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StayAway Covid , sim, eu instalei a aplicação

por Jorge Soares, em 24.09.20

stayawaycovid.jpg

Imagem de aqui

A app StayAway Covid que pretende identificar potenciais exposições a pessoas infetadas com Covid-19 já está disponível para download em iOS e Android.  O uso da app lançada pelo Governo é voluntário, gratuito e anónimo, e pretende funcionar como uma ferramenta complementar para conter a expansão da pandemia de Covid-19.  (retirado do Site do SNS

Sim, eu instalei a aplicação e sim, se alguma vez ficar infectado eu vou lá colocar os dados da análise, porquê? Por uma questão de consciência e bom senso. Se eu ficar infectado quero que as pessoas com quem contactei fiquem a saber e tomem as devidas providências. Eu conheço pessoas que vivem com os pais e avós  ou cuidam deles,  pessoas de grupos de risco e essas pessoas tem que ser avisadas e ter cuidado. Tal como eu gostaria de ser avisado se alguma das pessoas com quem eu contacto ficasse infectada, para eu poder ter cuidado comigo e com os meus.

Curiosamente é no facebook que eu tenho lido mais gente a dizer que não instala, dizem eles que por  questões de segurança, porque não querem partilhar os dados, não percebem que o facto de o fazerem no facebook é um contra-senso, deve haver poucas coisas menos seguras que o Facebook... Não instalam a app, mas tem facebook e partilham fotografias das férias, dos amigos, muitas vezes dos filhos, onde vão, onde estão, o que comem .... E de certeza que usam o Waze ou o Google maps para fugir ao transito quando estão a conduzir....

O Waze é aquela aplicação que dependendo da hora a que eu pego no carro, ela automaticamente escolhe o destino sem eu lhe dizer nada, como é que acham que isso acontece? Será que os dados das minhas viagens estão guardadas algures? É claro que sim, nos servidores da google, e eu lá sei a quem mais é que eles dão acesso a esses dados? Mas dá um jeito desgraçado para quem tem que entrar e sair de lisboa todos os dias, poupamos horas de vida.... não é?

Será que estas pessoas tem noção de que cada vez que usam uma destas aplicações partilham tudo e mais alguma coisa com as empresas que as disponibilizam e os seus clientes? É engraçado como as pessoas se negam a utilizar uma app para rastreio de uma doença mas depois tem um smartphone com dezenas de aplicações sobre as quais não questionam absolutamente nada. 

Vivemos uma época complicada, se queremos que as coisas alguma vez voltem ao normal, temos que fazer todos a nossa parte, avisar as pessoas com quem contactamos que estamos infectados é ser solidário. Se tem um telemóvel instale a aplicação, seja solidário, seja honesto consigo e com quem conhece... e esqueça essa coisa da segurança ou então deite fora o telemóvel e volte aos sinais de fumo.

 

Jorge Soares

publicado às 21:27

As Torres gémeas no dia do atentado
Imagem do Público

 

Hoje a meio da tarde, deitado ao sol do Alentejo, dei por mim a pensar que já estive em Nova Iorque, em Londres e em Madrid, três cidades que foram vitimas de atentados da Alqaeda. 

 

Estive em Nova Iorque em 2007, era Dezembro, estava muito frio, não fui ao Ground Zero e não me lembro de ter pensado nos atentados. Em Madrid foi diferente, talvez porque fui com toda a família e cheguei de comboio à estação de Atocha, um dos locais onde explodiram as bombas. Não falamos do assunto, mas lembro-me de ter sentido um friozinho no estômago.. O mesmo friozinho que senti quando cheguei a Londres há uns dias e fui de metro do aeroporto para o Hotel e nos dias seguintes quando ia no metro e dava por mim a lembrar-me do assunto.

 

É verdade que não deixamos de viver, mas somos humanos e  o que aconteceu nestas três cidades não deixa de nos marcar.

 

O Onze de Setembro para além do enorme número de vidas que ceifou, foi para todos nós o acordar para um mundo diferente, desde o fim da guerra fria que se vivia uma calma aparente. Os atentados acordaram-nos para a realidade e para guerras e receios diferentes.

 

Entretanto muitas coisas mudaram, de repente todos passamos a ser presumíveis terroristas com tudo o que isso significa: andar de avião é um suplício, visitar monumentos, museos e até igrejas implica quase sempre ser sermos vistos, revistados e vasculhados. Gastaram-se biliões de dólares em segurança, invadiram-se países, mudaram-se governos e regimes. Morreram perto de 3000 pessoas no dia 11 de Setembro de 2001, entretanto nas guerras geradas por esse dia, só americanos já morreram mais de 7000 soldados.Será que tudo isto nos faz sentir mais seguros?

 

A verdade é que não, como dizia alguém numa das muitas reportagens que vi ou li, andar numa cidade e ver soldados ou policias armados até aos dentes não nos faz sentir mais seguros, só nos recorda que o perigo é latente e que as ameaças podem vir de qualquer lado.

 

Um mundo seguro é aquele em que não são necessários policias armados até aos dentes, nem scanners corporais nos aeroportos, nem revistas nas entradas dos museus. A existência de tudo isto 10 anos depois da queda das torres só significa que todas as guerras, que todos os mortos que ocorreram entretanto, serviram para muito pouco, estamos muito longe, talvez cada vez mais longe, de ganhar a guerra ao terrorismo e ao terror que este semeia em todos nós. 

 

Jorge Soares

publicado às 21:33


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