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Imagem retirada de aqui

 

Passou quase um mês desde que escrevi este post em que para além de confessar que sim, eu gritava aos meus filhos, me comprometia em deixar de o fazer. Deixei de contar os dias quando ia em 12 ou 13, um dia esqueci-me de escrever a conta no post do dia, depois houve dois ou três dias em que as coisas correram tão mal que estive prestes a perder a calma , a voltar ao passado e aos gritos, quando dei por mim já nem sabia quando tinha começado.

 

Não foi um mês fácil, pelo contrário, foi um mês muito difícil, mesmo... só houve duas vezes em que estive prestes a gritar, mas houve algumas mais em que  me apetecia chorar... ou fugir.

 

Ter um filho hiperactivo não é nada fácil, ter um filho hiperactivo e impulsivo que pela enésima vez mudou de escola e passou de uma onde havia uma balda total para uma onde há um controlo férreo e até algum exagero na forma como se avaliam as coisas, não foi mau, foi mesmo muito mau... tão mau que já dei por mim mais que uma vez a pensar se vale mesmo a pena o esforço, até financeiro, que estamos a fazer, se não seria mais fácil enfrentar a escola pública com todos os seus problemas.

 

Durante este mês mudei completamente a forma como me relaciono com o meu filho, não há gritos, há muitas e longas conversas, muitas mesmo, quando não lhe estou a explicar o porquê dos castigos, estou a repetir as mesmas coisas uma e outra vez.... isto parece estúpido, mas acho que de tanto repetir algo deve ficar naquela cabecinha de adolescente que para além de esquecer tudo muito rapidamente devido à sua doença,  acha que sabe tudo e que eu sou um velho chato.

 

Há evidentemente um clima diferente cá em casa, curiosamente já estive mais perto de gritar com a mais velha, com a qual raramente gritava, que com ele, mas ela tem duas contras, é adolescente e mulher. Isso significa que para além da natural sobranceria de adolescente, há sempre aquela fase do mês em que o mau feitio,  o nariz empinado e a costela de Salazar, se multiplicam por 10... cada vez me pergunto mais como é que ela pode ser tão igual à mãe... os genes são mesmo lixados.

 

Quem conseguiu aguentar um mês pode perfeitamente aguentar um ano, se eu consegui com tudo o que aconteceu durante este tempo, de certeza que não volto a gritar, pelo menos com os meus filhos, (com os meus colegas de trabalho já não tenho tanta certeza...e com algumas outras pessoas não sei não),...mas também tenho a certeza que neste mês ganhei muitos cabelos brancos, e vou ganhar muitos mais, ao gritar aliviava a minha tensão, agora não grito, mas passei a seguir a vida deles de outra forma e tenho muita mais noção de tudo o que acontece... e acreditem em mim, com uma criança como esta não é nada fácil.

 

Mas como disse no primeiro dia, é um dia de cada vez e um problema de cada vez, na vida a única coisa que não tem solução é morte, e não será de certeza um adolescente problemático e um colégio que me irão vencer, até porque ele crescer mais tarde ou mais cedo vai crescer... e acabar a escola alguma vez... já não tenho é tanta certeza que até lá não me internam algures.

 

Jorge Soares

 

PS:O próximo que me fizer aparecer no Facebook  aquela imagem estúpida e que diz "esta escola transmite conhecimentos, as crianças devem vir educadas de casa" vai ser insultado de cima a baixo... ou passar uma temporada com ele. As crianças não são todas iguais e não devem ser tratadas da mesma forma nem em casa nem nas escolas.

 

publicado às 23:08

Eluana

 

 

"Manter alguém a respirar durante 17 anos simplesmente porque está ligado a uma máquina fará algum sentido? qual? na esperança de um milagre?, na esperança que a medicina evolua tanto que seja possível refazer o funcionamento do cérebro?  E nesse caso, onde está o limite do aceitável?, 20 anos?, 30?... 50? "

 

Escrevi o parágrafo acima em 2009  neste post  a propósito da morte por eutanásia de Eluana, uma jovem mulher que "vivia" há 17 anos em estado vegetativo. 

 

Hoje na Bélgica foi aprovada por maioria uma lei que alarga a possibilidade de Eutanásia aos menores de idade. Se olharmos para este assunto sem preconceitos e perspectivas morais e/ou religiosas, a eutanásia não é mais que o direito a podermos escolher se queremos viver e morrer com dignidade.

 

Para mim é claro, todos temos direito a viver com um mínimo de dignidade, quando esse direito não está garantido e quando a vida se resume a um enorme sofrimento sem mais perspectivas que esperar que a morte siga o seu caminho, deveríamos ter direito a escolher não continuar a viver em sofrimento.

 

Evidentemente isto deveria ser válido para qualquer pessoa sem importar condição social, credos, religiões ou idade. Eluana teve que esperar 17 anos para poder morrer, entretanto os seus familiares viveram 17 anos na dependência de um ser querido que estava ali mas que na realidade era como se já estivesse morto, respirava porque havia uma máquina que lhe insuflava ar para os pulmões, e porque havia outra máquina que de forma completamente artificial a alimentava, será isto viver?

 

Não fosse a Eutanásia e Eluana podia continuar ali ligada ás máquinas indefinidamente, poderia até viver muito mais que os seus familiares, chegaria uma altura em que simplesmente estaria ali, sem que ninguém desse por ela, é isso viver? É isso que queremos para os nossos seres queridos? E será que é isso que podemos alguma vez querer para os nossos filhos?

 

Só podemos saber como vamos reagir às coisas quando realmente passarmos por elas, espero sinceramente nunca ter que tomar uma decisão destas com nenhum dos meus seres queridos, mas sou completamente a favor do direito à vida e à morte com dignidade por isso aplaudo com ambas as mãos a aprovação desta lei na Bélgica, espero que algum dia este assunto se possa discutir por cá.

 

Jorge Soares

publicado às 22:34

Viver

por Jorge Soares, em 24.08.12

Viver

Imagem minha do Momentos e Olhares 

 

 

"Viver é apreciar tudo o que a Vida oferece..
A Vida é feita de momentos..
Momentos bons... Momentos menos bons...
Viver é saber agarrar cada momento
E dele retirar toda a magia..
Viver é lutar por fazer de todos os momentos,
Momentos mágicos..
A Vida é um caminho longo
Onde tudo depende de nós...
Cada um tem o seu caminho a perseguir...
Cada um tem o seu caminho a descobrir..."

 

Mafalda Veiga (??)

 

Fim de tarde em Troia

Outubro de 2011

Jorge Soares

publicado às 17:51

Um grilo

Imagem do Facebook 

 

Não podíamos fazer barulho, tínhamos que encontrar o buraquinho na terra, depois com uma palhinha fazíamos umas cócegas e.....VOILÁ............O grilo vinha cá para fora. .... 


O meu pai comprava uma gaiola de plástico com paredes de ripas amarelas e tecto azul ou vermelho na festa da aldeia,  metíamos o grilo lá dentro, e pendurávamos a gaiola algures na cozinha lá de casa. Era alimentado a alface e nos dias quentes de verão ele cantava para toda a família.  :-)


Coisas que eu fazia no fim dos anos 70 e inicio dos 80 e que os meus filhos dificilmente irão alguma vez fazer....., caçar grilos era de certeza uma destas coisas, até porque tirando os meus passeios pelo sopé da Arrábida, não me lembro de aqui em Setúbal  ter ouvido alguma vez um grilo a "cantar".


Para quem não sabe, os machos do grilo dos campos  "cantam" esfregando duas das  suas asas uma na outra para fazer aquele som característico que tanto nos encantava naquela altura... na realidade eles estão a tentar chamar a atenção das fêmeas... mas também funciona com os humanos.


A saudade é uma palavra que serve para nos recordar que alguma vez na vida, nós já vivemos.

 

Jorge Soares

publicado às 11:58

Recordar é viver, A carta

por Jorge Soares, em 11.07.12

A Carta

Imagem da Internet

 

 

Toda esta conversa acerca do Algarve e de parques de campismo, fez-me recordar um post que escrevi já lá vão uns quatro anos... como hoje é um daqueles dias em que não me apetece mesmo pensar muito e a maioria dos leitores daquele tempo já por cá não mora.... recordar é viver... 

 

A carta!

 

Eu gosto do Algarve fora de época e fora da confusão, naquele ano fomos acampar no mês de Abril para o parque de campismo da Praia da Luz, já lá vão uns dez anos, já não me lembro de muitos detalhes, sei que duas ou três noites terminei a dormir no chão, tínhamos um colchão de ar que teimava em esvaziar-se e foi uma complicação para o reparar... que nos bares da praia da luz não éramos lá muito bem vindos, falávamos português e os empregados olhavam de lado, um dia entramos num bar em Lagos e a empregada não falava português, só inglês! Fomos ao cinema... mas não me lembro do filme.

 

O parque de campismo era só para nós, que me lembre na maior parte dos dias éramos nós e algum casal de holandeses. Foi uma semana muito calma e relaxante.

 

Na semana seguinte voltei ao trabalho, na Quarta-feira a minha mãe ligou-me para o escritório, já era estranho ela estar-me a ligar para lá, mas pelo tom de voz, imaginei que algo estranho se estava a passar, a conversa foi mais ou menos assim:

 

-Jorge, tu conheces alguém no Algarve?

-Que eu saiba não, mas estive lá a semana passada.

-Estiveste donde?

-Estive na zona de Lagos.

-.....

-Então, o que é que se passa?

-Há... é que chegou uma carta para ti...e o código postal é de Lagos!

-Uma carta para mim?... humm , se calhar deixei lá alguma coisa...

 

Comecei a achar a historia absurda, mesmo que tivesse deixado lá alguma coisa, como é que eles iriam enviar uma carta para uma aldeia de Oliveira de Azeméis se eu moro em Setúbal?

 

-Sabes, é uma carta de uma mulher.... -diz a minha mãe.

-De uma mulher?, mas eu não dei a morada de aí a ninguém!

 

Aqui começou a fazer-se luz sobre o motivo da minha mãe me ligar para o emprego e não para casa...

 

Naquela altura no lugar donde moram os meus pais, as ruas não tinha nomes, e os carteiros entregavam as cartas pelos nomes das pessoas, e acreditem ou não, há mais dois Jorge Soares.......

 

-Isso de certeza que não é para mim, já perguntou se não é para nenhum dos outros fulanos que tem o meu nome?

-Já perguntei... e eles dizem que não conhecem ninguém no Algarve... e como tu lá estiveste... que é que eu faço?

-Bom, se não é para eles..... abra!

 

Ela abriu, e aqui a coisa piorou, era um postal daqueles mais que sugerentes e com palavras ainda piores, lá me explicou o que dizia.... fiquei sem palavras..... imaginei que alguém me estaria a fazer uma brincadeira ...a minha mãe não achou piada nenhuma e nem quero imaginar o que ficou a pensar. Passei o resto do dia a matutar quem sabia que eu tinha estado no Algarve e sabia a morada dos meus pais.. e a verdade é que não consegui lembrar-me de ninguém.

 

Cheguei a casa e contei à P.  que levou aquilo na brincadeira, a esta altura eu já não estava a achar piada, depois de muita conversa com a minha mãe, a carta foi para a lareira, a P. diz que não me volta a deixar ir à casa de banho do campismo... era os únicos momentos em que não estávamos juntos.

 

Passados uns 15 dias, um dos meus xarás apareceu de mansinho a perguntar pela carta. Cada vez que nos lembramos disto, a P.goza comigo e diz que quando vamos acampar, eu não posso ir sozinho lado nenhum... para depois não chegarem cartas.

 

Jorge Soares

publicado às 22:50

Dos caminhos da vida

por Jorge Soares, em 03.06.12

Racismo

 

Imagem do Facebook

 

 

 Há coisas na vida que são tão evidentes .....

 

Jorge Soares

 

publicado às 20:58

Olhar para o futuro com alguma esperança III

por Jorge Soares, em 23.02.12
Olhar para o futuro com alguma esperança

 

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

Por vezes temos aa tendência a olhar para o lado negro das coisas e esquecer que para além do que vemos existe muito mais para ver, não é fácil ser optimista nos tempos que correrm, mas não há forma de olharmos para este vídeo sem colocar um sorriso nos lábios e sentir orgulho do sitio onde nascemos e/ou vivemos.

 

Quando olhamos com olhos de ver o que descobrimos é que somos um país rico, porque um lugar assim, não pdoe ser um lugar pobre... só temos é que aprender a explorar a nossa maior riqueza, o sitio abençoado pela natureza em que vivemos.... 

 

 

 

Eu tinha prometido que ia trazer para cá posts positivos.... este é o terceiro, vamos lá acreditar em nós e no futuro...

 

Jorge Soares

publicado às 21:27

Não vai haver nada p´ra ninguém

por Jorge Soares, em 14.10.11

Passo Coelho e o fim dos subsídios

Imagem do Henricartoon

 

Hoje foi um dia estranho, assim uma espécie de ressaca, de repente damos por nós a fazer contas e a pensar no que significa tudo isto... há muito que não dava por mim a pensar no que se pode cortar... onde cortar. As pessoas falam dos subsídios e esquecem o resto, porque não são só os subsídios, são os subsídios, mais os 10% de salário todos os meses, mais o aumento do IVA, mais os cortes nas deduções fiscais... mais o que ainda está por vir... porque se alguém acha que as coisas ficam por aqui, desengane-se. 

 

Tudo somado é muito dinheiro e a redução é só no haver, porque no deve não há reduções, a prestação da casa não desce... e já estamos com alguma sorte que ainda não começou a subir, as prestações do carro não descem, os ATL não descem e cá em casa não há avós que os vão buscar, a conta do supermercado não desce, só sobe que as crianças crescem, o gasóleo não desce, a água, a luz, o gás, sobem... tudo sobe, só os salários descem.

 

Há coisas que são até difíceis de pensar, se tudo isto tivesse sido há dois ou três anos, a minha mais nova continuaria a viver lá em Cabo Verde, porque sem subsídios de férias e natal nunca teríamos poupado o suficiente para podermos pagar viagens  e estadias em Cabo Verde... e nem sei se haveria possibilidade em adoptar mesmo por cá.

 

Alguém me perguntava qual era a alternativa, na realidade não sei qual será a alternativa, não sei, não sei sequer se há uma alternativa, sei que a receita que está a ser aplicada por cá já foi testada na Grécia e os resultados estão à vista.... neste momento ninguém acredita que a Grécia possa sair do buraco,  hoje falava-se do perdão de 50% da divida grega... se não funcionou na Grécia, vai funcionar por cá porquê? alguém acredita que nós somos muito melhores que os gregos?...tirem o cavalinho da chuva. Para amostra um botão, depois do que ontem foi anunciado pelo primeiro ministro o que foi para a comunicação social o centro do debate na assembleia da República?... o leite achocolatado.!

 

É claro que no meio de tudo isto até somos uns privilegiados, cá em casa há duas pessoas a trabalhar e dois salários razoáveis, como será o futuro de quem não tem salário ou tem o salário mínimo?

 

Há muito que não colocava uma música... ontem encontrei esta por aí... tem muito tempo... mas podia ter sido escrita hoje.

 

 

 

Vamos embora Manel !!! E não há fumos pra ninguém
Não há mulheres pa ninguém
Não há homens pra ninguém
Não há nada pra ninguém 
Vamos embora manel!!
Aqui não há nada pra ninguém!!

Certo dia em Lagos ao passar de caminho

Para o Parque de Campismo gritei ‘Ai Toninho !!! `'

Qual não era o meu espanto

Que ao meu lado direito

Julgava estar a ver mal

Belisquei-me, estava feito

Um Parque de Campismo Especial de Corrida para os Senhores Militares, é

inacreditavel !!!


E não há fumos pra ninguém
Não há mulheres pa ninguém
Não há homens pra ninguém
Não há nada pra ninguém
é uma alegria!!
Não há nada pra ninguém!!


Em Lagos não há Piscinas, Parques Culturais
E todas as tentativas são cortadas pelos tais
Se dormires na praia, vem o Cabo do Mar
Se cantares na rua à Esquadra vais dançar (o Vira )
Bate baixo a bolinha bate bate pianinho se por cá queres andar
Que a Judite anda doidinha por te pôr a pata em cima e por te agarrar

E não há fumos pra ninguém
Não há mulheres pa ninguém
Não há homens pra ninguém
Não há nada pra ninguém
é uma alegria!!
Não há nada pra ninguém!!


Se jogam contigo, joga duro com eles
Se te batem de forte, dá-lhes mais forte ainda
E aplica-lhes a táctica, do papel higiénico
Rasga por todos os lados, menos pelo picotado
Paga-lhes na mesma moeda, meio tostão furado e uma volta ao bilhar grande
Joga-lhes na mesma moeda, meio tostão furado e uma volta ao bilhar grande

E não há fumos pra ninguém
Não há mulheres pa ninguém
Não há homens pra ninguém
Não há nada pra ninguém 
Vamos embora manel!!
Não há nada pra ninguém!!

E não há fumos pra ninguém
Não há mulheres pa ninguém
Não há homens pra ninguém
Não há nada pra ninguém
é uma alegria!!
Não há nada pra ninguém!!

E não há fumos pra ninguém!!!

Jorge Soares

publicado às 21:54

Viver .. era isso, mais nada?

por Jorge Soares, em 20.08.11

Viver.. por trás da porta

 

Imagem Minha do Momentos e Olhares

 

Viver

 

Mas era apenas isso, 
era isso, mais nada? 
Era só a batida 
numa porta fechada? 

E ninguém respondendo, 
nenhum gesto de abrir: 
era, sem fechadura, 
uma chave perdida? 

Isso, ou menos que isso 
uma noção de porta, 
o projecto de abri-la 
sem haver outro lado? 

O projecto de escuta 
à procura de som? 
O responder que oferta 
o dom de uma recusa? 

Como viver o mundo 
em termos de esperança? 
E que palavra é essa 
que a vida não alcança?

 

Carlos Drummond de Andrade, in 'As Impurezas do Branco'

 

A vida são muitas coisas, muitas escolhas, muitos caminhos cruzados, muitas oportunidades perdidas, muitas outras agarradas com ambas as mãos... mas no fim, tudo se resume a Somos o que vivemos.

 

Setúbal, Outubro de 2010

Jorge Soares

publicado às 12:33

De repente tudo deixa de fazer sentido, percebemos que só vivemos uma vez, que nem todos temos a sorte que ele umas dezenas mais de pessoas tiveram naquele dia, a maioria de nós não tem uma segunda oportunidade. Para morrermos não é necessário que caia um avião, basta estar vivo, porque não aproveitar para vivermos como deve ser?
Jorge Soares

publicado às 22:41


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