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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem minha do Momentos e Olhares
Imaginem a situação: estão 3 crianças de 5 anos no recreio da escolinha, duas meninas e um menino. Vá lá saber-se porquê decidem brincar às lutas, meninas que gostam de brincar às lutas não é lá muito comum, mas estas gostam. A meio a brincadeira, talvez porque não gosta de lutar com meninas, talvez porque acha que elas estão a levar a melhor, o menino farta-se e diz que não quer brincar mais, mas as duas meninas estão-se a divertir e insistem em continuar... o menino não quer mesmo e desata a chorar... não sei como terminou a coisa, imagino que algum dos adultos que controlam o recreio tenha aparecido, e a brincadeira parou.
Este tipo de coisas acontece todos os dias no recreio da escola, crianças a chorar porque não querem brincar mais e outras a insistir para que a brincadeira continue, deve ser o pão nosso de cada dia em todas as escolinhas do mundo... reparem, a brincadeira terminou com o choro do menino, não houve feridos, nem marcas, nem sequelas... nada... bom, quase nada.
Estava eu na festa de natal da escolinha quando atrás de mim, uma senhora se começa a referir de uma forma muito pouco simpática sobre a D. De inicio fingi que não ouvia, mas como a coisa continuava e já estava a roçar o racismo e a falta de educação, o meu mau feitio veio ao de cima e não me pude conter.
- Olhe, desculpe lá, mas o pai da menina de quem a senhora está a falar está aqui, porque é que não me diz isso directamente?
- O senhor é o pai?
- Sim, sou!
- A sua filha bate no meu filho e a culpa é sua que não lhe dá educação.
Não vou repetir aqui a conversa toda, para a senhora, a minha filha é a vilã da escola, bate em tudo o que mexe e a culpa evidentemente só pode ser minha. É claro que o filho dela é um anjinho que nunca bateu em ninguém, é uma vitima da D.
A coisa aqueceu e só não passou a vias de facto quando o pai, marido da senhora se vira para mim e diz: "A sua filha não tem educação e se o senhor não lha dá, dou eu!", porque eu me lembrei que estava no meio de uma festa de natal. Decidi sair dali, não sem antes avisar o senhor que se livrasse sequer de chegar perto da minha filha.. porque aí a coisa podia mesmo terminar muito mal.
Convém lembrar que estamos a falar de crianças de 5 anos, pelos vistos há pais que acham mesmo que tem em casa os santinhos..e há crianças que para além de mariquinhas, são queixinhas.
Imaginem só o que teriam feito estas pobres almas se o filho lhes chegasse a casa com um corte na testa feito por um pião, como me chegou um destes dias a D.?
Continuo a achar que isto é um problema da escola e é a escola que tem que resolver, mas há muita gente por aí que vai ter muitos problemas na vida se acha que tem um filho perfeito, e que as brincadeiras de criança se resolvem com discussões de adultos... porque para além de discutir comigo, a senhora fez a mesma cena com a mãe da outra menina.
Jorge Soares
Imagem do Momentos e Olhares
Aos 5 anos a D. é a mais pequena da sala dela da escolinha, a sua melhor amiga é a X. a matulona da sala, também tem 5 anos mas passa facilmente por ter 8 ou 9... dizem as más línguas que é também a mais mimada ... talvez porque quase todos os dias chega de chucha ao colégio.
O ano passado não tivemos queixas, se acontecia alguma coisa nós não sabíamos, a educadora experiente sabia controlar as criança e resolver as situações.
Este ano com a nova e pouco experiente educadora as coisas mudaram, mal começaram as aulas começaram as queixas, a D. bate nos outros meninos...
Um dia a mãe da X queixou-se à P.:
- A sua filha D. bate na minha filha, o pai já a proibiu de brincar com ela.
É claro que falamos com a D. explicamos-lhe que não pode bater nos outros meninos, chegou a ficar sem ver televisão um ou dois dias por castigo... mas convém recordar que estamos a falar de uma criança de cinco anos... e assim como a X. não deixou de brincar com a D., apesar da proibição do pai, esta não deixou de marcar posição quando acha que é necessário.
Como as queixas da senhora não paravam, segundo a escola a senhora dizia que a filha dela andava toda pisada e que aquilo era bullying, pedimos que não as deixassem brincar juntas... a resposta da escola é que elas são unha e carne e se não estão a brincar juntas ficam tristes...
Para mim este é um assunto que cabe à escola resolver, estamos a falar de uma criança de 5 anos, eu posso falar com ela... mas é evidente que não posso estar lá para a vigiar... eles é que estão com ela todo o dia.
Entretanto em Outubro a X fez anos e a D. foi convidada para a festinha, foi e correu tudo bem.
Hoje de manhã a mãe da X informou a escola que esta não ia mais... à tarde chegou à escola uma carta da advogada dos senhores, vão processar a escola porque a filha deles desde Dezembro de 2011 que é diariamente agredida violentamente física e psicologicamente pela D. e a escola não faz nada.
Reparem, segundo eles isto vem desde há um ano, mas há um mês atrás, convidaram a D., a suposta agressora, para a festa de aniversário da criancinha... mas quem é que convida os agressores para a festa de aniversário dos filhos?
Quando a P. me contou eu fiquei sem saber se havia de rir ou chorar, mas que classe de idiotas processam a escola por causa de uma coisa destas?, e se é verdade que a filha anda toda pisada, porque nunca ninguém da escola reparou? e porque convidam a agressora para o aniversário da miúda se ela há meses que a aterroriza diariamente?
É oficial:
- Tenho cá em casa uma terrorista demoníaca de 5 anos.. que todo o mundo adora
- O mundo enlouqueceu de vez!
Jorge Soares
PS: Parece que últimamente não há nada que não aconteça por estas bandas... alguém conhece uma bruxa de jeito?
Imagem do Público
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