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Crianças do Haiti

Imagem de aqui

 

Ontem foi noticia o facto de haver portugueses a querer saber sobre a possibilidade de poderem adoptar crianças do Haiti, na verdade a noticia não me estranhou, sou sócio da Associação Meninos do Mundo e tinha ouvido sobre o assunto, além de que os logs aqui do jantar já me tinham mostrado algumas pessoas à procura de informação sobre o assunto. O que estranhei foi que os mesmos jornais que uns dias antes diziam que os portugueses só querem crianças brancas agora fazem noticias destas, afinal 99% da população do Haiti é negra, em que ficamos senhores jornalistas?

 

Para quem cá chega à procura de informação sobre adopções internacionais, o Haiti não é um país onde se possa adoptar, não se adoptam crianças do Haiti em Portugal, não se adoptavam antes e muito menos se irão adoptar agora, a adopção de crianças é um processo burocrático e jurídico, nas condições em que o Haiti se encontra neste momento, passarão anos até existirem estruturas capazes de assegurar qualquer processo legal. Há muitas outras formas de ajudar as crianças do Haiti, a adopção não será uma delas por muito tempo.

 

Já passou uma semana sobre a tragédia que se abateu sobre o país mais pobre do ocidente, e todos os dias há noticias que me deixam horrorizado, hoje no site do El Mundo lia-se o seguinte:

 

Elejam, a vida da criança ou as vossas, a noticia conta a historia de um grupo de resgate que encontrou uma criança e quando estava prestes a retira-la debaixo dos escombros, foi obrigado a sair dali, deixando a criança, porque as suas vidas corriam perigo às mãos de outros habitantes do Haiti....  

 

No mesmo jornal havia noticias que falam de uma guerra entre associações humanitárias  da França e dos Estados Unidos, que está a impedir que as operações decorram com a velocidade necessária. Enquanto os senhores discutem, os bens que poderiam salvar vidas acumulam-se num aeroporto que já não tem capacidade para armazenar mais... é triste ouvir e ler estas coisas.

 

Todos deveríamos tirar lições do que está a acontecer no Haiti, porque as pessoas não podem morrer a ver chegar os aviões com as coisas que supostamente as deveriam salvar, cada hora de atraso são muitas vidas perdidas, as pessoas não podem morrer com falta de material nos hospitais ao mesmo tempo que estes se acumulam num aeroporto com vista para a destruição.... há algo de muito errado neste mundo.

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:54

Haiti - O não país - Como ajudar

por Jorge Soares, em 14.01.10

Haiti, a destruição de um não país

 

O Haiti é o mais antigo estado da América Latina, obteve a sua independência da França em 1804 quando a sua população era de perto de 500000 habitantes, dos quais 5000 eram brancos e os restantes eram escravos ou pobres descendentes de escravos, e desde então a sua sina tem variado entre as invasões, e a miséria total.

 

Foi invadido pelos espanhóis, pelos franceses, pelos piratas, de novo pelos franceses, pelos Americanos, de novo pelos americanos.... nos intervalos entre invasões foi sendo governado por uma trupe de ditadores e até um imperador chegou a ter... sendo que a faceta mais conhecida dos seus habitantes é a crença do vudu que é praticado pela grande maioria.

 

A situação actual é a de um não país, sem exercito, sem serviços, sem nada, mais de 80% da população vive no limiar da pobreza e se ainda resta algo é graças à presença da organização das nações Unidas que desde 2004 praticamente governa o pouco que restava.

 

Como prova de que nunca se está suficientemente mal, a natureza encarregou-se de destruir o pouco que restava,  hoje durante todo o dia as imagens que iam chegando ao mundo é a do desespero total, os relatos são aterradores e extremamente preocupantes pelo facto de que o que vemos é uma população abandonada à sua sorte, sem nenhum tipo de apoio. 

 

Estava à pouco a ler esta noticia do Público onde se diz o seguinte:

 

"- Não recolha água, alimentos nem roupas para o Haiti porque o país não dispõe das infra-estruturas necessárias para os distribuir;

- Opte por doar dinheiro a organizações de ajuda humanitária reconhecidas, permitindo aos profissionais obterem exactamente aquilo que é preciso sem sobrecarregar os recursos já escassos para os transportes e armazenamento;"

 

Está na mesma noticia, mas deixo aqui a lista das instituições que estão a  receber ajuda para o Haiti:

 

Cáritas Portuguesa – pode fazer donativos na conta "Cáritas Ajuda Haiti", com o NIB 003506970063000753053 da Caixa Geral de Depósitos

Cruz Vermelha Portuguesa – pode fazer donativos para o Fundo de Emergência da organização em vários bancos, indicados no site 
http://www.cruzvermelha.pt/cvp_t/, ou por telefone para o número 760 20 22 22 de atendimento automático (custo da chamada é de 0,60€ + IVA)

Ajude a Missão de emergência da AMI no Haiti – contribua para esta missão através do NIB: 0007 001 500 400 000 00672 Multibanco: Entidade 20909 Referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços

Associação Amurt – contribua para esta organização através da conta na CGD. NIB: 0035 2168 00020393630 21 ou cheque à ordem de Amurt - Associação de Apoio Social e Humanitário, enviados para Rua Visconde de Santarém, nº 71 3º andar, Sala 1 1000 - 286 Lisboa. Mais informações em 
http://www.amurt.pt/donativos 

Angariação de Fundos "Emergência no Haiti" da Oikos – contribua para esta campanha com transferências bancárias para o NIB: 0035 0355 00029529630 85, em conta da Caixa Geral de Depósitos.

Associação para a Cooperação, Intercâmbio e Cultura – os donativos poderão ser feitos através do número bancário 0033.0000 45207093568 05 e os bens alimentares não perecíveis e medicamentos devem ser entregues na sede da associação, na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Lisboa.

Associação Adventista para o Desenvolvimento, Recursos e Assistência – foi aberta uma conta destinada a recolher donativos para respostas de emergência (0046 0017 00600031123 74).

Rede Miqueias (de igrejas evangélicas) – campanha SOS Haiti – donativos para a conta 0697 6358 596 30, da Caixa Geral de Depósitos (NIB - 0035 0697 0063 5859 63074)

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:30


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