem esposas de membros importantes do grupo raptor.

 

Isto tudo está a acontecer agora, em pleno século XXI, não são noticias do século XIX ou do inicio do século passado, são noticias de agora, de ontem, de hoje.

 

Entretanto perante o novo rapto e  indiferencia do governo da Nigéria que não é capaz ou não tem vontade de resolver a situação, o mundo parece que acordou para o assunto, os apelos à libertação das jovens e as campanhas como a da fotografia tem-se multiplicado e já chegaram inclusivamente à casa Branca onde O presidente Obama e a sua mulher já mostraram a sua preocupação... 

 

Tudo isto é de louvar, mas tenho sérias duvidas que nas selvas da Nigéria existam redes sociais ou que os senhores que levaram e que fazem das jovens raparigas um negócio, tenham facebook ou twitter, era bom que a comunidade internacional se juntasse sim mas para obrigar o presidente Goodluck Jonathan e as autoridade nigerianas a tomarem medidas reais e eficazes para libertarem as crianças e evitarem que situações como esta se repitam.

 

Para mim é chocante perceber que vivo num mundo onde ainda há lugares onde se tratam seres humanos e especialmente jovens raparigas como se de uma mercadoria mais se tratasse, e é muito difícil entender que o resto do mundo que se diz civilizado, pouco mais faz que lançar palavras na internet, ... é de louvar que pessoas como a Catarina Furtado prestem a sua voz para chamar a atenção de todos nós para o assunto, mas é de acções reais que as crianças e as suas famílias necessitam.

 

Vídeo em que o líder do grupo Boko Haram aparece a reivindicar o sequestro das jovens:

 

 

Jorge Soares

publicado às 22:00

Justiça?, onde está o Rui Pedro?

por Jorge Soares, em 04.03.13

 

Ricardo Sá Fernandes diz que se fez justiça, diz que é um dia histórico para a justiça portuguesa e para a família do Rui Pedro? dia histórico?, porquê? Alguém acha que a família do Rui Pedro terá descanso enquanto não souber onde está o seu filho? 

 

A mim parece-me que Ricardo Sá Fernandes tem alegria de tísico, como é que alguém pode ficar feliz com um desfecho que 15 anos depois condena alguém a 3 anos e meio por rapto? 15 anos??!!!, a justiça portuguesa demorou, até agora que isto ainda não acabou, 15 anos a condenar alguém por rapto... 

 

Passados 15 anos apareceu alguma prova nova?, algum indicio sobre o que verdadeiramente se terá passado?, não, as provas, os testemunhos os factos, são exactamente os mesmos que se tinham desde o início... e a justiça portuguesa demorou 15 anos a condenar... e Ricardo Sá Fernandes diz "isto lava-nos a cara", a sério?, lava como? a mim parece-me o contrário, isto deixa uma imagem muito feia e nada limpa da justiça portuguesa.

 

Ricardo Sá Fernandes deveria ter vergonha, porque para além de que não vai acontecer nada, esta sentença não traz nada de novo, não esclarece nada e não nos deixa mais perto de perceber o que realmente aconteceu naquele dia, nem se o Rui Pedro está vivo ou morto... É só mais um episódio num processo que para além de não ter fim, não vai resolver ou esclarecer o que quer que seja.

 

Importante mesmo era que no fim de tudo isto se soubesse o que aconteceu e onde está o Rui Pedro, isso sim seria fazer justiça e traria paz à família, o resto é folclore... e pelos vistos serve para lavar consciências... veremos qual a decisão da instância a seguir e como ficarão as consciências no fim disto tudo.

 

Alguém foi condenado, demorou-se 15 anos a perceber que houve um rapto, fazem-se apostas a ver quanto tempo se vai demorar a descobrir que afinal não houve e a voltar a começar tudo de novo.

 

Importante importante mesmo, era que alguém tivesse um rebate de consciência, já seja quem agora foi condenado ou outra pessoa qualquer e dissesse ao mundo o que fez com o Rui Pedro....

 

E é esta a justiça que temos em Portugal

 

Jorge Soares

publicado às 21:07

13 anos depois alguém foi acusado do rapto do Rui Pedro

 

Imagem do Público

 

 

Andei aqui meio indeciso, falo dos brinquedos caros ou falo da justiça que em Portugal parece que anda montada numa tartaruga?

 

Há uma série na televisão por Cabo que se chama, casos encerrados, nela uma jovem e bonita detective pega num caso antigo por resolver  e depois de muita investigação, de voltar a interrogar as testemunhas, de seguir novas pistas, termina por encontrar o culpado.  Hoje eu pensei que estava nesta série, 13 anos depois alguém, na verdade o único suspeito que existiu desde o inicio, foi acusado do rapto do Rui Pedro.

 

Ao contrário do que acontece na série, ninguém ouviu falar de uma jovem e bonita detective, nem de novas investigações, aliás, segundo Cândida Almeida, directora do DCIAP, nem sequer há novas pistas. Ou seja, o Ministério Público demorou 13 anos a avaliar o processo e no fim, com base nos testemunhos de familiares e colegas, testemunhos que foram obtidos há 13 anos, decidiu acusar de rapto precisamente o mesmo suspeito que tinha no início. E achávamos nós que o caso Casa Pia foi lento e demorado.... 

 

Eu tenho imenso respeito pela família do Rui Pedro, acho de louvar a forma como ao longo de todo este tempo eles têm lutado para que o caso não seja esquecido e a forma como tem contribuído para chamar a atenção para este tipo de casos, mas sinceramente duvido que tudo isto dê no que quer que seja, se existissem indícios sérios não tinham demorado 13 anos a acusar o senhor..., por muito carinho e muita vontade que se tenha colocado na apreciação dos factos que levaram agora a esta acusação.  Espero sinceramente estar enganado.

 

Mudando de assunto, esta semana saíram à luz pública uma série de telegramas do embaixador americano em que este falava do ministério da defesa de Portugal e da forma como são geridos alguns dos dossiês. Diz o senhor o seguinte:

 

"No que diz respeito a contratos de compras militares, as vontades e acções do Ministério da Defesa parecem ser guiadas pela pressão dos seus pares e pelo desejo de ter brinquedos caros. O ministério compra armamento por uma questão de orgulho, não importa se é útil ou não. Os exemplos mais óbvios são os seus dois submarinos (actualmente atrasados) e 39 caças de combate (apenas 12 em condições de voar)"

 

Há muitíssima gente indignada com o senhor, não estou a ver porquê, alguém acha que gastar dois mil milhões de Euros em Submarinos não é gastar dinheiro em brinquedos caros?... só para recordar, esses dois mil milhões de euros bastariam para tapar o buraco que fez com que no início do ano se aumentasse o IVA e se descesse o salário aos funcionários públicos. Aposto que muitos dos que agora se dizem indignados são os mesmos que disseram cobras e lagartos do governo quando este apresentou as medidas.

 

Sim, o senhor tem razão, não temos onde cair mortos e compramos armas como se fossemos ricos.. para quê? Compramos brinquedos caros para brincar às guerras, quando devíamos era utilizar o dinheiro para "comprar" uma justiça nova.

 

Jorge Soares

publicado às 20:59


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