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Profissionais de Saúde fizeram homenagem a Jorge Alexandre

Imagem de  aqui

 

Se não podes mudar o teu destino, muda a tua atitude

Amy Tan

Hoje a meio da tarde alguém me veio com a noticía, o Rui, um conhecido, uma pessoa mais ou menos da minha idade, com quem trabalhei em alguns  projectos no passado, está internado com Covid19. 

Há muita gente por aí que passado este tempo todo continua a achar que isto é só uma gripe, que é tudo um exagero, que usar máscara é uma parvoíce e que por trás de tudo isto há um interesse qualquer , de empresas, de países, sei lá. Cada um é livre de pensar e achar o que quiser, mas há coisas às que não se consegue escapar nem passar ao lado.

Não é possível escapar ou passar ao lado de quase um milhão de mortos , não é possível passar ao lado de sistemas de saúde colapsados, de médicos que tem que escolher quem vai morrer ou tentar sobreviver num ventilador, do sofrimento dos profissionais de saúde no caos em que se tornou a saúde pública um pouco por todo o mundo.

Mudar estas coisas não está nas nossas mãos, ou se calhar está!  Ir pelo mundo de uma forma responsável,  está nas mãos de cada um de nós, usar máscara, manter distancias, evitar aglomerações de pessoas, lavar as mãos frequentemente, é algo que acredite-se ou não nas teorias da conspiração, acredite-se ou não na gravidade ou veracidade do vírus, está nas mãos de cada um de nós e pode fazer a diferença para o mundo.

Voltando ao inicio do texto, é verdade que o Rui é uma pessoa de risco e por isso a doença afectou-o de forma mais dura, mas mesmo não sendo nós pessoas de risco, todos temos pais, avós, tios, irmãos, filhos, amigos, conhecidos! Muitos podem ser até pessoas de risco sem o saberem. Vamos ser responsáveis? Vamos pensar nos outros e na sua saúde e segurança antes de no nosso bem estar e nas nossas crenças?

Jorge Soares

PS: Vamos ver se  é desta que consigo reviver o blog.

publicado às 21:03

Glória Araújo deve ou não renunciar?

 

Imagem do Público 

 

Gloria Araújo diz que não é o facto de ter sido apanhada a conduzir com uma taxa de álcool de 2.4, quase cinco vezes acima do nível legal permitido, que a deve fazer renunciar ao cargo de deputado... 

 

Bom, se há quem roube gravadores a jornalistas, seja até condenado por isso e não só não renuncie ao cargo como volte a concorrer nas listas do seu partido e volte a ser eleito, porque é que ela havia de renunciar só pelo facto de ter conduzido com uns copos demais?.. curiosamente, ambos pertenciam à comissão de ética... o que se calhar explica muitas coisas.

 

Já agora, imaginemos que em lugar de ser apanhada pela polícia, a senhora que com 2.4 de álcool no sangue estava claramente ébria, tinha atropelado e matado alguém, será que olharíamos para a situação com a ligeireza com que olhamos agora?

 

Se calhar até é verdade que a senhora nem costuma beber tanto, mas naquele dia bebeu e depois de o fazer assumiu uma atitude completamente irresponsável quando mesmo assim decidiu conduzir.

 

Há muita gente neste país que se esquece que tal como a mulher de César, quem tem a responsabilidade de exercer cargos públicos não só deve ser sério, deve também parecer.

 

Já agora, se as eleições fossem uninominais, alguém votaria nesta senhora ou em deputados que roubam gravadores?.. se calhar a resposta não é assim tão simples, afinal o Isaltino continua a ganhar eleições e o Adelino Ferreira Torres até se vai voltar a candidatar...

 

Jorge Soares

publicado às 22:10

Casa Pia será caso único?

 

Imagem do Ionline

 

A noticia no ionline falava da hipótese de vir a ser o estado a pagar as indemnizações a que foi condenado o Carlos Silvino (Bibi) , na verdade quando lemos as letras pequenas percebemos que não é o estado e sim a Instituição Casa Pia quem deverá assumir as despesas, dá-se o caso que esta instituição é propriedade do estado e no fim será ele, ou seja, todos nós, quem terminará por pagar.

 

Passaram 8 anos desde o início deste processo, ninguém sabe quantos anos terão passado desde o início dos abusos, sabemos sim que o assunto era conhecido dentro da instituição e até da tentativa de alguns dos jovens de chamar a atenção para ele numa visita do então presidente da República Ramalho Eanes. Durante estes 8 anos que durou o processo, para além dos nomes dos agora condenados, foram lançadas acusações e suspeitas sobre muitíssima mais gente e a acreditar nas insinuações de Carlos Cruz, muitos mais nomes irão aparecer.

 

No meio de tudo isto há algo que não entendo, se as vítimas estavam ao cuidado da Casa Pia, se eram levadas para os locais dos abusos por um funcionário da instituição e segundo consta, muitas vezes numa viatura da instituição, a que se deve que a instituição nunca tenha sido acusada ou responsabilizada?

 

Durante todos estes anos passou muita gente pela Casa Pia, funcionários, professores, gestores, subdirectores, directores, será possível que todos tenham passado por lá sem verem aquilo que era evidente? As crianças estavam entregues à guarda da instituição, ninguém reparava nas ausências dos jovens?  Ninguém reparou nos sinais? Ninguém viu? Ninguém ouviu? Eram todos cegos, surdos e mudos?

 

Todos ouvimos as palavras emocionadas de Catalina Pestana na passada Sexta Feira, não estava Catalina Pestana na instituição na altura em que os jovens eram levados para Elvas? Em que eram levados e abusado por um funcionário e por um dos subdirectores da instituição? Não ouvia os boatos?  Não conhecia os jovens? O que fez nessa altura para evitar ou denunciar a situação?

 

Quanto a mim, a Casa Pia era a família destes jovens, era responsável pela sua formação, educação e o seu bem estar, terá falhado claramente em várias destas  responsabilidades, qualquer família que não cuida dos seus filhos é julgada e penalizada por isso, porque não foi a Casa Pia julgada e responsabilizada por tudo isto?

 

Existem em Portugal mais de 10000 jovens institucionalizados, entre Cats e lares existem quase mil instituições de acolhimento em Portugal, alguém acredita que a Casa Pia é caso único? Em quantas mais instituições haverá jovens a serem abusados, ou maltratados? Na passada Sexta Feira na Antena 1 Eduardo Sá chamava a atenção para o facto de neste caso só haverem rapazes abusados, e mostrando a sua incredulidade sobre a não existência de raparigas abusadas. O que faz o estado Português para garantir que as instituições cumpram o seu papel de guarda dos jovens?  Para garantir que não há mais casos como este nas centenas de instituições deste país? Para garantir que não há mais cegos, surdos e mudos? O que fazemos todos nós?

 

Jorge Soares

publicado às 22:18

Há alturas para tudo na vida... até para viver

 

Foi o tema do último post do Vila Forte (Pedro, é para quando o teu regresso aos blogs?), na altura ficou-me a ideia para um post, hoje e a propósito do que tem sido as férias dos dois mais velhos,  a minha meia laranja fez um comentário que me lembrou o assunto.

 

A minha filha faz 11 anos em Outubro, precisamente a idade com que comecei a trabalhar, começou por ser uma ocupação para os tempos livres das férias escolares e terminou por ser a ocupação dos meus tempos fora da escola. Eram tempos difíceis, os meus pais estavam há pouco mais de um ano na Venezuela e no início as coisas não correram lá muito bem, de repente o pouco que eu podia ganhar era uma enorme ajuda para a economia familiar e quando terminaram as férias escolares, eu fui ficando. Tinha aulas de manhã e trabalhava à tarde.

 

No ano seguinte entrei para o liceu, mais tempo de aulas.. menos tempo de trabalho.. mas trabalhava na mesma... fazia os trabalhos de casa ao fim do dia...  nunca estudava... mas havia algo que me levava, mesmo assim, a ser um aluno razoável... tinha a certeza de que no dia em que chumbasse um ano seria o ultimo e o trabalho passaria a tempo inteiro.

 

Olhando para trás sei que começar a trabalhar tão cedo foi importante para a pessoa que sou, mas nem tudo é positivo,  por vezes dou por mim a pensar que há imensas coisas que não vivi, enquanto os meus colegas jogavam à bola, passeavam juntos pelos jardins da cidade, iam ao cinema ou  à praia, namoriscavam, viviam a adolescência, eu trabalhava, era adulto à força... Há coisas que tem uma idade certa para se viverem ... e acreditem ou não, há coisas das quais tenho saudades porque não as vivi... por muito que isso possa soar estranho para a maioria.

 

Com 11 anos eu passava 12 horas atrás de um balcão de uma pastelaria, atendia as pessoas como qualquer outro empregado, fazia as contas de cabeça muito mais rápido que os meus colegas adultos e nunca me enganava. Hoje olho para os meus filhos com 10 anos e vejo duas crianças, super protegidas, não vão a lado nenhum sozinhas. Não os consigo imaginar a assumir alguma responsabilidade e muito menos a trabalhar.... mas para ser sincero, e ainda que algumas vezes me esqueça de tudo isto e ache que eles deveriam passar as férias a estudar e a preparar-se para serem melhores alunos.. a verdade é que não desejo para eles o que eu passei... eles não passam de  crianças e devem ter vida de crianças, brincar, fazer amigos, tropelias em grupo....

 

A vida são dois dias e há que vivê-la  no tempo certo, a responsabilidade e os valores são algo importante, mas virão com o tempo e na altura certa.. acreditem em mim, o único que ninguém nos pode roubar é aquilo que já vivemos... a mim roubaram-me uma parte da minha vida, não quero isso para os meus filhos.

 

Jorge Soares

publicado às 22:10


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