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No tempo do Salazar também não havia greves

por Jorge Soares, em 20.06.13

No tempo do Salazar também não havia greves

Imagem do Pontos de Vista

 

Jardim propõe proibir greves na saúde, justiça, forças armadas e transportes

 

Para o presidente do Governo Regional da Madeira “é insustentável o direito à greve”. ... Já agora se calhar também dava jeito ter uns senhores com um lápis azul de modo a impedir que os jornalistas divulgassem as noticias sobre o buraco que não para de aumentar nas contas da madeira, ou sobre as visitas da policia judiciaria à sede do governo regional..... não?


Depois do que tenho lido e ouvido sobre a greve dos professores aos exames, sobre os sindicatos e sindicalistas, já nada me estranha. Se calhar convinha que João Jardim e muita gente neste país se detivesse a olhar com alguma atenção ao que se passa na Turquia e no Brasil, é que a alternativa à greve é um bocadinho pior... digo eu.

 

Jorge Soares

publicado às 21:46

Sindicato

Imagem de aqui

 

... a questão é quanto nos custaria a todos os trabalhadores se eles não existissem.

 

Oito deputados da JSD apresentaram uma moção para saber quanto custaram ao estado os sindicatos em 2013 e quanto custarão em 1014. Não é difícil perceber qual o objectivo da pergunta, os senhores deputados querem fazer passar a ideia de que os sindicatos custam muito dinheiro ao país.

 

Um Sindicato é uma associação de classe, constituída por assalariados da mesma profissão, da mesma indústria, que executam trabalhos similares ou correlacionados. O seu objectivo é tornar-se uma força que consiga criar para os seus associados condições capazes de resistir às ambições patronais no plano individual e profissional.

 

A grande maioria dos direitos adquiridos por todos os trabalhadores portugueses deve-se à existência dos sindicatos, foram sendo conquistados ao longo de décadas já seja com greves e paralisações, já seja nas negociações anuais dos acordos sociais. Acho que com excepção dos membros da JSD, não restam dúvidas a ninguém da importância da da existência das associações de trabalhadores.

 

Podemos imaginar como seria uma sociedade em que os trabalhadores não tenham quem os defenda e represente, imagino que seria algo parecido com o Bangladesch de hoje em dia ou com a Coreia do Norte, pelos vistos é isto que pretendem os senhores deputados da JSD, mas é compreensível, na sua condição de políticos eles tem tachos assegurados de por vida, nunca vão precisar de quem os represente ou defenda os seus direitos.

 

Não faço ideia de quanto custam os sindicatos, mas aposto que é bastante menos do que custam os políticos, os partidos e as juventudes partidárias, e desses custos só ouvimos falar quando os deputados votam por unanimidade o seu aumento.

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:47

Porque não fiz greve?!

por Jorge Soares, em 24.11.11

Não queremos esta?, queremos qual?

 

Imagem do Público

 

Imagino que muita gente irá achar isto um contra-senso, eu que passo a vida a dizer que somos nós que devemos fazer as coisas acontecer, que não nos podemos calar, hoje, eu fui do contra e fui trabalhar.

 

Na verdade, não foi bem ser do contra, na empresa em que trabalho a adesão foi de zero por cento, não dei pela falta de ninguém. Não sei quais os motivos dos meus colegas, a greve não foi motivo de conversa, nem hoje nem durante os dias anteriores... mas vamos ao que ia:

 

Porque não fiz greve?

 

Em primeiro lugar porque acho que a empresa em que trabalho não merece que eu faça greve, é uma empresa Portuguesa que exporta 100% da produção, que se preocupa com os empregados, que paga religiosamente dois dias antes do fim do Mês, e que na maior parte dos 15 anos em que lá trabalhei até agora, pagou 15 e até mais salários aos seus empregados. Uma empresa que cumpre com os seus funcionários, com o país e com os clientes e que ia ser a única prejudicada com um dia de paragem.

 

Em segundo lugar, há muito que deixei de acreditar em sindicatos e em greves, acho que só há um lugar em que podemos fazer a diferença, é nas urnas.  Onde estava no dia das eleições  a maiora das pessoas que hoje fez greve?, porque não foram votar?...e se foram, porque é que os três partidos que governaram o país nos últmos 35 anos, somaram mais de 80% dos votos? De que serve ir para a rua fazer manifestações, fazer greves, atirar pedras à policia, tentar queimar repartições públicas, se depois temos 50% de abstenção e quem vai votar vota nos mesmos de sempre? Olhamos ali para a fotografia e pensamos, não queremos esta Democracia?, queremos qual?, mas se não vamos votar podemos aspirar a quê?

 

Depois há algo que não percebo nem vou perceber, qual o papel dos piquetes de greve?, se a greve é um direito, o não a fazer também o é, porque é que há pessoas que utilizam o direito à greve, muitas vezes o vandalismo a violência e até a destruição, para não deixar que outras pessoas  utilizem o seu direito a não fazer greve?.. que sentido tem tudo isto?

 

Eu não sou dos que acha que não há alternativas às medidas que anunciou o governo, há alternativas, não são é aplicáveis por quem está no poder, porque em primeiro lugar não acreditam nelas, em segundo lugar sentem-se com a legitimidade de quem foi eleito com maioria absoluta, e em terceiro lugar, tem as mãos atadas por um acordo que assinaram com quem vai cá meter o dinheiro..... 

 

Como eu vejo as coisas há tempos para tudo, e estes não são tempos para greves... lamento se desiludi alguém, mas antes isso que meter um dia de férias ou vir para a rua falar de greves em empresas que na realidade utilizaram subterfúgios para dar um dia de folga que vai ser trabalhado noutra altura. E, sinceramente, eu acho que faço mais pelo país aqui neste cantinho todos os dias, que não indo trabalhar um dia... e agora estou a ser convencido, eu sei.

 

Já agora, aconselho uma visão algo diferente da mesma coisa, é da Suspeita, aqui

 

Jorge Soares

publicado às 22:49

Assim se esvazia uma greve geral

 

O secretário-geral da UGT, João Proença, defendeu hoje a aprovação do Orçamento do Estado (OE) para 2011 na Assembleia da República porque, apesar de ser mau "é um mal menor".

 

Pára tudo... mas esta greve geral não era contra as medidas do orçamento?.. e o João Proença não é líder do sindicato que a convocou?

 

Depois disto, alguém ainda acha que a greve serve para algo mais que para pioriar a situação do país?

 

Jorge Soares

publicado às 14:51


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