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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Relação de Évora proíbe pais de publicarem fotos de filhos no Facebook
É o titulo da notícia no Público, mas poderia ser de outro jornal qualquer, porque foi assim que ela foi apresentada na maior parte dos jornais online. Um titulo que no mínimo podemos chamar de enganador, quando lemos a noticia percebemos que o tribunal proibiu aquela mãe de publicar fotografias da sua filha de 12 anos nas redes sociais, não os pais em geral de publicarem fotografias no Facebook.
Os tribunais não fazem as leis, quando muito tentam fazer com que elas se apliquem, e neste caso os juízes tentaram defender o direito à privacidade da menor ao impedir que a sua mãe publique imagens dela nas redes sociais, nada mais que isso.
Evidentemente não existem, nem faz sentido que existam, leis que impeçam os pais de mostrar fotografias dos seus filhos, já seja nas redes sociais ou de outra forma qualquer, se existissem, pelo menos metade dos pais que eu conheço estariam presos, porque o que mais se vê no Facebook, no instagram, nos blogs, etc., etc., é fotografias de crianças.
A maior parte das pessoas não tem ideia do alcance de uma fotografia publicada na net, nem faz ideia de que uma vez publicada foge completamente do seu controlo, além de que é quase impossível saber o que acontecerá com ela a seguir, é completamente impossível seguir o seu rasto ou simplesmente tentar apagá-la.
A maioria das pessoas acha que não há problema porque só publicam para os seus amigos, esquecem-se que qualquer um dos seus amigos a pode partilhar e a partir de ai qualquer amigo dos amigos, ou qualquer um no caso de essa pessoa não ter settings de privacidade activos, passa a ter acesso total à fotografia.
Além disso, o que é realmente um amigo no Facebook? Eu tenho 292 contactos no Facebook, a grande maioria são pessoas que conheço dos blogs ou das redes sociais e que nunca vi, muitas delas publicam fotografias dos seus filhos quase todos os dias, confiam em mim porque leram o meu blog ou eu sou amigo de um amigo deles no Facebook? Será que tem a noção que eu e muitos outros como eu, que não fazem a menor ideia de quem são, temos acesso a essas fotografias e a todos os dados da vida delas que publicam?.. será isso bom senso?
Eu não sou dos que ache que há um sequestrador ou um pedófilo atrás de cada perfil do Facebook, mas nunca publico imagens dos meus filhos nas redes sociais, por uma questão de bom senso e, lá está, porque prezo e respeito a privacidade deles.
Como em tudo na vida, tem que haver bom senso, e era bom que os pais tivessem a noção real de que publicar uma fotografia na internet é como pegar nela e a atirar ao vento, pode cair ali aos nossos pés ou ser levada para muito longe e quem sabe às mãos e às motivações de quem.
Jorge Soares
PS:é claro que tudo isto é muito mais complicado quando falamos de crianças adoptadas, e aí o assunto pode ser mesmo muito sério.
Imagem de aqui
Logo de manhã a Mie reclamava no Facebook com o facto de a cor do vestido ser noticia no site da SIC noticias, mal sabia ela o que estava para vir, durante todo o dia, olhássemos para onde olhássemos lá estava a pergunta: É branco e dourado ou azul e preto?
No fim do dia era noticia na SIC, na RTP, na TVI e em todos os sites dos jornais online não só nacionais como internacionais, há uma guerra na Síria, outra na Ucrânia (alguém reparou que identificaram o tipo que se decapita os reféns do estado islâmico?), estudantes mortos pela polícia na Venezuela,... mas o que é que isso interessa? O que interessa mesmo é a cor do vestido...
Tudo começou com um post na rede de blogs Tumblr, uma senhora colocou uma fotografia de um vestido e perguntou quais eram as cores que se viam, de ali a coisa passou ao Twitter e de um momento para o outro parece que todo o mundo estava interessado naquilo. Segundo os responsáveis da rede Twitter, o vestido bateu todos os recordes de visualizações e o Twitter teve o melhor dia da sua história.... o artigo sobre o vestido que foi publicado na rede Buzzfeed, teve em dois dias mais de 20 milhões de visualizações... incrível, e tudo porque alguém perguntou "de que cor é o vestido?"
Vivemos num mundo estranho em que pelos vistos, qualquer coisa, até uma simples pergunta sobre a cor de um vestido, pode virar uma noticia a nível mundial que é divulgada por todas as agências de noticias, televisões e jornais.... já imaginaram a quantidade de coisas realmente importantes que aconteceram nestes dois dias e das que não fazemos a menor ideia?... mas quantas pessoas a esta hora não terão ouvido falar da cor do vestido?
Sou só eu que acha que isto é a prova de que para além de haver muita gente com pouco que fazer, há algo de muito errado com a forma como estamos a gerir as nossas prioridades?
Por certo, para mim é branco e dourado, mas já vi versões em azul e preto, vermelho e preto e muitas outras cores, mas dado o estado actual da arte da fotografia da era digital, a pergunta não deveria ser "qual é a cor do vestido?", deveria ser "Qual queres que seja a cor do vestido?" Não sei se terá sido propositado, mas não há duvida que para a marca que os vende, isto foi a melhor campanha publicitaria do mundo.
Haja paciência
Jorge Soares
Eu juro que não tenho nada contra a senhora, mas é que ela insiste em pôr-se a jeito... cada vez que abre a boca.
“O pior inimigo dos desempregados são as redes sociais”,... e eu que pensei que eram a crise, o encerramento das empresas e o governo que insiste em medidas da austeridade que reduzem o poder de compra e o investimento das empresas.
“as pessoas ficam desempregadas e ficam dias e dias inteiros agarradas ao Facebook, ou agarradas a jogos, agarradas a amigos que não existem e vivem uma vida que é uma total ilusão”.
Ninguém duvida que existirão casos de pessoas que baixam os braços e até desistem de continuar a bater com o nariz nas portas das empresas, mas não há nada pior que a generalização. As redes sociais são não só um escape para muita gente como também uma forma activa de procurar emprego, existem no Facebook e na internet imensas páginas para procura e partilha de anúncios de emprego, há imensa gente que arranja entrevistas e empregos através das redes sociais, já seja através destas páginas ou através d econtactos dos tais amigos que a senhora acha que nem são reais.
A Isabel Jonet parece que cada vez que abre a boca sai asneira, as suas palavras são uma enorme falta de respeito pelos milhares de desempregados do país. É caso para dizer... E porque no te callas?
Jorge Soares
Imagem do Público
A fotografia acima correu o mundo, é uma daquelas histórias de encantar. Durante a ronda nocturna de 14 de Novembro, Lawrence DePrimo, um polícia de 25 anos, encontrou Jeffrey Hillman sentado no passeio encostado à montra de uma loja em Times Square. O homem, de aparência desleixada, estava descalço.
Numa noite gelada, DePrimo teve pena do pobre coitado e resolveu gastar 60 dólares num par de botas para lhe oferecer. No preciso momento em que estava a ajudar Jeffrey a calçar, passou uma turista que resolveu registar o momento para a posteridade.
No dia a seguir a imagem foi enviada para o site da Polícia de Nova Iorque que a colocou na sua página do Facebook, o resto é história.
Hoje nesta noticia do Público ficamos a saber que o sem abrigo mais famoso dos últimos tempos afinal, nem é sem abrigo nem precisava de sapatos novos. Jeffrey Hillman tem uma casa no Bronx e vá lá a saber-se porquê, já foi visto a andar descalço de novo.
Com base numa única fotografia conseguiu-se construir toda uma história que graças às redes sociais deu a volta ao mundo, a maior parte de nós viu a imagem no Facebook ou num blog qualquer, mas quantos de nós nos questionamos sobre a veracidade dos factos? E quantas destas histórias nos passam todos os dias pela frente?
É claro que nada disto retira a boa acção daquele polícia que numa noite gelada tentou fazer a diferença para alguém... e não fosse isto estar a acontecer nos estados Unidos, apesar de estar grato pela oferta de DePrimo, Hillman diz agora que quer “uma fatia do bolo” porque a fotografia foi parar à Internet sem que ele tenha dado permissão... aposto que já há mais que um advogado a esfregar as mãos de contente.
Jorge Soares
Ninguém duvida que as redes sociais vieram para ficar, fazem parte da vida de uma boa parte da humanidade, há muito boa gente para quem quase se converteram na sua realidade, eu continuo a achra que são só mais um meio de comunicação. Vivemos na era da informação, os computadores e todos os seus sucedâneos não são mais que o meio que utilizamos para aceder e partilhar essa informação, a forma como cada um um faz varia, sendo que haverá quem os converta numa arma poderosa para a evolução e quem deles faça uso para criar o seu próprio mundo e dessa forma se afastar da sociedade.
Já não é novidade nenhuma que as redes sociais mais que transmitir noticias, sejam elas próprias a notícia, esta semana não foi a excepção, e foi para o bem e para o mal.
Na primeira noticia falava-se de mais um daqueles estudos que agora abunda, segundo uns senhores de uma universidade inglesa "há uma relação directa entre os amigos que as pessoas têm nas redes sociais e o tamanho de determinados partes do cérebro." Segundo quem fez o estudo, mais amigos no Facebook normalmente implica mais massa cinzenta no cérebro. É claro que ninguém diz que isso implica mais inteligência, mas pronto, fica o registo de mais um estudo parvo.
O que sim está provado é que a utilização do Facebook deixa alguns seres humanos mais estúpidos, senão vejamos esta outra noticia:
É verdade que as redes sociais foram pensadas para acercar as pessoas, mas o divórcio não é suposto ser para as afastar? quem é que é o suficientemente estúpido para continuar amigo do ou da ex no Facebook após o divórcio?
Já agora vejam o seguinte vídeo, uma sátira perfeita às redes sociais, como reagiríamos se alguém nos fizesse em pessoa os pedidos que nos fazem no Facebook?
Foi em Outubro que num post em que falava da Geração Rasca, entre outras coisas escrevi o seguinte:
Não quero cair no mesmo erro que caiu quem a nós nos chamou geração Rasca, mas olhando para esta geração, a dos telemóveis, dos milhares de SMS trocados, a geração que nunca chumba, não porque saiba mas por decreto, a geração das calças caídas, a mesma que é contra o acordo ortográfico mas que não é capaz de escrever duas frases sem meter K's e abreviações, eu pergunto-me.. que geração é esta?
Na altura foi a Stilleto que nos comentários deixou a frase Geração à Rasca, deveriam pagar-lhe direitos de autor, ela baptizou este movimento que nasceu de uma música dos Deolinda, muito antes do seu início.
Tenho lido muitas coisas sobre tudo isto, antes de mais um esclarecimento, para o dia 12 em Lisboa, Porto e outras 8 cidades, estão convocadas não uma mas duas manifestações, uma é a do Geração à Rasca, um movimento espontâneo sem ligações politicas e que segundo palavras deles ... não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.
A outra foi convocada por um grupo de idiotas que diz querer varrer toda a classe politica e que para além de outras coisas, fez circular um email com uma série de pontos que se não sei se são para chorar ou para rir. Varremos toda a classe politica e depois fazemos o quê? contratamos o Kadhaffi que parece que vai para o Desemprego?, ou pedimos ao Berlusconi que faça uma perninha?
A crise é uma realidade que nos afecta a todos de uma forma ou outra, o desejo de manifestar o desagrado é legitimo.. a coisa está preta para eles, para nós e para todas as gerações.
Há muita gente que desconfia de tudo isto porque partiu do Facebook, eu não vejo nada de mal nisso, o Facebook é, tal com o são os blogs, uma forma de comunicação dos tempos que vivemos e é uma forma tão válida como outra qualquer de convocar uma manifestação... e de certeza muito mais inteligente que ter as paredes pintadas como tínhamos antes.
Tenho sérias dúvidas que a manifestação vá ser um sucesso, não porque venha do Facebook mas sim porque não vejo nesta geração consciência politica ou cívica para isso.. aliás, como vimos nos últimos actos eleitorais em que eles simplesmente abdicaram de reclamar onde faz mais sentido, nas urnas..... muito sinceramente espero estar enganado e que a manifestação tenha muito mais que os vinte ou trinta mil que carregaram no Gosto.
Jorge Soares
Hoje a meio da tarde falava-se do Facebook, dizia alguém que tinha sido motivo para mais um divórcio... bem espremidas as coisas... o Facebook contribuiu para que o marido descobrisse que andava a ser trocado.. e postas as coisas à vista , seguiu-se o divórcio. As pessoas não se divorciam por causa do Facebook, divorciam-se porque estão fartas, ou porque descobrem que não era aquilo que queriam, o Facebook é só a desculpa.
Mas tudo isto fez-me recordar uma notícia do Público, a história de Soror Internet que segundo o jornal, foi expulsa do convento depois de 34 anos de clausura. Tudo porque para além de utilizar as tecnologías para colocar em ordem o arquivo do monastério, decidiu que esta era uma óptima forma de comunicar com o mundo... daí até ter uma página no Facebook, foi um instantinho.
Nunca percebi muito bem o que leva alguém a fazer os votos numa ordem de clausura, consigo entender o propósito de quem quer ser freira ou padre para através da igreja e da religião poder ser útil à sociedade. Consigo entender quem quer ser missionário e assim contactar e ajudar os mais desfavorecidos. Mas qual o propósito de se ir para um convento para depois se viver a vida toda enclausurado e em silêncio?, longe das pessoas, longe de tudo?
Também não entendo o que leva uma freira que vive em clausura a ter uma página no Facebook, talvez a solidão tenha sido forte demais e o apelo das tecnologias e do mundo mais forte que ela. O que definitivamente não entendo é porque é isto motivo para que alguém seja expulso de um convento.
Estive a ler a notícia nos jornais Espanhóis e em lado nenhum se fala do Facebook como motivo para a expulsão, mas se efectivamente for este o motivo, está à vista que a igreja perdeu mais uma excelente oportunidade de estar quieta. O Facebook, as redes sociais, fazem parte do mundo em que vivemos, podemos gostar ou não, ser mais ou menos adeptos, tirar mais ou menos partido, mas não há como fugir à realidade... são meios de comunicação que aproximam as pessoas e vão de certeza cada vez mais fazer parte da nossa vida... de tal forma que estou completamente convencido que se deus existisse teria a sua página no Facebook... ele e o diabo.
Jorge Soares
Como para ficar a pensar....